quarta-feira, outubro 31, 2007

ACONCHEGA-TE EM MIM

NORTE vs SUL

Enlouqueces-me, disso eu já tinha consciência há muito tempo... Esses olhos esverdeados escuros, intensos, rodeados de pestanas longas, lindas, hipnotizaram-me desde o inicio… Ao que eu já conhecia juntou-se a cumplicidade, os risos, as brincadeiras, os silêncios partilhados e a paixão acendeu-se forte e inesperada.

Nunca pensei que me pudesses corresponder neste fogo incontrolável e por isso retraí-me no início... Tudo acabou por acontecer de forma inocente, sem que ambos o planeássemos, por meio do carinho e da proximidade.

No meu quarto, a TV transmitia um jogo de futebol, equipas rivais, bocas foleiras, brincadeiras tontas entre nós - Norte vs Sul. Tinhas um torcicolo ("olha que chatice!!!") e eu como bom samaritano(nem tanto!!!) ofereci-te uma massagem se prometesses torcer pelas dragões e não pelos lagartos... Ainda assim, pensei que não havia ali nada que pudesse evoluir para o que eu realmente queria e desejava muito - ter-te só para mim, explorar o teu corpo com as minhas mãos, a minha boca, conhecer cada centímetro de ti e ver o desejo espelhado nesse olhar, que me aprisionou tantas vezes, sem que tu própria desses conta.

Deitaste-te ao meu lado na cama, de barriga para baixo, o tronco nú e quente e eu fiquei livre para te admirar sem barreiras e te tocar. Queria tornar os movimentos das minhas mãos mais sensuais e possessivos, usar apenas a ponta dos dedos ou da minha língua e sentir-te arrepiar, mas não tinha coragem e continuei retraído. Tu suspiravas, já meia embalada ... De repente, viraste-te para mim e abraçaste-me, ficando os dois ali deitados, entrelaçados na cama - tu a acariciar-me as costas, eu os teus cabelos sedosos... A tua cabeça repousava no meu peito, que já se elevava a um ritmo descompassado, o meu pensamento tinha entrado em órbita e o meu corpo sentia um formigueiro incontornável... Se deste conta ou não, não sei, mas os teus olhos abriram e o momento chegou finalmente (simmmm!!!!!!!!!!) de eu provar o teu beijo... quente, molhado, esfomeado, urgente. Agora não havia mais nada nem ninguém que me impedisse de fazer amor contigo - só existíamos nós os dois no mundo... estávamos possuidos pela vontade, pelo desejo... As minhas mãos procuraram os teus seios, há muito expectantes , de mamilos que já doíam de tão duros, depois a boca, a língua, os dentes... Fomo-nos despindo desvairados, entre carícias apressadas.... envolveste-me nos teus braços, puxei-te para baixo e abri-te as pernas.... Penetrei-te com os dedos, uma e outra vez, brinquei com o teu sexo.. já quase gritavas, os gemidos altos, incontroláveis, agarrada às barras da cama com força, tal era a intensidade do que sentias... até sentir finalmente a explosão do orgasmo... mas tu não me deste tempo para parar, quando me apercebi, já estavas em cima de mim pronta para seres tu a deixares-me entrar por ti a dentro, para sermos um só... Aquele teu olhar de antecipação, de fogo, de vontade... Entrelaçaste as pernas nas minhas, abracei-te, beijaste-me.. entrando e saindo, provocando-me ainda mais com o teu sexo no meu.... Ainda antes de saires, novo orgasmo se apoderou de ti.... Não aguentando mais , saís-te de mim e imploraste-me "faz-me vir!!!".... Ainda a tremer de gozo, aproximei minha língua do teu sexo que pulsava descontrolado e esforcei-me por te oferecer um novo prazer irresistível... Os meus ombros foram a tua âncora , a que te agarraste no momento em que o êxtase se apoderou de ti, fazendo-te gritar... Quando a tua respiração começou a acalmar, beijei-te suavemente com todo o carinho que consegui reunir nos meus lábios e ali ficamos... unidos num só.

terça-feira, outubro 30, 2007

UMA SURPRESA - "Meu lado Feminino"

Espero-te.

Está quase na hora... quase!

Estou tão excitada que nem me aguento... Passo a língua nos lábios antecipando o que te vou fazer quando chegares. Não consigo deixar de sorrir!

Estou na cozinha, que tem uma janela para a sala onde deixei tudo pronto: a cadeira no meio da sala, o espelho tapado de forma que o descubras... Se não o descobrires é mais uma surpresa para ti. Parece uma cena tirada de um filme: Tantas janelas e um ambiente quase decrépito...

Recordo-me dos preparativos... Mandar colocar o espelho, trazer a cadeira, o esforço para tapar o espelho, o trabalho de o destapar quando percebi que precisava dele!. Foi ali que me vesti não há muito tempo, sentada naquela cadeira, despi a roupa que trazia e fiquei nua. Passei um creme perfumado pelo corpo todo, verifiquei a depilação... hummmm macia, lisinha... e vesti o soutien e as cuequinhas, levantei-me para fazer deslizar as meias pelas pernas acima, um pé de cada vez em cima da cadeira. Sempre em frente ao espelho, qual voyeur de mim mesma, prendi as ligas e ajeitei o peito que parecia que não ia caber no soutien. Maquilhei-me, penteei-me, admirei-me... Achei que estava muito bem. Observei-me de todos os ângulos possíveis como só nós mulheres temos a mania de fazer. Gosto de mim. A minha imagem é exactamente a que procurava: excitante, sexy, provocadora...

Sento-me na cadeira que será tua e sigo mentalmente todos os passos do que te preparei... Quase te sinto o sabor na boca e não tardo a sentir-me reagir mais abaixo também! Sorrio para aquela que me olha do espelho e verifico com os dedos aquilo que sinto dentro de mim... hummmm molhadinha. Já? O meu coração acelera e não resisto, estou excitada e faço os meus dedos deslizar para dentro de mim, brincando, provocando mais um pouco... Os meus gemidos já se fazem ouvir nas paredes da sala. Não! Não vai ser agora! Não é este o plano. Sorrio para a mulher do espelho e acalmo-me.

Arrumo a minha roupa e os vestígios de mim e levo tudo para a cozinha depois de voltar a cobrir o espelho. Espero por ti. Será que vens? À medida que o tempo passa, lento, tão lento, começo a ter dúvidas... E se achares que sou louca demais?! E se ficares retido no trabalho?! E se...? Vou mais uma vez até à janela, espreitar para a rua deserta. Ali! Chegaste! Senti o coração acelerar, doido, e revi mentalmente tudo o que tinha sonhado e planeado para este momento.

Ouço-te entrar na sala e aproximo-me da janela interior para espreitar. Entras, olhando para todos os lados, com o papel na mão. Será que ias obedecer, como me tinhas dito que farias? Nunca me tinhas deixado ver-te no teu prazer solitário... seria desta? Começaste a despir-te atirando a roupa para o chão e eu fui adorando de longe cada centímetro de pele exposta, quase conseguia sentir-lhe o cheiro... o sabor tão familiar. Enquanto observava cada movimento do teu corpo, começaste a passear pela sala. Estarias nervoso? As mãos no pescoço diziam-me que sim... Deixa lá, querido, eu também estou! Paraste de repente... Descobriste o espelho! Riste! Adoro o som dessa gargalhada... que estarás a pensar agora, enquanto tiras a cortina do espelho?

Deixaste a cortina cair e vês-te ao espelho. Nú, alto e moreno, os traços mais particulares, como a cor dos olhos ou a expressão do rosto, difíceis de descortinar de longe por causa da semi-obscuridade, e no entanto aquela luz ou falta dela delineavam os contornos do teu corpo de uma forma... Parecia uma daquelas belas fotos a preto e branco que eu adoro... Braços e pernas fortes, musculatura definida, um corpo proporcional, o pénis semi-erecto.

Vejo-te tocares-te... Do rosto ao peito... As minhas mãos imitam as tuas no meu corpo... Agarraste as nádegas... Como eu gostaria de trocar as minhas mãos pelas tuas!... Descendo e segurando o traseiro... humm! Como eu gosto daquele traseiro! Apoias uma das mãos no espelho e com a outra agarras no teu sexo. Eu adoro-o! Gosto de lhe tocar e de o observar, da delicadeza das suas bolas contra a dureza do pénis excitado, da ponta dos meus dedos roçando o início das nádegas... E tu brincas com o teu sexo, uma cadência tão diferente da minha, uma quase rudeza que eu não imaginava. Agora aperta-lo. Ah! Isso eu sei que tu gostas, meu querido, ouço-te gemer e sinto-me cada vez mais molhada.

Paraste e andas pela sala. Será que é agora que te sentas? Vá... Sabes que depois de sentado sou eu quem comanda. Não te podes levantar, não podes tomar iniciativas...

Finalmente! Sentaste-te! Aquela típica posição masculina, o sexo evidenciando a excitação que não conseguia conter.

É agora! Dou a volta pelo corredor de forma a fazer a minha entrada pela mesma porta que tu. Sinto a boca seca e o coração bate descontrolado. Agarrei na maçaneta da porta e respirei fundo. Abri um pouco a porta e exibi uma perna, agarrei a porta de forma a conseguires ver a minha mão, lentamente vou mostrando cada vez mais um pouco de mim, para te ir aguçando o apetite, até entrar na sala e encostar-me à porta, fechando-a.

Sinto o tesão morder-me as entranhas, em tão pouco tempo o teu cheiro domina a sala e só me apetece...

Não podemos falar por isso digo-te com os olhos o quanto me apeteces.

It’s show time!...

Passo as mãos pelo meu corpo, acariciando-me como sei que tu gostarias de fazer. Começo pelas pernas... Viro-me de costas e exibo-te o traseiro que sei que te põe louco, na posição ideal que te faz sonhar com... Contrasto a suavidade das carícias com uma palmada seca. Estremeces e a minha mão fica marcada na nádega por uns momentos. Não consegui conter um sorriso sacana.

Sinto-me cada vez mais excitada. A vontade que tenho é de o sentir penetrar-me bem fundo e perder-me em ti, mas não o vou fazer. Auto-controlo, mulher! Respira! Viro-me para ti de novo e não me resisto. Olhos nos olhos, adoro o meu corpo com as mãos... Descubro os seios mal cobertos pelo soutien e aperto os mamilos já duros, há tanto tempo esperando por aquela carícia. Deixo-me levar por mim e fecho os olhos sentindo-me derreter por dentro, as carícias nos mamilos lançando ondas de choque pelo corpo até pararem no centro do meu prazer que me chama, me grita desesperada por conforto e atenção. Não resisto, não quero resistir, quero apaziguar o fogo que me consome as entranhas e sei o que vou provocar ao oferecer-te este espectáculo de mim. Faço deslizar a minha mão, escondendo-a dos teus olhos por trás das cuequinhas. Adoro sentir-me assim, olhando consigo ver a pele mais branca e suave, sem um pêlo, tão mais sensível, tão mais excitante! Os meus lábios abrem-se para a exploração completa dos meus dedos, o clitóris há muito a descoberto, incendeia-se ao toque fugidio. Sinto-me escorrer prazer e fecho os olhos, suspirando. À medida que me estimulo, receio não manter o equilíbrio e encosto-me à porta. O meu corpo escorrega por ela abaixo, à medida que os meus dedos entram por mim acima. O veludo quente e escorregadio que envolve os meus dedos parece querer comê-los à medida que os faço entrar e sair. Ouço os meus gemidos... Sei que falta pouco para me vir. Hummmm! O clitóris preso entre os dois dedos... Ahnnnn! Não aguento e ponho uma mão no chão, olho para ti uma última vez antes que o orgasmo me invada e me domine o corpo que se contorce. Ahhhhhh!!! Ahnnnnnn!

Deixo-me ficar quieta por um momento, recuperando da invasão dos sentidos, a mão ainda dentro das cuecas junto à pele palpitante agora saciada... por instantes. Ergo-me e retiro relutantemente os dedos olhando directamente para ti... Tudo o que faço, faço-o por ti, para ti... Leio-te no rosto o desejo e gosto... Tanto! Não vais esperar muito mais, meu querido.

De gatas, para que aprecies aquilo que tanto gostas, dirijo-me para ti, antecipando já na pele o que te vou fazer. Vou sentir finalmente o calor da tua pele na minha e não sei em quem isso vai ter maior efeito, se em ti, se em mim! Roço o meu corpo no teu, faço os meus seios percorrerem-no à medida que me levanto. Apoio as mãos nos teus ombros e beijo-te, dando-te um gostinho de mim. O beijo prolonga-se... Acaricio-te os ombros e braços até entrelaçar as minhas mãos nas tuas, segurando-as, mas também oferecendo-te algum controle sobre mim. Percorro o caminho inverso e faço o corpo descer até ficar com a cara ao nível das tuas virilhas, sempre olhando directamente para ti. Adoro aquela pele do interior das coxas, suave, sensível, ornamentada com alguns caracóis escuros que mimam a pele da minha face à medida que resvalo por ali. Vou provocar-te o mais que posso e para isso começo o trilho de beijos, mordidelas e lambidelas pelo joelho dirigindo-me mais para cima, devagar. Eu sei que estás ansioso que a minha boca chegue lá, mas ainda não... Passo de uma perna, bem juntinho à virilha, directamente para o outro joelho. Ouço a tua respiração pesada e vejo como reages intensamente à minha provocação. Isso traz-me um sorriso aos lábios, sinto-me senhora de mim... e de ti! E adoro!

Não te vou fazer sofrer mais, meu querido, é agora que te dou o que te prometi.

Lambo os lábios, humedecendo-os e começo a dar lambidinhas suaves na ponta do teu pénis. O gostinho que sinto diz-me que o meu objectivo de te dar muito prazer tem sido atingido. Delicio-me. Lambo-o todo, sentindo a textura daquele sexo, cada curva, cada veia me provoca e me dá prazer assim como vejo que to dou a ti. Adoroprovocar-te e ver como reages. Aquela suavidade na minha boca é uma delícia! Não sei se vou conseguir continuar este jogo por muito mais tempo, só me apetece abocanhá-lo! Sinto o meu corpo vibrante de desejo, estou molhada e pronta para mais, mas hoje é a tua vez e por isso vou brincar…! Primeiro, só na cabecinha para te fazer desejar por mais... Adoro a tua reacção: Enlouqueces! Estou a adorar cada segundo, cada milímetro, cada gemido de prazer. Aliás, gememos os dois! Demoro o mais que posso para te ensandecer e fazer-te implorar por mais. Não imploras por palavras mas o corpo tem uma linguagem própria e o teu implora por ti. Hummmm! Que bom!

Sinto os teus olhos em mim e faço tudo para te dar prazer: a minha língua ganha vida própria e contorce-se contra ele, a minha boca suga-o enquanto sobe e desce e o sente em quase todo o comprimento. Ouço a tua respiração descontrolada e os teus gemidos de prazer intenso. Queres mais e mais e moves-te para entrar na minha boca quente e sedosa, espasmos, gemendo, rouco de gozo... louco! Eu não paro. Eu não quero que termine já e continuo a chupá-lo, fazendo demorar o orgasmo o mais possível.

O teu corpo pende na cadeira, os olhos fechados, o peito subindo e descendo a um ritmo rápido e acalmando lentamente, enquanto eu o lambo, feliz pelo prazer que lhe dei.

Agora posso ser um pouquinho egoísta...

Estou morta por um beijo.

Agora, faz de mim o que desejas…

domingo, outubro 28, 2007

COMO UM TANGO - DANÇAS?

Levantas-te da cadeira e desenhas os poucos passos que te separam do sofá. Estava deitado, inconscientemente a dormir, manifestamente aconchegado ao sabor do teu perfume que percorria a sala...
Senti-te a aproximar, a baixares-te e apoderaste-te da minha boca, “-hummm barba feita hoje!” sussurraste tu por entre o beijo com que me deliciaste. Sentiste a diferença da pele, no beijo, não te despediste de mim com um “vou-me deitar” ou um "até já"... Não...
Apanhaste-me de surpresa e não me deste tempo de reagir, as tuas mãos já percorrem o meu peito por baixo da t-shirt. Encontraste os pontos-chave para me arrancar uma reacção, um primeiro suspiro...
Despes-me a t-shirt. Sem apelo. Em silêncio.
A tua boca percorre o caminho traçado a lume no meu pescoço. Vais alternando lábios e dentes e sentes as minhas mãos agarrarem-te pela cintura com força, e de seguida sente-las subindo, seguras, até ao teu peito. Somos a medida perfeita: as mãos feitas para segurar os teus seios que encaixam neles perfeitamente. Por esta altura já os teus dentes me arrancam as calças, uma ajudinha das mãos, e minha também claro, e livramos-no delas. Deixas as tuas unhas marcarem a minha pele, brincas um pouco, como o gato prestes a comer o rato. Unhas numa anca, dentes na outra... Até que unes a mão à boca, no centro.
Entra em cena a língua.
Molhas-lo da base até à ponta com a língua escorregadia e sentes a reacção simultânea de todo o meu corpo. A língua, essa, volteia e baila no grande salão que é a ponta do meu sexo duro. O primeiro gemido, baixinho. A língua não pára.
Sentes a minha mão acariciando o teu cabelo.
Fechas os olhos.
Inspiras.
Gemo, os ombros levantam-se do sofá e chamo por ti, rouco. Sobes por mim acima devagar. Deixas-me ficar assim por uns momentos, largos momentos em que eu fico desejando mais. Adoras provocar!
De repente, fazes-lo de novo: prendes-lo suavemente nos teus lábios. Sentes-lo em toda a sua magnitude e plenitude e sugas-lo com força. Sentes os meus gemidos no baixo-ventre, espasmos de excitação. Agora quero mais... A tua boca sobe e desce nele, sem misericórdia. A saliva escorre. Eu gemo e agarro-te os cabelos para logo os soltar com receio de te magoar. Sobe e desce... Ajudas com a mão... No pico do tesão ele fica maior ainda, mas não desistes.
De repente puxo-te para mim, obrigo-te a parar. Arranco-te a roupa do corpo enquanto te beijo. Atiro-te para o sofá que antes eu ocupava e olho-te com o ardor do desejo nos olhos.
Desço sobre ti e beijo-te a boca... o queixo... mordo-te o pescoço... aprisiono-te um mamilo nos lábios, nos dentes... hummm... Arqueias-te e ofereces-te, sim! Não consegues deixar de me tocar, de sentir a minha pele quente e viva na tua. Meus lábios, minha boca troca um mamilo por outro e recomeça.
Abraças-me com as pernas. Fechas os olhos. Deixas as tuas mãos percorrerem-me o cabelo. Gemes.
Dentes no ventre.
Sem delicadeza mas com meiguice eu enterro a boca em ti. Sei exactamente como te pôr louca, como te elevar ao máximo da excitação. Mordo um lábio. Sugo outro. Queres! Bebo de ti e deleito-me. Queres! “-Oh, sim!” Finalmente, sentes-me aprisionar-te o clitóris entre os lábios e chupar. Os dentes suaves, a língua dura! OH! Não resistes. Sentes-te fisicamente incapaz de resistir àquela boca! O teu corpo já se rendeu antes de tu pensares na bandeira branca, entregue que estas ao prazer de ser minha. E aqui entras em território desconhecido... Não sabes o que eu te faço, nem como o faço, nem pensas muito nisso neste momento... Somos um só. Não pensas. Entregas-te. Perdes-te. Vens-te! Ouves ecos de gritos de prazer a penetrarem a penumbra mental a que estas submetida. Vens-te! Hmmm! “-Sim, não páres!” Serão os teus gritos... Pensas tu. “-Mais! Dá-me!” Vens-te!
Eu deixo-te acalmar olhando-te, quando focas o teu olhar em mim e vês o meu sorriso traquina... Puxo-te pelas ancas e penetro-te, assim mesmo... De uma estocada só! Gritas! Estas molhada, inundada, escorres o prazer que te deu para prazer meu também. Não paramos, pelo contrário, aceleramos os movimentos e o gozo aproxima-se uma vez mais.
A excitação é muita e apetece-te ser mázinha. Apertas-me dentro de ti. Sugas-me, puxas-me, provocas-me. Tu sabes que tento te resistir, provocar-te. Sim, consigo… E também sabes que não tarda muito para atingir o orgasmo contigo e que daí a pouco vou querer vingar-me numa qualquer divisão da casa.
Sorris-me.
Beijamo-nos.

