Só, junto à tua Natureza, não resisto a semicerrar os olhos e pensar na forma como me olhas, tocas e deslizas o teu pensamento na concavidade do meu, juntando-se num só em delícias tumultuadas do desejo. Quase sem me dar conta, os movimentos da minha mão, transportam os dedos numa viagem pelo teu corpo que entrego no esconderijo do meu olhar.
Fazem descair um pedaço de tecido que cobre a pele nua e entreabrir as pernas para a passagem da curiosidade expressa de dedos que finjo serem teus.
Toco-te, sinto-te, desejo-te,desejo-te, sinto-te, toco-te.
Apenas com o meu pensamento que sei estar em comunhão com o teu, apesar de não estares aqui, mas sim do lado de lá do obstáculo que a minha paixão urge em transpor.
Suspiro, ouves-me? Gemo, abraça-me, deliro, ama-me.
Ficarei aqui, na paz verdejante de um momento único que usufruo.
Espero-te de alma e corpo singelo, boca expectante e braços em repouso, aguardando que te deites entre eles, para te abraçar e sentir em mim, de corpos entrelaçados, entregues à paixão.
E renasceremos assim, um no outro.
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