sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A DESCOBERTA

Se há algo que me agrada em ti é quando me observas com esse olhar de lince, em completo silêncio. Despes-me com o deslizar dos teus olhos pelo meu corpo fazendo brotar de mim a vontade de te sentir completamente, fazer-te subir para o meu colo e ir beber as promessas que sussurras.
Saciar-te nessa vontade e sentir o fôlego do desejo revelado no lume revolto do olhar, nas mãos trémulas que te afagam o cabelo e nos lábios quentes que se tocam por entre revelações do roçar das línguas.
Estes nossos encontros encerram-nos num mundo apenas nosso por momentos onde o tempo não se faz sentir, vivendo intensamente uma paixão que não arrefece, num sexo louco que nos arrebata e nos ergue muito além do conhecimento ou do simples cintilar de estrelas no firmamento.
Não somos mais que escravos permissivos dos sentidos quando nos entrelaçamos um no outro e sentes o meu tesão penetrar-te uma e outra vez profundamente, enquanto enlaças tuas pernas em mim para não me deixares fugir. Sinto o quente do teu corpo em mim esvoaçando das entranhas, ritmadamente, sem pudores dominando o teu corpo.
Prende-me com as algemas dos teus dedos cravados na carne das minhas costas. Amarro-te com a boca que te abocanha os seios de mamilos erguidos de encontro à minha língua. Transformas-te em líquido ardente que se derrama do teu interior como suor, rivalizando com o meu que penetra no teu interior, aquecendo-te até ao âmago.
Desmaias de prazer em meus braços, como um compasso de espera para uma nova batalha de sentidos.
Prazer é sentir-te em meus braços, quente, roçando o meu corpo no teu sabendo-te gemer por esta paixão que nos arrebata e nos transforma numa só galáxia.
Enrolo-me em ti, nesse mar azul que embala o prado verde dos teus olhos.
Amo-te...

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