sexta-feira, outubro 26, 2007

ESCALDANTE

Será só a mim que apetecem as noites escaldantes de luar?

Aquelas noites em que mesmo em cima do capot de um carro em frente ao mar, estamos tão iluminados que se notam os mais ínfimos pormenores do nosso corpo, as gotas de suor que teimam em descer por entre os seios ainda ofegantes, a pele arrepiada, mas deliciosamente provada, hummm apetece…

Aquelas noites em que basta tirar as havaianas e correr para dentro de água nus, aquelas noites em que não queremos que o dia nasça, a claridade é suficiente para aguçar em nós o desejo que a lua faz questão de presenciar.

Aquelas noites de um calor extenuante em que só um banho gelado nos acalma, um duche ensaboado pelas mãos do desejo… hummm apetece…

O top fininho e insinuante, as calças de linho, as sandálias frescas, as risadas na esplanada, o pôr-do-sol nunca igual, as conversas até ser de dia outra vez...

A liberdade que as noites quentes nos trazem, o desejo que o calor nos provoca, o tesão que é ver-te naquele vestido curto que te fica a matar, só assim, mesmo por cima da pele… sem nada a esconder… com tudo a desejar…

Sentir a areia por entre os dedos, o tesão a brotar da alma, as pernas a tremer, as mãos a apertarem, a boca a secar, o vinho a correr, o peito a arfar, o corpo a pedir, o pensamento a fugir, o mundo a ruir, sentir… hummm apeteces-me…

quinta-feira, outubro 25, 2007

SENSUALIDADE

Sensualidade, desejo e prazer, formas que extraio do toque, do teu ser. Vontade, sentido e loucura, tudo aquilo que bebo de tua alma pura. Contorno-te, com meus dedos, como se fossem lápis, sobre a cama, feita de tela de algodão. A tua pele faísca a cada toque, pulsando em arrepios de prazer. Minha boca, saboreia cada milímetro de corpo que se estende qual planície à minha frente. Meu olhos são faróis, que na Noite escura iluminam o caminho a seguir.Minha língua desenha o teu pescoço, num traço de perfume e essências que se desprendem de ti. Meus lábios fecham-se ao abraçar os teus mamilos erectos que estremecem de prazer e meus dedos, adentram-se agora entre tuas penas, procurando o aconchego húmido de teu corpo, quente. Os corpos enleados, são um só novelo, da mais pura lã, na virgindade deste momento que se transforma num instante de prazer. As vozes soltam-se, dão lugar a gemidos, os corpos desatam-se em contusões, espasmos de luxúria.O meu corpo invade o teu, numa pacífica sensação de bem estar, abraças-me, e sinto-me deslizar por dentro de ti, quero tocar-te a alma com os dedos de minha alma, quero impregnar-me do teu perfume, invadir-me da tua pele. Os teus cabelos pendem sobre mim, longos, soltando fragrâncias, acariciando-me o corpo, escondendo-te a face de menina mulher que só eu conheço.O relâmpago corta a noite no instante e que juntos tocamos o Olimpo, os corpos cansados desferem o ultimo derrote e abandonam-se à delícia deste êxtase, deixando-se simplesmente ficar, envoltos um no outro.

terça-feira, outubro 23, 2007

PURA ALEGRIA

Segues os desígnios da Noite, procurando em cada estrela a esperança, encontrando em cada luar o abraço terno do amante que está para chegar. Sentes, na pele desnuda o frio do deserto, a brisa forte que te esvoaça os cabelos, o murmúrio do mocho na árvore distante. Segues os caminhos da Via Láctea, saltando de estrela em estrela, de nuvem em nuvem, por entre aglomerados de dos meus olhares que contemplam a beleza do teu corpo. Deixas-lhes, o suave perfume da tua pele, mesclas de canela e côco, essências puras de ti, pedaços de alma que se desprendem por entre os passos que dás. És farol em noite de tempestade, guia para barcos em perfeita deriva, és tábua de salvação, milagre por concretizar. Vento que sopra as velas, que impulsiona a vida, próximo passo, esperança perdida. És cordão umbilical, rede de trapezista, ou simples quimera que nos acalenta a vida. És constelação, que marca os céus, estrela, orientação, que sigo, por cada caminho, em que ando perdido. És tinta, com que desenho as palavras, carvão que preenche a tela vazia de quase nada, és cor, luz do dia, simples aurora, pura alegria.

segunda-feira, outubro 22, 2007

AINDA AGORA

Ainda agora, à pouco, enquanto a água misturada com espuma me deslizava no corpo, perguntava-me porque é que, de repente, tudo se torna tão urgente. Porque é que um momento trás atrás de si uma avalanche de sentimentos que não se explicam, que emergem apenas, pensando nós vindos do nada, e nos consomem o corpo, nos corrompem a alma numa furia repentina.... Ainda agora, à pouco, enquanto tocava à campainha, me perguntava o que estava a fazer aqui. E respondia-me que vim porque não podia ser doutra maneira. Que vim porque assim o desejava, o querer estar contigo. Simplesmente.

Ainda agora, à pouco, quando me abriste a porta e me sorriste, não notaste. Talvez não tenhas notado que o meu coração batia acelerado e o sorriso que te retribui continha um nervoso miudinho que não quis que saísse de mim. Quis calá-lo, disfarçá-lo. Algo que arrasto desde o dia em que te vi, tanto tempo depois, ainda me pões assim. A surpresa do encontro. E eu sabia...
- Viste cedo...
- Vim, quero te ajudar e preparar-te algo muito especial.
- Sabes que esta noite tu és o convidado, por isso dá-me as honras pode ser?
Falas-me sorrindo enquanto me ajudas a tirar o casaco que pousas à entrada da porta. Sorris-me ainda quando me abraças, sorris-me quando me olhas parada numa atitude que me enternece. Estendi-te um beijo longo e suave, um beijo que te enche os lábios, carnudos, húmidos e quentes.
Ainda agora, à pouco, me mostraste a tua casa como se fosse o teu refugio, o teu castelo. E a sala, iluminada com a lareira acesa era o local perfeito para tudo o que estamos a descobrir em nós.
- Tens frio? (questionei-te com a face bem perto do teu pescoço)
- Porque perguntas?

- Vejo que tremes… espera… aconchega-te em mim, deixa-me te abraçar! (passei meus braços por ti e cheguei o teu corpo para bem junto do meu… minha face tocava na tua, pudia sentir minhas pernas a tremer… o quente que ali sentia não era da pele, era da Alma.
- Levas-me à varanda? Adorava ver a paisagem que admiras todas as noites quando olhas para as estrelas.
E entre gotas de chuva me mostraste todas as luzes da cidade, lá em baixo, no vale, como se tudo isto fosse o teu reino. Luzes trémulas envoltas numa chuva miudinha que cai sem cessar e que dá, a todo o teu reinado, aquele toque de mistério dos contos de fadas. Podiam ser os anjos que choram por nós, lá em cima, num céu que se vê negro porque a noite vai alta e onde as estrelas brilham, mesmo sem se verem. Ainda agora, à pouco, me envolveste os braços com os teus braços e me beijaste. Tão docemente...
- Já te disse que gosto de braços e dos braços que se envolvem com outros braços e criam laços e abraços? Os nossos braços... “sorriste”
- Ainda à pouco, recordas-te? que estava em silêncio para não esquecer, quando me despias numa melancolia e me dizias que era assim que me querias. Vestido...só para teres o prazer de me despir? É que por vezes as palavras não têm qualquer sentido.
Os corpos numa dança embalados num balanço de compassos acertados.... lançando nas paredes as sombras (nossas). Sombras chinesas dos desejos...

A tua boca que me procurava os seios excitados por entre o colar que desce no teu pescoço. Uma imagem tão sensual... ver-te numa procura desenfreada entre pele e fios. Mãos mil, todas tuas, que tocam e queimam. Os cabelos que me passam pelos dedos, fios de algodão, o toque no teu sexo húmido... sorver a vida num trago sôfrego entre saliva, suor, alma, pele... e os corpos de novo nas sombras chinesas, perto da lareira e dentro de fogos maiores, que ardem, que invadem e nos possuem.
- O jantar… ainda queima!
- Espera, eu desligo o forno, porque hoje, tu és Rainha. Farás de mim o que quiseres, sim, aqui, teu porto de abrigo, minha Alma que te pertence.
Foste buscar água e antes de te deitares ao meu lado, numa manta que tinhas colocado junto à lareira, fiquei ali, parado, observando o teu corpo enquanto lentamente te despia, na penumbra da noite iluminados pelas sombras dos nossos corpos pintados na parede pelas chamas da lareira, e rodeados de sombras. Sempre as sombras...
Viste os meus olhos negros. Vi-me nos teus. Toda Eu, alma, reflectida no teu olhar. Sabes o quão grande isso é? Vermo-nos no olhar de alguem?
Ainda agora, mesmo agora, quando deitaste o teu corpo junto ao meu e me deste um braço como porto para ancorar a minha cabeça...sabes o que senti?
Senti-me feliz. Sim, feliz. Enquanto deslizavas os dedos nas minhas costas, na curava dos rins, devagar, num toque de pólen, tão à flor da pele que arrepiava....feliz.
Enquanto eu brincava no teu peito... feliz.
Mexia no teu cabelo, ainda agora....feliz.
A lenha acrepitar, o bater silencioso do teu coração, a chuva lá fora, a musica a tocar baixinho...
"would you save my soul tonight?...would you tremble if i touched your lips?... hold me in your arms tonight. I can be your hero baby...Am i in too deep? have i lost my mind? i don't care...your'e here tonight....I can be your hero...
Apertavas com força a minha mão...e eu a sentir-me feliz.
Ainda agora, à pouco, as tuas palavras chegavam de longe, num eco, falando do tempo em que o meu orgulho não deixou crescer um sentimento.
Num sussurro falas-me ao ouvido:
- Tanto tempo depois...
(tanto tempo depois tu. Eu. Nós.)
Puxo-te para mim num abraço apertadinho... daqueles que apertam o peito, nos dão um nó na garganta e nos fazem voar todas as borboletas no estômago.
Como nós, que talvez já nos tivessemos esquecido que temos asas, e hoje, ainda agora, voámos.
Ainda agora me beijaste e me disseste chega-te a mim. (..." e deixa-te estar"...eu que já estou tão perto! Não sentes?)
Mesmo agora, ainda à pouco...

- Ama-me, faz Amor comigo!!!

terça-feira, outubro 16, 2007

HOJE ESTOU ASSIM

Sim, gostaria de partilhar contigo a máquina de lavar roupa, misturar odores no cesto da roupa, cobrir-te com o meu roupão e agasalhar-te por entre as madressilvas que te enfeitam o sorriso sempre que bebes do meu olhar.
Amo ver-te sorrir. É como se o dia se fizesse ali e apenas à razão do teu sorriso.
Sei eu que já me passaste as mãos pelos cabelos, já me penteaste com os olhos, e o vício da seiva incontida cristalizou-se numa noite parada.
Mas hoje, assim como estou, sinto-me como um acólito no altar, embriagado por um amor em jejum, ansioso por me deitar e sentir nos meus lençóis, o teu odor que me encanta e as mãos que se estendem até mim, para me embalar.
Sim, hoje estou assim, criança, desejoso por um abraço teu.
Sim, hoje faço-me assim, Homem, ansioso pelo teu beijar.

TODO TEU “Parte III”

Ouço a minha própria voz e nem a reconheço! Em desvario puxo-te até mim quebrando as regras. Olhas-me nos olhos e concedes-me o desejo de te tocar, saborear o teu corpo que sabes que anseio, e assim, pões-te de joelhos na cadeira onde até instantes servia de poltrona de prazer e tortura com que deliciaras. De pernas arqueadas e semi abertas, serves-me uma visão do além, teu rabo impinado e o rio que escorre do vale prazeroso do teu sexo, que se mostra ao regalo dos meus olhos. Toco-te levemente e sinto a tua reacção. Sabias que estive perto de ter o orgasmo e sabias que eu sabia que me tinhas dado tréguas. Pois bem… todo aquele prazer que me ofereceste, iria eu agora te fazer sentir. Cheguei-me perto de ti, coloquei meus joelhos em cima da carpete e com a face toquei nas tuas nádegas… mas o meu tesão era imenso e sem exitações, sem mais demoras comecei a chupar-te intensamente… a língua, devassa, a separar os teus lábios da vagina e a percorrer-te de baixo para cima, alternando com um dedo que te fodia pausadamente. Senti na ponta da língua o teu clitóris, teso, enrijecido. Fiz-te sentir levemente os meus dentes, como se a vontade de te comer fosse real, estremeceste… sentia já a seiva do teu prazer a percorrer-me os lábios e adorei sentir essa tua reacção. Abri a mão e dei uma palmada numa das tuas nádegas… voltaste a gemer e assim que o fizeste subi até ti… uma perna em cima da cadeira, agarro a tua nádega direita e faço-te chegar o meu sexo ao teu, rijo, endureçido pelo prazer de te sentir, de ser teu, e de uma só vez enfio-o completamente dentro de ti. AHNNNNNNNNN!!! Soltaste um grito, um gemido, não sabia como o interpretar, mas que me era familiar sim, era prazer misturado com tesão, o entrar e sair do meu pénis de dentro de ti enquanto te agarrava os seios e beijava intensamente a tua nuca, as tuas costas, toda aquele corpo suado, transpirado, salteado por entre gotas salgadas que me deixava ainda mais ensandecido.
Deixaste-me louco, “quero-te levar à loucura”, dizia-te eu ao ouvido enquanto te fazia sentir a carne a entrar dentro de ti. Tuas mãos agarravam-se aos braços da cadeira como se procurassem a vida que se lhes escapavam por entre os dedos, sentia o teu corpo em espasmos, ora caía sobre a cadeira, ora se erguia pronto a receber novamente todo aquele pedaço de tesão que desbravava o interior do teu sexo ansioso por te sentir a vir para cima de mim.
Parei!!!
Virei-te para mim e sentei-te na cadeira, frente-a-frente. Arfavas, transpiravas assim como eu, teu coração batia como uma leoa no momento da caça, olhando de frente a presa. Com algum vigor agarrei tuas nádegas e puxei-te de novo para mim. Ainda de joelhos, de frente, pedi-te que agarrasses o meu pénis… Não te disse nada mais… “Sim… agarra-o”… e assim o fizestes. Sentias o quanto húmido ele estava, teso, com contracções, agarrei a tua outra mão e comecei a chupar os teus dedos… hum… senti-te a pressionar o meu sexo ainda mais… “Quero entrar dentro de ti”… e assim que o disse, ergueste as pernas, alçadas por entre mim criando um laço perfeito, levaste meu pénis até tua vagina, e com a tua mão, suavemente fizeste-lo entrar dentro de ti. Abracei-te… Agora com momentos certos, cadenciados, suaves e devagar, fazia-mos amor… olhos vidrados, teu peito contra o meu, meus lábios nos teus, a ferrarem-se mutuamente, minha mão na tua nuca por entre os teus cabelos…
“Vem-te para mim…” sussurrei-te… “Hummm quase amor” libertaste por entre um murmúrio…
Continuei aquela dança, os corpos a bater um no outro, o suor, os braços que se estendiam um no outro, o quente de dentro de ti no meu sexo que deixava ainda com um maior tesão…
AHNNNNNNNNN!!! Soltamos um grito… gemidos… deixaste cair a cabeça para trás, levando o teu orgasmo mais longe do que poderia imaginar, prolongando-o, dando-nos prazer… deixei-me cair sobre ti, exausto, unidos nesse orgasmo longo que sentias dentro de ti, intenso. Ficamos assim, esperando que o corpo recupere e a mente se volte a unir. Eu beijo-te, solto-te pequenas lambidelas nos lábios, sorridente, como os teus olhos. Quando abres os olhos de novo, sabes que estou por cima de ti e entrego-te a minha boca, num beijo longo e demorado, pleno de carinho.

