domingo, fevereiro 25, 2007

PÉTALAS DE AMOR

Esta noite quero ser teu escravo e tu o meu senhor.
Vais amarrar meus sentidos com cordas feitas de paixão, colocar uma fita sobre os olhos que gritam desejo e fazer-me ajoelhar perante a tua voracidade de luxúria.
Vou deixar preparado o quarto ao fundo do corredor. Uma luz difusa, um pouco de incenso a queimar, uma cadeira no centro da divisão vazia, as correias que me prenderão, a venda e o lenço. No corpo, deixarei apenas a suave pele que me cobre inundado pelo perfume que conheces muito bem.
Mas, antes… preparo-te uma delícia dos Deuses…
Encho a banheira para um banho de imersão, duas horas antes de chegares e coloco pétalas de rosas vermelhas espalhadas na água, perfumada com óleo de banho. O shampôo com cheiro a frutos tropicais no rebordo da banheira.
Mergulho na água tépida e fecho os olhos no prazer de imaginar a tua reacção quando chegares, sorrindo. Recordo a tua voz que me desintegra e me deixa trémule, aquele timbre tão característico quando noto que estás a sorrir como hoje de manhã quando falamos.
Chegas... fecho-te os olhos e alivio-te o peso do Mundo que carregas em teus ombros, com um suave e profundo beijo nos teus lábios adocicados.
Deslizo os dedos pelo teu corpo, acariciando seios, barriga e descendo até ao teu sexo, penetrando a carne que palpita da volúpia que te consome. Os dedos, num gesto de vaivém, fazem-te gemer.
Afinal fechei os olhos e por momentos antevi tudo aquilo que mágicamente te desejo oferecer aquando o teu regresso.
Ergo-me uma hora depois, enrolo-me no toalhão felpudo e sigo para o nosso quarto, onde limpo a pele e passo o perfume, deixando a pele macia, cheirosa e brilhante.
Entras no quarto, através do espelho, deixo o meu olhar cair pelo teu corpo, deslizando pela curva dos seios que acaricio, pelas coxas que entreabres, pela pele lisa do sexo, sentir nos meus lábios a tua carne rosada, macia.
Vestes o fio dental preto e as meias que puxo delicadamente até meio das coxas. Dispo-te o corpete e retiro as fitas de cetim, fazendo com que os teus seios sobressaiam por cima do tecido. Agora as sandálias de salto alto e, por fim, o robe que esconde o teu presente.
Passo pelo quarto e vejo que o incenso já terminou de queimar, deixando o ambiente com um perfume suave e agradável. Preparo uma garrafa de champanhe, num balde com gelo e duas taças e levo para a sala.
E escrevo… quero anotar todas as sensações que me trespassam, todos os arrepios que percorrem o meu corpo na expectativa do prazer que sentiremos…

Sem comentários: