quarta-feira, março 21, 2007

PODIA SER UMA CARTA DE AMOR

Vou-te falar de mim... dissimulado nos gestos existem tremores secretos que ainda não te contei. As minhas palavras atropeladas pela razão, ficam mudas e transformo-me em trapézio sem rede junto a ti. O teu sorriso nunca coube em fotografias que se revelam insuficientes para mostrar como lavas o rosto a quem o presencia. Tremo quando o fazes para mim e sabes bem que me fazes feliz quando sorris. Passo os meus dias a tricotar pormenores, detalhes que se mantém amarrados no meu peito da forma como me devoras quando sorris para mim. Sabes-me bem e teço mil e uma formas de te dar prazer, sabes que adoro ver o teu sorriso?
Estes meus dias têm sido como velas de cera que ardem demasiado lento, ainda o dia começou e já estou embriagado por entre os retalhos da memória que me chegam com o teu sorriso e as saudades misturadas...
Todos os dias olho o teu retrato e posso imaginar-me a tocar tua face e a delirar por entre o quanto me preenches.
A paz do teu sorriso é meu vício e enche-me em sensações maiores onde as palavras não entram, mas sinto-as em mim, em cada gota de sangue que me percorre o interior.
Tenho uma palete de coras novas, vivas, só não sei bem como as usar, apenas sei que é contigo que o quero fazer.
Quando me perguntam por onde se perdem os meus olhos, respondo que se dissolvem num oceano de prazer onde o Amor se faz em ondas calmas e a serenidade se pinta na cor dos teus olhos.
Deixa-me te falar do teu olhar... quando se apaga a luz do meu quarto o teu olhar azulou a minha alma, como se roubasse um pedaço do céu, desmanchando o meu coração em pedaços que recolhes no teu peito e como se em um puzzle se transformasse, encaixas de novo as peças agora em ti.
Quando me olhas sinto-me recluso em águas translúcidas nas quais me vejo, em teus olhos, e sinto o quente dos raios de sol.
Quando me surpreendes nas mais pequenas coisas, quando oiço a tua voz, quando sinto o teu beijo mesmo quando em latitudes diferentes, sinto-te aqui onde minha mão agora repousa... no meu peito... num recanto que guardo para ti junto ao coração... onde quero nele fazer o teu ninho e te oferecer tudo aquilo que eu sou, estender-te os braços e enroscar teu corpo em mim sentindo o quente do meu corpo no teu.
Deixa-me te confessar que desejo o teu beijo, o teu toque, abraçar o teu corpo e beijar-te a alma, tocar-te com favos de mel e enlouquecer-te com um simples beijo meu.
Pode a espuma das minhas palavras derreter-se nas linhas que o tempo deixa passar, mas na areia por onde se entranha, fica o teu perfume que faz parte de mim, e assim, tenho-te comigo em cada instante que o tempo leva.
Digo que Amar-te é sentir em ti esse sorriso que me preenche, e ver-lo em ti, é tudo o que desejo...ver-te feliz, sentir-te feliz e ser parte das carícias dessa felicidade.
Não tenho outra palavra que descreva o que sinto por ti, mas até à encontrar... digo-te... Amo-te!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Não sou tão eloquente em palavras como tu...és lindo por dentro e por fora...o que de bom transborda de mim têm como principal culpado TU...o sorriso que tanto gostas existe por e para ti.
Amo-te
Kicas

SAMU disse...

És eloquente sim... eloquente no olhar, no teu toque em mim, eloquente quando me beijas e tiras todo o meu fôlego por ti...
És eloquente sim... no teu Amar, na forma apaixonada como me entregas a tua voz...
Amo-te chérie!