CASTIGA-ME

-Não te rias assim para mim, estou chateado contigo!
-Ahahahahahah. "Rias descontroladamente"
-Ok, eu posso ter exagerado, mas podemos sempre tentar contornar a coisa, se estas de facto chateado comigo porque não descarregar essas energias negativas em algo de positivo.
-És completamente doida, tu!
-Hummmm...
Começaste por tirar os teus sapatos, enquanto fazias um sorriso bem subtil, bem provocante, depois os jeans e eu continuava a disparatar e nem queria olhar para ti.
-Eu acho que te posso ajudar a ultrapassar isso..."Disseste-me num tom de alerta".
Finalmente percebi que eu não estavas a brincar e não estavas sequer disposta a alimentar aquela discussão, sabias que apenas queria desabafar e por isso continuavas em cima da mesinha da sala a bamboleares-te, a tirar o cay-cay...
-Mas como é foste capaz de dizer aquilo? Os meus pais nunca vão digerir aquilo!
-Ahahahahahaha, quero lá saber, digo o que penso e mais nada. Vem cá...
-Ahahahahhah, maluca e pára com isso que estás a deixar-me doido e eles estão aí a chegar entretanto.
-Pois é, mas pode ser que assim percebam, que quando eu lhes disse que ‘pagamos’ as nossas zangas com sexo, estava mesmo a ser sincera, desta vez não era uma piadita...
Por aquela altura, já tu estavas sentada na mesa de vidro a brincar... contigo...
-Não vais desistir pois não? "Questionei-te já um pouco mais calmo"
-Não, mas podes ajudar-me… e até aposto que ias adorar...
Viraste-te, puseste-te de quatro e começaste a abanar o bumbum de um lado para o outro.
-Sabes perfeitamente que sou doido por ti… quando eles chegarem, esperam um bocadinho que lhes faz muito bem!
-Assim como me vai saber ter-te… vá, vinga-te de mim... castiga-me, ahahahahaha!!!

segunda-feira, outubro 15, 2007

TODO TEU “Parte II”

A tesão aumenta à medida que a vejo por inteiro: as longas pernas metidas numas meias de ligas pretas, presas a um cinto de ligas que lhe acentua a cintura, a renda de uma cuequinha preta, os seios que pareciam querer saltar de dentro de um soutien minúsculo... As regras ditam que não se fale. Comemo-nos com os olhos. Eu sei que uma vez sentado não me posso voltar a levantar. Agora pergunto-me porque raios concordei com mais esta regra! Apetecia-me agarrá-la já, mas não o ia fazer. Controla-te...Deixa ver até onde é que ela vai. Encostada à porta ela começa a acariciar o próprio corpo. Levanta uma perna e uma das mãos percorre a perna desde o tornozelo até à anca, suave e languidamente. Exibe-se. Vira-se de costas para mim olhando para trás com ar sedutor. Baixa-se, empinando bem o rabo como sabe que eu gosto, agarra ambos os tornozelos e volta a acariciar as pernas lentamente, subindo devagar as mãos e olhando para mim, uma mão pára num joelho a outra continua subindo até ao traseiro... o som inesperado da palmada que ela deu na nádega surpreendeu-me!
Ela sorri.
Voltou a virar-se para mim e agora exibe os seios brancos, puxa os bicos para fora e brinca com eles enquanto morde o lábio inferior. Consigo perceber que ela está excitada. Eu estou a adorar o espectáculo e sinto-me latejar de excitação. Cada aperto daqueles dedos femininos nos mamilos dela, desejo que fossem os meus dedos, quase lhes sinto o sabor na boca tal é a vontade que tenho de os beijar e chupar! Respiro calma e profundamente, mas engulo em seco enquanto vejo uma das mãos dela desaparecer por dentro da renda preta das cuecas. Ela fecha os olhos por momentos, a boca pintada abre-se num suspiro quando os dedos dela encontram o que procuravam. De pernas abertas, ela encosta-se de novo à porta e deixa-se escorregar até ficar de cócoras. Consigo ouvir a sua respiração cada vez mais rápida e os gemidos de prazer que ela já não segura! Hummmmmmmmm! Sei que ela está quase a vir-se, estou desejando que ela se venha... Ela cai de gatas, uma mão no chão e a outra ainda estimulando o seu clitóris. Vejo-lhe o orgasmo no olhar, observo como o corpo se contorce paralelamente à respiração e aos gemidos... como gosto daquele som! AHNNNNNNNNN!!! Ela geme alto e crava as unhas na carpete, vejo o orgasmo invadir-lhe o corpo e sinto-me escorrer também algumas gotas de prazer.
Regularizando a respiração por uns momentos, ela olha para mim com um meio sorriso, ergue-se nos joelhos tirando a mão escondida dentro nela e leva os dedos aos lábios, saboreando-se. Hmmmmmmm! Que tesão que aquilo me dá! Estou desejando que ela venha até mim, que ela acabe com aquele jogo e me deixe tocá-la! Ela sabe isso! Consigo vê-lo nos olhos dela! Novamente de gatas ela dirige-se para mim, finalmente, oferecendo-me um espectáculo de uma sensualidade incrível: Vejo-a de frente, o rosto expressando todo o tesão, os seios, o movimento do corpo... e vejo-a por trás, no espelho, a cadência bamboleante daquele traseiro fantástico! Quando chega ao pé de mim, ela levanta-se roçando a sua pele quente na minha, põe as mãos nos meus ombros e oferece-me o seu gosto nos próprios lábios num beijo lento e forte. Sinto-me como um vulcão prestes em erupção. Sinto as mãos dela escorregarem dos meus ombros pelos braços e pararem nos pulsos e mãos, entrelaçando-se umas nas outras. Ela começa a descer, sem nunca deixar de olhar nos meus olhos , até ficar sentada nos calcanhares e eu sinto o queixo dela no meu sexo. Com um sorriso nos olhos e movimentos lânguidos ela encosta a cara à minha perna, roça-se por ali como se fosse uma gata até que sinto a boca dela na minha perna, junto ao joelho. Beijando, lambendo e mordiscando, ela vem subindo devagar e eu penso no momento em que a boca dela chega ao objectivo! Hummm! Esta mulher põe-me doido!
Chegada à virilha, fazendo-me acreditar que seria agora que ia sentir a boca dela no meu sexo... ela passa rapidamente ao outro joelho e repete o mesmo caminho até à virilha. Hummmm! Sinto-a encostar-se a mim e vejo o mesmo sorriso de outra vez! Fecho os olhos e tento respirar com mais calma. Ela agora roça o meu pénis, acaricia-o com a face, saboreia com a pontinha da língua e começa a lambê-lo, devagar, desde a base até à ponta, da base à ponta, e mais uma vez, da base à ponta como se de uma gata se tratasse, até ficar todo molhado da saliva dela. Oh! Eu quero mais! O calor daquela língua, fugidio e passageiro, é uma suave tortura que adoro. Então ela passa a lamber-me, suavemente, delicadamente, com o carinho na ponta da língua e o diabo no olhar e suga-me suavemente para dentro da sua boca quente. Eu vibro e entrego-me... àquela sensação maravilhosa e indescritível!
Mais uma vez, ela percorre-o em todo o comprimento com a língua apenas para parar na ponta, deixando a língua travessa brincar com aquela zona mais sensível a descoberto, agarrando-a com os lábios apenas para a soltar, enrolar-lhe a língua e sugar de mansinho até eu quase parar de respirar! Oh! Aquela língua é um desvario!... Eu enteso-me e ofereço! Ela faz o prazer prolongar-se ao máximo antes de me sugar o sexo para dentro da sua boca escaldante e sinto a sua língua contorcer-se contra mim, agora invadido por aquele calor e, não contendo o prazer, atiro a cabeça para trás gemendo.
A visão dela, de joelhos entre as minhas pernas, o vai e vem sedutor e enlouquecedor da sua boca, aqueles olhos, ora fechados, ora fixando os meus, as mãos dela nas minhas pernas e nádegas... A quente suavidade do interior da sua boca, a lingua, a pele macia das bochecas na ponta do meu pénis... Ela está a deixar-me louco! Eu sentia-o crescendo da excitação e do prazer e pensava que não ia aguentar muito mais. O sangue ferve. O coração bate acelerado. A respiração descontrolada!
Arhhhhh! Mmmmmmmmm!

