Era somente uma pedra singela formada por água solidificada. Mas ganhou vida quando, envolta por dedos quentes, se aproximou de um corpo semi-adormecido, num gesto de tortura de prazer.
Roçou na pele nua do pescoço e resvalou docemente pelo colo até ficar perto do mamilo rosado que se erguia contra o tecido de cetim de um babydoll em tom pérola.
Molhou o tecido rodeando o mamilo arrepiado que denunciava a excitação e seguiu caminho para o outro, deixando as auréolas visíveis pelo tecido ora transparente.
Aaahhhh…
O gemido que sai por entre os lábios.
As coxas que se apertam numa fricção de desejo.
E o cubo de gelo, agora mais pequeno, desce por entre os seios de bicos espetados e dirige-se para o centro do corpo feminino. Na passagem uma linha molhada marcada no tecido sedoso.
A paragem no umbigo.
A dúvida entre subir ou descer.
Hum…
O suspiro.
A decisão.
A subida do cubo de gelo que termina de derreter nos lábios entreabertos que aguardam a satisfação além-prazer.
E os dedos despidos do cubo de gelo que fazem deslizar as alças do babydoll e descer o tecido até aos quadris, depois pelas coxas, até ser largado no chão do quarto.
Agora, apenas o corpo e um pequeno triângulo de tecido vermelho que cobre o mais íntimo dos segredos.
Outro cubo de gelo que se derrete na pele quente, rodeando mamilos, derramando gotículas geladas sobre a pele arrepiada.
Excitada.
A alternância entre o gelo, e a boca quente que suga os mamilos, morde a carne, lambe a pele.
Aaahhhh…
Geme de novo, excitada. Desejosa de sentir o contraste por todo o corpo.
Pede. Suplica.
Ele sorri e pega noutro cubo de gelo.
Aproxima-o do monte de Vénus, ainda coberto pelo triângulo minúsculo.
Acaricia-a por cima do tecido, humedecendo-o tanto como o mel que escorre do interior do corpo dela.
Os olhos semicerrados de prazer. A boca entreaberta de desejo.
Os dedos levam a pequena pedra de gelo que resta, à carne que aguarda a sua chegada, tremendo. Introduzem-na no abrigo escaldante, fazendo-a terminar de derreter.
A pequena tanga desaparece.
Resta agora apenas o corpo de coxas entreabertas, seios apertados pelas mãos femininas em movimentos de delírio.
A boca masculina segura um cubo de gelo e aproxima-o do clítoris, acariciando com o quente-frio da boca-gelo.
E o cubo de gelo, guiado pelos lábios masculinos, introduz-se na gruta que estremece quando o sente em si.
A língua masculina fustiga a carne macia feminina. Os dentes roçam o clítoris, os dedos massajam o corpo.
Ela não aguenta a excitação e move-se alucinadamente entre os braços masculinos.
O orgasmo aproxima-se.
Chega.
Aaahhhh…
Gemido quente-frio de um corpo que escalda.
O sorriso dele.
O prazer dela.
1 comentário:
aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Tás a deixar-me completamente doida,enloquecida por ti....coração.
Kicas
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