domingo, outubro 28, 2007

COMO UM TANGO - DANÇAS?

Levantas-te da cadeira e desenhas os poucos passos que te separam do sofá. Estava deitado, inconscientemente a dormir, manifestamente aconchegado ao sabor do teu perfume que percorria a sala...
Senti-te a aproximar, a baixares-te e apoderaste-te da minha boca, “-hummm barba feita hoje!” sussurraste tu por entre o beijo com que me deliciaste. Sentiste a diferença da pele, no beijo, não te despediste de mim com um “vou-me deitar” ou um "até já"... Não...
Apanhaste-me de surpresa e não me deste tempo de reagir, as tuas mãos já percorrem o meu peito por baixo da t-shirt. Encontraste os pontos-chave para me arrancar uma reacção, um primeiro suspiro...
Despes-me a t-shirt. Sem apelo. Em silêncio.
A tua boca percorre o caminho traçado a lume no meu pescoço. Vais alternando lábios e dentes e sentes as minhas mãos agarrarem-te pela cintura com força, e de seguida sente-las subindo, seguras, até ao teu peito. Somos a medida perfeita: as mãos feitas para segurar os teus seios que encaixam neles perfeitamente. Por esta altura já os teus dentes me arrancam as calças, uma ajudinha das mãos, e minha também claro, e livramos-no delas. Deixas as tuas unhas marcarem a minha pele, brincas um pouco, como o gato prestes a comer o rato. Unhas numa anca, dentes na outra... Até que unes a mão à boca, no centro.
Entra em cena a língua.
Molhas-lo da base até à ponta com a língua escorregadia e sentes a reacção simultânea de todo o meu corpo. A língua, essa, volteia e baila no grande salão que é a ponta do meu sexo duro. O primeiro gemido, baixinho. A língua não pára.
Sentes a minha mão acariciando o teu cabelo.
Fechas os olhos.
Inspiras.
Gemo, os ombros levantam-se do sofá e chamo por ti, rouco. Sobes por mim acima devagar. Deixas-me ficar assim por uns momentos, largos momentos em que eu fico desejando mais. Adoras provocar!
De repente, fazes-lo de novo: prendes-lo suavemente nos teus lábios. Sentes-lo em toda a sua magnitude e plenitude e sugas-lo com força. Sentes os meus gemidos no baixo-ventre, espasmos de excitação. Agora quero mais... A tua boca sobe e desce nele, sem misericórdia. A saliva escorre. Eu gemo e agarro-te os cabelos para logo os soltar com receio de te magoar. Sobe e desce... Ajudas com a mão... No pico do tesão ele fica maior ainda, mas não desistes.
De repente puxo-te para mim, obrigo-te a parar. Arranco-te a roupa do corpo enquanto te beijo. Atiro-te para o sofá que antes eu ocupava e olho-te com o ardor do desejo nos olhos.
Desço sobre ti e beijo-te a boca... o queixo... mordo-te o pescoço... aprisiono-te um mamilo nos lábios, nos dentes... hummm... Arqueias-te e ofereces-te, sim! Não consegues deixar de me tocar, de sentir a minha pele quente e viva na tua. Meus lábios, minha boca troca um mamilo por outro e recomeça.
Abraças-me com as pernas. Fechas os olhos. Deixas as tuas mãos percorrerem-me o cabelo. Gemes.
Dentes no ventre.
Sem delicadeza mas com meiguice eu enterro a boca em ti. Sei exactamente como te pôr louca, como te elevar ao máximo da excitação. Mordo um lábio. Sugo outro. Queres! Bebo de ti e deleito-me. Queres! “-Oh, sim!” Finalmente, sentes-me aprisionar-te o clitóris entre os lábios e chupar. Os dentes suaves, a língua dura! OH! Não resistes. Sentes-te fisicamente incapaz de resistir àquela boca! O teu corpo já se rendeu antes de tu pensares na bandeira branca, entregue que estas ao prazer de ser minha. E aqui entras em território desconhecido... Não sabes o que eu te faço, nem como o faço, nem pensas muito nisso neste momento... Somos um só. Não pensas. Entregas-te. Perdes-te. Vens-te! Ouves ecos de gritos de prazer a penetrarem a penumbra mental a que estas submetida. Vens-te! Hmmm! “-Sim, não páres!” Serão os teus gritos... Pensas tu. “-Mais! Dá-me!” Vens-te!
Eu deixo-te acalmar olhando-te, quando focas o teu olhar em mim e vês o meu sorriso traquina... Puxo-te pelas ancas e penetro-te, assim mesmo... De uma estocada só! Gritas! Estas molhada, inundada, escorres o prazer que te deu para prazer meu também. Não paramos, pelo contrário, aceleramos os movimentos e o gozo aproxima-se uma vez mais.
A excitação é muita e apetece-te ser mázinha. Apertas-me dentro de ti. Sugas-me, puxas-me, provocas-me. Tu sabes que tento te resistir, provocar-te. Sim, consigo… E também sabes que não tarda muito para atingir o orgasmo contigo e que daí a pouco vou querer vingar-me numa qualquer divisão da casa.
Sorris-me.
Beijamo-nos.

1 comentário:

Maria Oliveira disse...

uuuauuuu.... por momentos naveguei por outro planeta! Da lascívia e do desejo... do prazer e da entrega total!

Abraço