(Continua…)

domingo, outubro 14, 2007

TODO TEU "Parte I"

A tarde estava a chegar ao fim, felizmente! Mal posso esperar para saber o que ela me reservou para hoje. Enquanto conduzo a minha imaginação perde-se nos detalhes e sinto a excitação crescer. Tenho o papel no banco do lado e confiro o nome da rua que está deserta... É isto mesmo. Saí do carro ainda não querendo acreditar que estava na morada certa. O prédio parece que vai cair a qualquer momento! Ainda pensei em voltar para trás, mas lembrei-me do brilho de desafio nos olhos dela... entrei. Seguindo as instruções, encontrei a porta com mais um papelinho colado e a chave que ela me deu serviu perfeitamente. Entrei numa sala vazia, com muitas janelas cobertas por persianas e cortinados escuros. Estava abafado apesar da aragem que entrava pelas janelas, e na obscuridade não vi nada mais do que a cadeira que aquele último recado indicava. Sentia-me confiante. Ela podia pensar que ia controlar a situação mas eu não fazia intenção de me submeter até ao fim: serei dela, sim... mas ela também será minha e juntos seremos... o inimaginável!
Despe-te e senta-te. - Dizia o recado - Quero que brinques contigo. Vou estar a observar-te.
Bom... Eu disse que ia obedecer a tudo, que confiava nela... e é verdade. Confio. Tirei a roupa e deixei-a ali mesmo, no chão que, reparei nesse momento, estava limpo. A alcatifa era fofa debaixo dos meus pés e agradável de pisar. Passeei um pouco por ali tentando descontrair, com as mãos no pescoço a ver se conseguia o mesmo efeito que as dela costumam ter... Capturei um movimento pelo canto do olho e sobressaltei-me! Pensava estar sozinho e não esperava que algo se mexesse na sala, depois pensei que fosse ela. Uma grande cortina mexeu-se um bocadinho, escorregou mais um pouco e vi algo mexer-se por trás dela... sustive a respiração e... ri-me. Era um espelho. Tinha-me assustado comigo próprio. Tirei a cortina escura que revelou um grande espelho sem moldura que ocupava uma boa parte daquela parede e ia até ao chão. Fiquei a olhar... As ideias que ela tem! Observei-me nele, vi-me nú, alto e moreno, o rosto de sempre, o mesmo olhar... Braços e pernas fortes, musculatura definida. Olhei para baixo e vi-me meio-teso. Pensei nela. Onde estaria? Olhei em volta a pensar de onde me poderia observar. Ela disse que queria ver e naquele momento aceitei o desafio. Pensei em como ela gosta de me tocar e resolvi fazer o mesmo para ver se a fazia aparecer. Passei as pontas dos dedos na cara, desci-as pelo pescoço e peito, virei-me um pouco e agarrei as nádegas, como ela gosta de fazer. Vi no espelho um canto dos lábios elevar-se num pequeno sorriso que a memória dela me traz. Será este o sorriso que ela chama de “malandro”? Continuo a passar as mãos por todos os pontos que sei que ela gosta... e eu também. Imagino que as minhas mãos são as dela... Descendo das nádegas voltam a subir pelas pernas para encontrar o meu sexo. Gosto da sensação de o sentir crescer nas mãos. E sei que ela gosta de ver, por isso brinco com ele por um bocado, imaginando-a por detrás do espelho. Quando penso nela a ver bem de perto, a saborear cada movimento meu, a desejar-me... isso excita-me mais do que esperava e o vai-e-vem da mão aumenta até que aperto o pénis com força e solto um gemido. É melhor parar. Hmmmmmmm! Senta-te. O recado dizia para te sentares. Caminhei mais um pouco pela sala deserta, tentando recuperar a respiração calma... Aquela espera estava a deixar-me ansioso. Achei melhor sentar-me mesmo e quando o fiz vi-me no espelho: nú, sentado, com as mãos descansando nos braços da cadeira e as pernas abertas, o sexo bem duro só à espera dela. Eu sabia que ela só podia ter pensado em algo que me desse muito prazer, era o não saber o que seria que estava a pôr-me doido... de curiosidade e de tesão!
Um ruído.

A porta abre-se devagar e vejo surgir uma longa perna, sedutoramente envolta por uma meia preta, mais acima uma mão elegante de dedos compridos e longas unhas vermelhas... um braço, um ombro nú... Até que ela aparece finalmente e eu sinto um aperto de tesão ao vê-la fechar a porta e encostar-se a ela, olhando-me intensamente.
(Continua...)

O DIA ESPREITA

Esta manhã acordei para ti. Ou semi consciente, acordaste-me tu, felizmente! As minhas mãos percorreram o teu corpo que dorme nú e despertaram-no. Fiz-te nascer um sorriso no escuro e aninhaste-te em mim, saboreando o calor da minha mão suave e forte. Depressa, muito depressa se ouviu a tua respiração pesada e rápida, jurava que podia ouvir o teu coração bater acelerado e o som das tuas mãos procurando por mim no calor da nossa cama. Arrepiaste-te com o sabor do meu hálito quente na tua nuca para depois te derreteres nos meus dedos sábios, arqueando, sorvendo golfadas de ar e gemendo baixinho enquanto mordias a almofada! Oh! Sim! Entrei em ti e foi como se tivesses previsto a pequena morte. Não me deixaste parar e movimentei-me para te sentir melhor, mais fundo, todo teu! Não imaginas o excitante que é para mim, sentir-te nos meus braços a rodearem-te, abraçarem-te, puxarem-te para mim como se nos quisesses fundir num só. Testemunhei o gozo que te deu sentir-te elevada nos meus braços quando te puxei para cima de mim, frente a frente, para te dar agora a ti, o gozo de veres os meus olhos em cada instante que te saboreio. Gostas, não gostas? Eu sei que sim. Descobrimo-nos a cada instante! E assim te vieste, silenciosamente, trespassada por mim e entalada nos meus dedos... A manhã ainda agora começou!

FLORES NOS LABIOS

É nestas flores, em particular, que vejo desenhar-se uma linha que me leva de mim a ti, passando sobre um campo invisível, onde já não se ouvem os pássaros, e onde o vento não faz cair as folhas. Estamos em frente de um canteiro puramente abstracto, e cada uma destas flores nasceu das frases em que o amor se manifesta, e do movimento dos dedos sobre a pele, traçando um fio de horizonte em que os meus olhos se perdem. Por isso estão vivas, e alimentam-se da seiva que bebem nos teus lábios, quando os abres, e por instantes a vida inteira se resume ao sorriso que neles se esboça.

quinta-feira, outubro 11, 2007

ONTEM

Ontem beijaste-me. E mais uma vez o meu corpo reconheceu que a minha boca nasceu para te beijar. Cada toque dos meus lábios em ti fazem nascer um rio de vida. De uma vida doce, sensual, quente e cheia de desejos, ansias e loucuras. Quantas vezes o meu corpo desperta e louco, adormeço, sem sonhar. Quantas vezes o sonho, teimoso, desperta o rio que jaz em mim, ansioso por te deixar percorrer o corpo que te deseja, que não te esquece. A tua língua, voraz, molhada, quente, atrevida, doce, misturada com a minha que te sente, deixando-me sedento de ti. Ontem beijei-te, sôfrego, sequioso de ti, do teu sal, da tua pele clara, que em saudades recordo, lambi-te, bebi a tua saliva, saboreei o teu gosto, delineei-te os lábios, recordando o caminho que encontrei, os sentimentos que vivemos.
Ontem beijámo-nos.

quarta-feira, outubro 10, 2007

COMO SERÁ

Como será acordar ao lado da Mulher que se Ama? Como será adormecer enrolado nas suas pernas quentes, encaixada no meu colo, os seus braços em meu redor? Adormecida, gostaria de te acordar pelo prazer do meu toque, do meu respirar, dos meus beijos suavemente depositados em teu corpo. Deixar-te-ia usufruir das minhas carícias, da minha mão atrevida e conhecedora dos teus recantos, curvas e segredos. O teu corpo excitado encostado em mim, far-me-ia virar, descer sob os lençóis e provar o prazer intumescido. O nosso quarto iluminado por velas de mil cores, incendiado de perfumes almiscarados, invadido por pétalas de flores, na expectativa dos momentos a dois. Relaxarias imersa na água que acolhe o teu corpo, onde te iria tomar pela mão, onde te erguerias para mim, e das minhas mãos uma toalha felpuda envolveria o teu corpo, para te embalar no meu colo seguro. Depositar-te-ia na nossa cama, e sossegado ia tomar o meu banho, de onde sairia despojado para ti. Do frigorífico retirava o champanhe gelado, doce no paladar e refinado no seu encanto, dois copos altos seguros na minha mão, as luzes que apagaria, o nosso quarto envolvido pela luz da noite quente, pelos limites dos nossos corpos. A toalha, solta do teu corpo, jazia no chão, as tuas mãos levantam-na e com ela seco as últimas gotas da água solta pelo teu cabelo. Encostado na cabeceira da cama, puxo-te para mim, onde entre as minhas pernas o teu corpo repousa. As tuas mãos, que tocam o corpo que amas, que conheces e que te excita, param no meu ventre, no sinal junto ao meu umbigo, por onde docemente correm os teus dedos. Espalmadas, quentes e secas as mãos que tu amas acariciam os teus seios, onde os mamilos se tornam reflexo do prazer que sentes. A tua excitação, o meu prazer, a minha vontade de ser teu, e ter-te comigo. Sussurras que me amas, que te sentes feliz quando me tens ao teu lado e sem me pedires nada esperas o momento do meu render, do desejo que procuraste em mim. Assim imagino as nossas noites de amor, de paixão, de sexo, de companheirismo, de sedução cúmplice e partilhada. Sou teu, porque nada me pedes, nada me exiges, apenas te amo mais e mais.
O meu corpo amanhece em voz alta quando acorda ensonado no teu amor.

