Há no adormecer dos teus dias um sussurro mágico, que vai além do encantamento, que me inebria e mantém inerte, ao sabor da vontade das íris extasiadas...
Olho-te para lá da distância e do recorte da solidão que transpiras... e respiro-te. Emprenho de ti o sal da vida e o ondular dos dias. Empresto-te as palavras para que possas vestir o voo das gaivotas de poesia e em troca, ofereces-me a beleza dos flamingos em bando, rosando assim os meus sonhos , agora plenos de bailados graciosos e tranquilos.
Não me canso de te olhar no adormecer dos dias. De te olhar e de te sorrir...
Sabes-me a restos de infância e ao desabrochar dos sentidos... em ti deposito as pétalas de malmequeres desfolhados no seio da ânsia de viver , as lágrimas cristalizadas de mel desperdiçado em desgostos gaiatos e agora tão distantes, e aqueles sorrisos que transbordavam do peito nas horas das fogueiras a crepitar por trás dos acordes de uma qualquer guitarra perdida nos braços da lua...
Sonho-te ainda no adormecer dos dias, embalada pelo som dos beijos com sabor a fim do mar e a camarinhas... e sei-te minha cúmplice no relembrar dos pés descalços, gravados ao correr das tuas margens...
Olhar-te em silêncio no fundo dos meus versos é saber-te permanência naquele pedaço de alma que escolhi para guardar em mim a magia do adormecer dos dias no teu regaço, berço da lua...
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
SABORES
Gosto do sabor de algumas palavras, as que tocam mais na língua,
as que se soltam devagar para cair em outra boca;
gosto das palavras que avermelham os lábios e embebedam o corpo;
gosto das palavras que segredam suspiros e das que sustêm a respiração; gosto até das que nunca disseste. Não lhes conheço o gosto, mas adivinho-as... macias, doces.
Aluguei-te um quarto de mim e abri-lhe uma janela virada ao sol. Queria que aí vivesses como se fosses um dos meus ossos, talvez a coluna por ser o eixo do corpo, como um mastro de um barco. Quero partilhar contigo todos os cantos e oferecer-te a caixa perfumada dos meus sonhos.
Tenho-te guardada num sorriso adolescente que, abro às vezes, para te inventar. Gosto de te encontrar no tempo que ali se esgota e se rende e fecho os olhos. Iludidos vêem-te perto, e as palavras que cruzamos serão eternas porque não chegaram a nascer, nunca foram ditas. Quase te sinto a pele quando me finjo acolher nos teus braços e me entrego para que me tenhas... e sempre que me despeço de ti, faço-o devagar, com as pontas dos dedos, sem pressa... pois o tempo não se esgota.
Lembro-te que para além das flores, dos sorrisos, das lágrimas, dos poemas e dos sonhos existem os nossos corpos. Não perguntes se estão antes ou depois, digo-te que os prefiro juntos. Às vezes até penso que estão para além de nós próprios. E um dia, serão eles a fazer as honras da loucura. Sem pedir licença, no frenesim que nos destrona da realidade. Serão cavalos selvagens ou caldeiras descontroladas. Descarrilados e torcidos com as forças que dizimam.
Lembro-me de sentir o estômago às voltas quando te beijei e por sentir que a Mulher que Amo é perfeita, que não tem defeito físico nem moral, completa, modelar, exemplar, bela, formosa, impecável, total, cabal, magistral, linda...
Vim ver-te. Pelo meio do fumo das chaminés, da calçada encardida, do Sol que se faz demasiado cedo, dalgumas nuvens cinzas.
Ainda assim, arredo essa cortina de demasiada realidade e vasculho o reflexo do teu cabelo na minha boca e o sopro do vento nas canas. De todas as pinturas, escolho o teu cabelo na minha boca, por causa dos abraços demasiado apertados. Lembro-os com as mesmas saudades que me vão queimando a carne, derretendo a alma por em ti sentir-me completo preenchendo-te o âmago com um sopro de Amor.
as que se soltam devagar para cair em outra boca;
gosto das palavras que avermelham os lábios e embebedam o corpo;
gosto das palavras que segredam suspiros e das que sustêm a respiração; gosto até das que nunca disseste. Não lhes conheço o gosto, mas adivinho-as... macias, doces.
Aluguei-te um quarto de mim e abri-lhe uma janela virada ao sol. Queria que aí vivesses como se fosses um dos meus ossos, talvez a coluna por ser o eixo do corpo, como um mastro de um barco. Quero partilhar contigo todos os cantos e oferecer-te a caixa perfumada dos meus sonhos.
Tenho-te guardada num sorriso adolescente que, abro às vezes, para te inventar. Gosto de te encontrar no tempo que ali se esgota e se rende e fecho os olhos. Iludidos vêem-te perto, e as palavras que cruzamos serão eternas porque não chegaram a nascer, nunca foram ditas. Quase te sinto a pele quando me finjo acolher nos teus braços e me entrego para que me tenhas... e sempre que me despeço de ti, faço-o devagar, com as pontas dos dedos, sem pressa... pois o tempo não se esgota.
Lembro-te que para além das flores, dos sorrisos, das lágrimas, dos poemas e dos sonhos existem os nossos corpos. Não perguntes se estão antes ou depois, digo-te que os prefiro juntos. Às vezes até penso que estão para além de nós próprios. E um dia, serão eles a fazer as honras da loucura. Sem pedir licença, no frenesim que nos destrona da realidade. Serão cavalos selvagens ou caldeiras descontroladas. Descarrilados e torcidos com as forças que dizimam.
