terça-feira, outubro 30, 2007

UMA SURPRESA - "Meu lado Feminino"

Espero-te.

Está quase na hora... quase!

Estou tão excitada que nem me aguento... Passo a língua nos lábios antecipando o que te vou fazer quando chegares. Não consigo deixar de sorrir!

Estou na cozinha, que tem uma janela para a sala onde deixei tudo pronto: a cadeira no meio da sala, o espelho tapado de forma que o descubras... Se não o descobrires é mais uma surpresa para ti. Parece uma cena tirada de um filme: Tantas janelas e um ambiente quase decrépito...

Recordo-me dos preparativos... Mandar colocar o espelho, trazer a cadeira, o esforço para tapar o espelho, o trabalho de o destapar quando percebi que precisava dele!. Foi ali que me vesti não há muito tempo, sentada naquela cadeira, despi a roupa que trazia e fiquei nua. Passei um creme perfumado pelo corpo todo, verifiquei a depilação... hummmm macia, lisinha... e vesti o soutien e as cuequinhas, levantei-me para fazer deslizar as meias pelas pernas acima, um pé de cada vez em cima da cadeira. Sempre em frente ao espelho, qual voyeur de mim mesma, prendi as ligas e ajeitei o peito que parecia que não ia caber no soutien. Maquilhei-me, penteei-me, admirei-me... Achei que estava muito bem. Observei-me de todos os ângulos possíveis como só nós mulheres temos a mania de fazer. Gosto de mim. A minha imagem é exactamente a que procurava: excitante, sexy, provocadora...

Sento-me na cadeira que será tua e sigo mentalmente todos os passos do que te preparei... Quase te sinto o sabor na boca e não tardo a sentir-me reagir mais abaixo também! Sorrio para aquela que me olha do espelho e verifico com os dedos aquilo que sinto dentro de mim... hummmm molhadinha. Já? O meu coração acelera e não resisto, estou excitada e faço os meus dedos deslizar para dentro de mim, brincando, provocando mais um pouco... Os meus gemidos já se fazem ouvir nas paredes da sala. Não! Não vai ser agora! Não é este o plano. Sorrio para a mulher do espelho e acalmo-me.

Arrumo a minha roupa e os vestígios de mim e levo tudo para a cozinha depois de voltar a cobrir o espelho. Espero por ti. Será que vens? À medida que o tempo passa, lento, tão lento, começo a ter dúvidas... E se achares que sou louca demais?! E se ficares retido no trabalho?! E se...? Vou mais uma vez até à janela, espreitar para a rua deserta. Ali! Chegaste! Senti o coração acelerar, doido, e revi mentalmente tudo o que tinha sonhado e planeado para este momento.

Ouço-te entrar na sala e aproximo-me da janela interior para espreitar. Entras, olhando para todos os lados, com o papel na mão. Será que ias obedecer, como me tinhas dito que farias? Nunca me tinhas deixado ver-te no teu prazer solitário... seria desta? Começaste a despir-te atirando a roupa para o chão e eu fui adorando de longe cada centímetro de pele exposta, quase conseguia sentir-lhe o cheiro... o sabor tão familiar. Enquanto observava cada movimento do teu corpo, começaste a passear pela sala. Estarias nervoso? As mãos no pescoço diziam-me que sim... Deixa lá, querido, eu também estou! Paraste de repente... Descobriste o espelho! Riste! Adoro o som dessa gargalhada... que estarás a pensar agora, enquanto tiras a cortina do espelho?

Deixaste a cortina cair e vês-te ao espelho. Nú, alto e moreno, os traços mais particulares, como a cor dos olhos ou a expressão do rosto, difíceis de descortinar de longe por causa da semi-obscuridade, e no entanto aquela luz ou falta dela delineavam os contornos do teu corpo de uma forma... Parecia uma daquelas belas fotos a preto e branco que eu adoro... Braços e pernas fortes, musculatura definida, um corpo proporcional, o pénis semi-erecto.

Vejo-te tocares-te... Do rosto ao peito... As minhas mãos imitam as tuas no meu corpo... Agarraste as nádegas... Como eu gostaria de trocar as minhas mãos pelas tuas!... Descendo e segurando o traseiro... humm! Como eu gosto daquele traseiro! Apoias uma das mãos no espelho e com a outra agarras no teu sexo. Eu adoro-o! Gosto de lhe tocar e de o observar, da delicadeza das suas bolas contra a dureza do pénis excitado, da ponta dos meus dedos roçando o início das nádegas... E tu brincas com o teu sexo, uma cadência tão diferente da minha, uma quase rudeza que eu não imaginava. Agora aperta-lo. Ah! Isso eu sei que tu gostas, meu querido, ouço-te gemer e sinto-me cada vez mais molhada.

Paraste e andas pela sala. Será que é agora que te sentas? Vá... Sabes que depois de sentado sou eu quem comanda. Não te podes levantar, não podes tomar iniciativas...

Finalmente! Sentaste-te! Aquela típica posição masculina, o sexo evidenciando a excitação que não conseguia conter.

É agora! Dou a volta pelo corredor de forma a fazer a minha entrada pela mesma porta que tu. Sinto a boca seca e o coração bate descontrolado. Agarrei na maçaneta da porta e respirei fundo. Abri um pouco a porta e exibi uma perna, agarrei a porta de forma a conseguires ver a minha mão, lentamente vou mostrando cada vez mais um pouco de mim, para te ir aguçando o apetite, até entrar na sala e encostar-me à porta, fechando-a.

Sinto o tesão morder-me as entranhas, em tão pouco tempo o teu cheiro domina a sala e só me apetece...

Não podemos falar por isso digo-te com os olhos o quanto me apeteces.

It’s show time!...

Passo as mãos pelo meu corpo, acariciando-me como sei que tu gostarias de fazer. Começo pelas pernas... Viro-me de costas e exibo-te o traseiro que sei que te põe louco, na posição ideal que te faz sonhar com... Contrasto a suavidade das carícias com uma palmada seca. Estremeces e a minha mão fica marcada na nádega por uns momentos. Não consegui conter um sorriso sacana.

Sinto-me cada vez mais excitada. A vontade que tenho é de o sentir penetrar-me bem fundo e perder-me em ti, mas não o vou fazer. Auto-controlo, mulher! Respira! Viro-me para ti de novo e não me resisto. Olhos nos olhos, adoro o meu corpo com as mãos... Descubro os seios mal cobertos pelo soutien e aperto os mamilos já duros, há tanto tempo esperando por aquela carícia. Deixo-me levar por mim e fecho os olhos sentindo-me derreter por dentro, as carícias nos mamilos lançando ondas de choque pelo corpo até pararem no centro do meu prazer que me chama, me grita desesperada por conforto e atenção. Não resisto, não quero resistir, quero apaziguar o fogo que me consome as entranhas e sei o que vou provocar ao oferecer-te este espectáculo de mim. Faço deslizar a minha mão, escondendo-a dos teus olhos por trás das cuequinhas. Adoro sentir-me assim, olhando consigo ver a pele mais branca e suave, sem um pêlo, tão mais sensível, tão mais excitante! Os meus lábios abrem-se para a exploração completa dos meus dedos, o clitóris há muito a descoberto, incendeia-se ao toque fugidio. Sinto-me escorrer prazer e fecho os olhos, suspirando. À medida que me estimulo, receio não manter o equilíbrio e encosto-me à porta. O meu corpo escorrega por ela abaixo, à medida que os meus dedos entram por mim acima. O veludo quente e escorregadio que envolve os meus dedos parece querer comê-los à medida que os faço entrar e sair. Ouço os meus gemidos... Sei que falta pouco para me vir. Hummmm! O clitóris preso entre os dois dedos... Ahnnnn! Não aguento e ponho uma mão no chão, olho para ti uma última vez antes que o orgasmo me invada e me domine o corpo que se contorce. Ahhhhhh!!! Ahnnnnnn!