DE REGRESSO

Trouxe de mim apenas o olhar sidério, a graça infinita de tuas mãos de menina. Os lábios sanguineos de rosa pequenina, e no seio e alabastro o teu odor etéreo. Vamos amor, correr por entre as giestas que o teu riso é claro e puro. E o meu corpo um vinho maduro, que te ofereço a beber entre os matagais. Dulcissima é esta febre de te amar que cresce e amadurece a cada entardecer, e agora fulgente sobre o mar o nosso amor de brocado e marfim. Tomara a cidade despertasse, e os seres de felicidade a iluminasse.
Como é bom amor... amar-te assim.

domingo, outubro 07, 2007

DOMINGO A TARDE

-Meu Anjo, preciso de ir ao meu local de trabalho!?!?
-Mas hoje que é Domingo? "Questionaste-me naquele tom de reprovação que me fez ficar com todos os sentidos em alerta, como se acabasse de cometer um grande pecado.
-Sim meu Anjo, por estupidez minha esqueci-me de trazer um dossier que tenho de preparar para amanhã o debater numa reunião às 9h! - "Sabia que tinha feito asneira, eu próprio não gosto de misturar os dias e as horas que lhe dedico com o trabalho, mas teria de remediar aquele desfecho e por isso atirei forte";
-Paixão, porque não vens comigo, sempre dás uma olhadela ao espaço onde me perco 8h por dias a ansiar pelo teu beijo que me espera no fim do dia, e depois jantamos junto ao Cais?
-Realmente, achas que dar-me "graxa" te vai desculpar?
-Claro que não! "rematei" -Mas sei que te quero comigo e sabendo que não deveria estar a ir ao trabalho quando deveria estar contigo, opto por te levar e assim, quem sabe, cometer umas loucuras! "E enquanto terminava a frase, já naquele tom suave que entoa uma traquinice saborosa, esboçaste um sorriso."
-Meu Anjo pedia-te que levasses aquele vestido branco que tanto adoro e combina contigo, deixa-te extremamente sexy e saborosa, tal como o és. "Sabia que estava a pisar terreno frágil com aqueles elogios, podias tu pensar que estaria a exagerar, a tentar disfarçar a minha falha, mas não era essa a intenção. Adoro ver-te com aquele vestido, realça as formas sensuais e eróticas do teu corpo, os seios firmes e imponentes, as ancas bem deliniadas...
-Sim tudo bem eu levo, afinal, sempre vamos sair depois certo?
-Sabes que não faço promessas, apenas afirmações, por isso sim doce, claro que vamos.
Saímos de casa faltavam 20 minutos para as 18h. O dia estava solarengo, morno e com uma brisa suave a correr. Chegamos pouco tempo depois, afinal de contas era domingo e não havia muito trânsito. Entramos e disse ao segurança que estavas comigo, eras a minha Mulher, e vi que essa expressão que usei deu-te um gozo tremendo em ouvir-la. Lá dentro ainda trabalhavam cerca de umas 30 pessoas, afinal um Call Center nunca pára.
-O meu gabinete é já ali doce. Vem comigo!
Entramos, fechei a porta e sentei-me na cadeira onde estou cinco dias por semana, atrás desta secretária onde passo pelas maiores chatices e resolvo o mais complicados problemas, nunca me tinha no entanto ocorrido que esta podia ser também uma cadeira confortável para... outros afazeres. Reuni os meus documentos e quase institivamente liguei o computador, como faço todos os dias assim que chego e fui verificar o meu e-mail, que tinha indicação de alguns comentários sobre relatórios anteriores que tinha entregue na semana anterior e sobre a minha avaliação pessoal por parte da empresa. Levantei-me da cadeira e deixei-te sentar enquanto preparava uma capa para proteger os papeis. Apercebi-me que lias o meu correio eletrónico.
-Não sabia que te faziam este tipo de avaliação e estes atributos que aqui falam, proactividade, empenho e dedicação.
-Sim, entre outros! "respondi eu com um ar um pouco de intrigado".
-Vejo que sim! Aliás julgo que podes mostrar-me um pouco deles.
-Aqui? Agora? "E enquanto te questionava fui-me aproximando até chegar bem perto e estendi a mão até à face e comecei a deslizar os dedos por entre o pescoço e o decote" - ficaste imóvel, ambos não gostamos de misturar as coisas mas aquele momento era delicioso demais para ser perdido. Aproximei-me do computador e abri o media player e coloquei um som bem relaxante mas alto.
-O teu local de trabalho pode guardar segredo? "Questinaste-me claramente num tom provocador"
-Este local guarda todos os nossos segredos, e apenas os nossos. -"puxei-te até mim e sentei-me na cadeira enquanto te fazia sentar no meu colo, beijei-te e lambi docemente cada recanto do teu pescoço, deslizei a mão até aos teus seios que me aguardavam ansiosamente. Em seguida deitei-te na secretária, desapertei o vestido e retirei as alças e despi-te por completo. Fechaste os olhos e ficaste assim a deliciar-te com aquele momento ao som de Michael Bubblé e a música que tanto adoras "Mrs. Jones". Beijei cada centímetro da tua pele, docemente brinquei com os teus mamilos, rijos de prazer, até descer para o umbigo e mais abaixo onde não conseguiste te conter, lembro-me de ouvir as tuas unhas na secretária e ainda vejo lá as marcas do teu prazer. Levantaste-me e tiraste-me a roupa avidamente, querias me ter ali, pudia respirar o teu desejo, eu próprio estava impaciente tal era o desejo em fazer Amor contigo. Baixaste-te... pudias ouvir-me gemer prazerosamente por cada vez que sentia o quente dos teus lábios e língua no meu sexo. Peguei em ti, sentei-te de novo na secretária e instantaneamente penetrei-te com vigor enquanto te agarrava os seios. Sentias todos os movimentos do meu corpo, de cada vez que entrava dentro de ti fazia questão de ser profundo, maravilhoso, queria te deixar louca ao ponto de te deixar descontrolada. Aumentei a pressão enquanto atiravas com o que restava na secretária para o chão tal a intensidade que sentias a desbravar dentro de ti. Estavas completamente húmida e com contracções, sabia que irias ter um orgasmo luxuriante, aumentei a cadência dos movimentos e beijei-te intensamente... "-Vem-te comigo!" e assim que sussurra-te essas palavras soltaste um suspiro enorme com gemigos a mistura, e pudia sentir o teu orgasmo a fundir-se com o meu. Foi tão intenso, poderoso, ficamos ali abraçados por alguns minutos, transpirados, cansados... e "Mrs.Jones" continuava a ser a nossa companhia... estava em replay...
-Queres começar de novo?

quarta-feira, outubro 03, 2007

GUERRA E PAZ

Deitamo-nos e deste-me um beijo terno, mas rápido, e um até amanhã.
-Estás bem? - Perguntei eu como se um sussurro tivesse sido solto dos meus lábios.
-Sim. Bons sonhos.
-Não queres miminhos?
-Quero ficar quietinha de olhos fechados. - e nesse instante voltaste-te de barriga para baixo, uma perna flectida, um braço a acompanhá-la e o braço que estava do meu lado, levemente afastado mas ainda assim, perto.
Voltaste o rosto para o meu lado e percebi que teus olhos se mantinham abertos, como que nesta lusco-fusco, sabias-me deitado de lado, braço a apoiar a cabeça e a olhar para ti.
-Tens a certeza que está tudo bem?
-Porque não me apetece foder?
-Apenas porque estás distante.
-Dorme bem.
Voltaste de novo o rosto, e bem devagarinho, foste chegando a mão para perto de mim, mais perto até que tocaste com um dedo na minha perna, passeavas o dedo para cima e para baixo, fazias pequenos círculos e por instantes pressionavas-me a perna, e nesse momento apenas ouvíamos a nossa respiração.
Depois da tua resposta, mantinha-me quieto, como se fosse apenas um observador de paz em tempo de guerra, mantinha-me neutro e sabias-me assim pois chegaste-te um pouco mais para perto foste subindo o dedo até chegar a minha virilha. Nesse instante o meu pensamento não era mais de pacificador mas sim de guerreiro prestes a entrar na batalha e percebeste a minha respiração alterar-se, aconcheguei-me um pouco mais de modo a ficar mais junto de ti, mas ainda naquela posição e sempre a olhar para ti.
Nesse instante declaraste guerra. Colocaste o dedo por dentro dos boxers, pela perna e brincavas agora com mais vigor na minha virilha, como se só tu soubesses o que estavas a fazer, o silêncio que se ouvia era delicioso, apenas interrompido pelas respirações, que se adensaram quando um dedo meu tocou em tua nádega e brincou entre as tuas pernas, por dentro das coxas.
Instintivamente, ou não, levantaste levemente a anca de modo a permitir-me passar com a mão entre os lençóis e o teu corpo quente e agora desejoso.
Num acto provocador, tocaste ao de leve no meu sexo, profundamente excitado, e percebeste que a minha respiração entrecortou, voltaste a tirar a mão e regressaste ao ponto de origem, onde tinha começado aquele embalar, à minha perna.
Num segundo de tréguas sabia que esperavas a minha reacção, como que querendo perceber se este jogo de sedução e erotismo me agradava, e não precisaste de aguardar muito mais... coloquei a mão dentro da tua tanga, brincou com a tua virilha, as duas, passeando os dedos levemente para cima e descendo suavemente pelo centro desse vale prazeroso que sentia húmido e bem devagar toquei no teu clítoris, senti-te a apertar os lençóis, enterraste o rosto na almofada, querendo abafar os gemidos que soltavas institivamente. Não querias que te ouvisse, nada daquilo era oficial!
Levaste de novo a mão para junto de mim, desta vez mais convicta, entraste nos boxers e de uma só vez, apertaste-me o sexo, como se agarrá-lo fosse agarrar a vida... tremi e gemi enquanto brincavas agora livremente com o teu clítoris, colocava um dedo dentro de ti e sentia a tua respiração ofegante como se mordesses os lábios, estavas completamente transpirada. Aquele jogo, estava a deixar-te fora de ti, brincavas com o meu sexo e percebeste que estavas a deixar-me louco, estremecia a cada investida da tua mão. Não desisto e agora entrava dentro de ti com os meus dedos e um gemido abafado saiu da tua boca.
Percebi que estavas perto, continuei a provocar-te, acariciavas-me sabendo a minha excitação e tesão, masturbavas-me e naquela dança sincronizada, estávamos os dois quase em estado de ebulição, faltava perceber quem iria sucumbir primeiro.
Retirei a mão, como que estratégicamente prolongando aquele momento e tu continuaste. Sabia que te tinha deixado possessa. A tua reacção fez-se sentir. Apertaste-me como se acabasses de ter lançado um aviso de desaprovação, mas não quiseste terminar, não agora, continuaste a brincar comigo, a minha respiração ritmada era agora música, e de repente, voltei a colocar os dedos dentro de ti, de uma só vez, sem aviso prévio, tudo o que consegui… e aí sim, um forte gemido, uma explosão de prazer, convulsões de luxúria, respiração agitada, não conseguiste continuar...
Passados alguns minutos, enquanto te abraçava e pousavas a cabeça no meu peito, perguntei:
-Não te apetecia mesmo?
-Foder não, mas adorei fazer amor contigo.

