
Existe um mar perdido por entre campos e montes verdejantes que lá longe se mostram imponentes a aguardar só por quem puder sentir o sabor do brilho intenso desse olhar de quem eu quero.
Apetece-me entrar mar adentro e fechar os olhos... sentir o tacto do luar a bater em mim... calar-me o desassossego e acordar apenas estendido sobre o rio, inventar palcos e cenários invisíveis e viver o sonho construido.
Calem-se as vozes, as teclas e o murmúrio solto por entre o vento que se faz sentido. Quero entrar mar adentro e encontrar-me cego, mudo e surdo... sentir-me apenas... é fadiga da terra-firme.
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