Deixo-me ficar quieta por um momento, recuperando da invasão dos sentidos, a mão ainda dentro das cuecas junto à pele palpitante agora saciada... por instantes. Ergo-me e retiro relutantemente os dedos olhando directamente para ti... Tudo o que faço, faço-o por ti, para ti... Leio-te no rosto o desejo e gosto... Tanto! Não vais esperar muito mais, meu querido.

De gatas, para que aprecies aquilo que tanto gostas, dirijo-me para ti, antecipando já na pele o que te vou fazer. Vou sentir finalmente o calor da tua pele na minha e não sei em quem isso vai ter maior efeito, se em ti, se em mim! Roço o meu corpo no teu, faço os meus seios percorrerem-no à medida que me levanto. Apoio as mãos nos teus ombros e beijo-te, dando-te um gostinho de mim. O beijo prolonga-se... Acaricio-te os ombros e braços até entrelaçar as minhas mãos nas tuas, segurando-as, mas também oferecendo-te algum controle sobre mim. Percorro o caminho inverso e faço o corpo descer até ficar com a cara ao nível das tuas virilhas, sempre olhando directamente para ti. Adoro aquela pele do interior das coxas, suave, sensível, ornamentada com alguns caracóis escuros que mimam a pele da minha face à medida que resvalo por ali. Vou provocar-te o mais que posso e para isso começo o trilho de beijos, mordidelas e lambidelas pelo joelho dirigindo-me mais para cima, devagar. Eu sei que estás ansioso que a minha boca chegue lá, mas ainda não... Passo de uma perna, bem juntinho à virilha, directamente para o outro joelho. Ouço a tua respiração pesada e vejo como reages intensamente à minha provocação. Isso traz-me um sorriso aos lábios, sinto-me senhora de mim... e de ti! E adoro!

Não te vou fazer sofrer mais, meu querido, é agora que te dou o que te prometi.

Lambo os lábios, humedecendo-os e começo a dar lambidinhas suaves na ponta do teu pénis. O gostinho que sinto diz-me que o meu objectivo de te dar muito prazer tem sido atingido. Delicio-me. Lambo-o todo, sentindo a textura daquele sexo, cada curva, cada veia me provoca e me dá prazer assim como vejo que to dou a ti. Adoroprovocar-te e ver como reages. Aquela suavidade na minha boca é uma delícia! Não sei se vou conseguir continuar este jogo por muito mais tempo, só me apetece abocanhá-lo! Sinto o meu corpo vibrante de desejo, estou molhada e pronta para mais, mas hoje é a tua vez e por isso vou brincar…! Primeiro, só na cabecinha para te fazer desejar por mais... Adoro a tua reacção: Enlouqueces! Estou a adorar cada segundo, cada milímetro, cada gemido de prazer. Aliás, gememos os dois! Demoro o mais que posso para te ensandecer e fazer-te implorar por mais. Não imploras por palavras mas o corpo tem uma linguagem própria e o teu implora por ti. Hummmm! Que bom!

Sinto os teus olhos em mim e faço tudo para te dar prazer: a minha língua ganha vida própria e contorce-se contra ele, a minha boca suga-o enquanto sobe e desce e o sente em quase todo o comprimento. Ouço a tua respiração descontrolada e os teus gemidos de prazer intenso. Queres mais e mais e moves-te para entrar na minha boca quente e sedosa, espasmos, gemendo, rouco de gozo... louco! Eu não paro. Eu não quero que termine já e continuo a chupá-lo, fazendo demorar o orgasmo o mais possível.

O teu corpo pende na cadeira, os olhos fechados, o peito subindo e descendo a um ritmo rápido e acalmando lentamente, enquanto eu o lambo, feliz pelo prazer que lhe dei.

Agora posso ser um pouquinho egoísta...

Estou morta por um beijo.

Agora, faz de mim o que desejas…

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