terça-feira, outubro 02, 2007

SURPRESA

Entramos no carro na ideia de pretender te surpreender num jantar romântico a dois e as minhas expectativas não saíram goradas…
-Vamos? – Perguntaste-me com um ar absolutamente normal, à espera de um beijo meu.
Olhei para ti e detive-me largamente na roupa que trazias.
-Porquê essa roupa? - Questionei-te com um olhar de surpresa.
-Disseste para eu trazer uma roupa confortável, já que íamos só jantar a um sitio qualquer e depois regressavamos a casa, porque andas muito cansado… Eu vesti algo de realmente confortável… Chegaste-te perto de mim, pude sentir o aroma doce, profundo e vincado do teu perfume, beijaste-me ao de leve nos lábios, seguraste-me na mão direita, e fizeste-la deslizar por entre a fina gabardina creme que vestias. Chegou perto da tua virilha e detive-me, quase assustado…
-Vês, vim confortável! - Afirmaste-me com aquele sorriso que tanto adoro em ti.
-Tu és louca, mas tu és completamente doida, quer dizer que a única coisa que trazes…
-Sim, é esta gabardina e os meus sapatos rosa, não reparaste nos sapatos, só na roupa… – disseste-me com ar de ofendida como se porventura os sapatos fossem o centro do Universo.
-Tens a certeza, que vamos... vais assim?
-Vamos, estou cheia de fome e além disso precisas ir descansar…
Durante o jantar, em que ficámos numa mesa para duas pessoas, de frente um para o outro, num restaurante simpático e acolhedor, os meus olhos estavam irrequietos. Olhavas-me insistentemente como se soubesses exactamente o que pairava na minha mente e sorrias com um ar quase pecaminoso.
Até que a meio do jantar o teu sapato foi de encontro à minha cadeira, depois às pernas e depois começou a subir, olhei para ti e tentei desesperadamente disfarçar o desejo que se crescia na vontade de sentir-te por debaixo da gabardine, o que ao me veres dessa forma só te incitou a continuar, a provocar-me ainda mais.
Pedimos uma sobremesa, que foi devorada rapidamente, depois a conta, e saímos daquele sítio, alheio ao que os nossos corpos e almas ansiavam.
Assim que ficámos longe da porta, coloquei a mão por dentro da tua gabardina, apertei-te uma nádega e disse-te ao ouvido…
-Passaste a noite a provocar-me, nem sabes o que te espera.
Ao qual me respondes:
-Promessas!!! Eu espero que a tua mão, não seja a tua única parte do corpo a tocar no meu corpo.
Entrámos no carro, coloquei a mão onde há pouco se tinha detido, e provoquei-te um forte arrepio, tal a veemência com que o fiz, foi como se só agora tivesse de facto percebido o erotismo da situação, e até chegarmos a casa não mais a retirei de lá.
Chegámos e sentia-te completamente excitada, não saímos do carro antes de apagar um pouco desse fogo que nos consumia.
Abri a gabardina avidamente, beijou-te os seios excitados, apertei-te as nádegas e sem que quase tivesses tempo para reagir, desabotoei as calças e baixei um pouco o teu banco subindo de seguida para cima de ti, penetrei-te, como se vingança fosse do tormento que me fizeste passar durante o jantar. Sussurraste-me ao ouvido:
-Não gostaste da surpresa?
-Adorei… e sei como agradecer-te.

segunda-feira, outubro 01, 2007

TOMAS UM CAFÉ?

-Apetecia-me foder-te já aqui…
-Hummm, era?
-Assim em cima da mesa e toda a gente escandalizada, depois pedíamos a conta e íamos embora!
-Ahahahahahaha, olha fala baixo que ainda alguém te ouve.
-E então? Não estou a falar nada de mais, quando muito fazia inveja aos que nos rodeiam.
-Bom, mas achas que consegues terminar a refeição, depois vamos pra casa.
-Não sei… vou fazer um esforço.
Terminámos, um café, a conta, e saímos sem saber para onde nos dirigir, que é uma coisa fantástica quando se está de férias.
-Ainda estás com aquela vontade toda? "Perguntavas-me com um sorriso maroto!"
-Acho que não, apetecia-me mesmo era ali no restaurante…
-Portanto um local público!
-Sim…
-Então… e se fossemos tomar um café, aquele café ali em cima… tem uma zona de toillete enorme e muito interessante…
Os meus olhos começaram a brilhar com ideia, com a loucura, ou talvez o desafio. A verdade é que não sabia se seria capaz de algo tão arrojado, tinha tudo começado com uma brincadeira.
Mas não quis terminar por ali, imaginá-la excitava-me profundamente. Parei uns momentos, sem saber se iria só sorrir e dizer-lhe que era doido por tal ideia, ou simplesmente alinhar…
-Sabes, se calhar tomava outro café - disseste-me com o ar mais natural que conseguiste.
-Ahahahahahaha, então vamos àquele ali em cima, tem um café fantástico, cremoso…
-Pois tem, vamos!
Entrámos, foste ao toillete, dirigi-me ao balcão, passados alguns momentos, a porta abriu, estavas sentada no balcão enorme do lavatório, com um sorriso provocador, prometedor…
-Boa tarde.
-Boa tarde, incomodo? "Questionei antecipando a resposta."
-Incomoda, mas deixe-se ficar… - disseste-me visivelmente excitada.
Cheguei-me a ti, beijei-te, levantei o teu vestido de linho preto e percebi que já tinhas adiantado trabalho… ahahahahaha.
Instintivamente levei uma mão ao teu seio e apertei-o, enquanto te sussurrava ao ouvido, ‘Não grites ou gemas alto’, ouvir aquela restrição deixou-te completamente húmida, quase a rebentar, pude de imediato sentir o teu tesão. Desapertámos as minhas calças que baixamos só o suficiente... e em poucos momentos provámos um pecaminoso orgasmo, que quase se tornava doloroso por não podermos o soltar vocalmente.
Um beijo louco, afastei-me, olhei para a porta, como se finalmente tivesse percebido onde estávamos e recompus-me.
Saltaste do balcão e entraste na casa de banho das senhoras.
Quando voltaste sentaste-te na mesa onde eu já te aguardava, já lá estava o teu café à espera… a fumegar…

ESTA NOITE...


Durmo em braços que sinto, mas que não toco.
Enrosco-me em pernas que me seguram e aninham,
mas que não vejo.
Acordo em lençóis de pétalas, que ninguém colocou.
Iluminam-me brilhos de luzes que,
alguém acendeu... sinto-me cansado...
Vou dormir!

ESTA FRIO


Está frio, imenso frio. As nuvens escancararam-se e chove, e o vento consegue penetrar nas paredes e entrar-me no corpo, aqui neste quarto desasossegado pelos uivos da caruma daquele pinheiro mais alto que sofre com as vergastadas do mau tempo. Está frio, aqui. Há dias em que está frio lá fora e aqui está-se bem. Hoje não.