Lembro-me de sentir o estômago às voltas quando te beijei e por sentir que a Mulher que Amo é perfeita, que não tem defeito físico nem moral, completa, modelar, exemplar, bela, formosa, impecável, total, cabal, magistral, linda...
Vim ver-te. Pelo meio do fumo das chaminés, da calçada encardida, do Sol que se faz demasiado cedo, dalgumas nuvens cinzas.
Ainda assim, arredo essa cortina de demasiada realidade e vasculho o reflexo do teu cabelo na minha boca e o sopro do vento nas canas. De todas as pinturas, escolho o teu cabelo na minha boca, por causa dos abraços demasiado apertados. Lembro-os com as mesmas saudades que me vão queimando a carne, derretendo a alma por em ti sentir-me completo preenchendo-te o âmago com um sopro de Amor.
SSHHH SILÊNCIO
Falo hoje do amor que não se partilha, que não se troca, mas que se dá inteiro. Este amor que é mais que bem querer, que não cabe no corpo, não se traduz em palavras, nem se explica desenhando. Inundou-me a alma e pintou-a de rosa leve, enchendo a minha curta vida de sons que desconhecia.
O princípio da tua manhã traz espuma no canto dos lábios é como se pedisses a previsão do clima que gravará o dia na nossa memória azul. Afasto as chávenas incandescentes até nada mais entre nós obstruir o calor e apontando à janela, digo: meu amor, sou aquele pinheiro alto e há dele um cimo aceso que um dia irás tocar com as mãos mas não te é inacessível nem estás presa, apenas eu solto, e assim podes fazer de conta, ou voar ferozmente, ziguezaguear caminhos e inventar outros, não te quedes cabisbaixa, como uma raiz, eu espero por ti, mas quero que me alcances, como o café se anuncia na manhã com aromas alpinistas. Todos os dias hei-de crescer mais e mais, como uma criança incorrigível quero ter a cabeça nas nuvens.
Se os meus lábios te alcançarem, diz-lhes baixinho, que vieste para ficar; pede-lhes que te falem de mim, que soltem as palavras que, aquecidas, esperam ainda por ti.
Se os meus lábios de repente te encontrarem, fecha-me os olhos e toma-os como teus. Não percas tempo a anunciar-te, porque eu saberei que chegaste.
Namoro ainda as letras que te escrevi. Seguro-as entre as mãos e beijo-lhes delicadamente os lábios, com a paixão da primeira vez. Em silêncio, sem cansaço nem atraso, esperam por mim todas as noites. Fecho os olhos e sinto-as caminhar na pele, quentes e lânguidas, como dedos numa descoberta insaciável. Amanhecem platónicas e secretas, as minhas letras. Escondem-se agora por detrás da luz, mas voltam com a lua para me falar de ti, para partilhar comigo este segredo de alquimia.
Permaneço a mirar os pequenos olhos verde acastanhados, sempre atentos aos movimentos das minhas mãos que tentam tocar-te. Quero provocar-te a linguagem indecifrável e sorrir-te.
Por ti perdi medos e dúvidas, por ti enfrentava o mundo, se preciso fosse.
Imprevisíveis gotículas de limão dissolvem as muralhas e os oráculos divinatórios das bruxas tremem no impasse do tempo. É apenas a tarde de um sorriso explico-lhes, e o sol ao deitar-se que se eclipsa no cobertor dos lábios. À conquista vã da vanguarda de noites levadiças, eu fico só como um exército, mas tu ao seres tão bela és o meu castelo e entre as ameias, a destreza, os dedos arqueiros defenderão a cidadela e com o arco no teu ventre rasgarão nuvens por inventar.
O princípio da tua manhã traz espuma no canto dos lábios é como se pedisses a previsão do clima que gravará o dia na nossa memória azul. Afasto as chávenas incandescentes até nada mais entre nós obstruir o calor e apontando à janela, digo: meu amor, sou aquele pinheiro alto e há dele um cimo aceso que um dia irás tocar com as mãos mas não te é inacessível nem estás presa, apenas eu solto, e assim podes fazer de conta, ou voar ferozmente, ziguezaguear caminhos e inventar outros, não te quedes cabisbaixa, como uma raiz, eu espero por ti, mas quero que me alcances, como o café se anuncia na manhã com aromas alpinistas. Todos os dias hei-de crescer mais e mais, como uma criança incorrigível quero ter a cabeça nas nuvens.
Se os meus lábios te alcançarem, diz-lhes baixinho, que vieste para ficar; pede-lhes que te falem de mim, que soltem as palavras que, aquecidas, esperam ainda por ti.
Se os meus lábios de repente te encontrarem, fecha-me os olhos e toma-os como teus. Não percas tempo a anunciar-te, porque eu saberei que chegaste.
Namoro ainda as letras que te escrevi. Seguro-as entre as mãos e beijo-lhes delicadamente os lábios, com a paixão da primeira vez. Em silêncio, sem cansaço nem atraso, esperam por mim todas as noites. Fecho os olhos e sinto-as caminhar na pele, quentes e lânguidas, como dedos numa descoberta insaciável. Amanhecem platónicas e secretas, as minhas letras. Escondem-se agora por detrás da luz, mas voltam com a lua para me falar de ti, para partilhar comigo este segredo de alquimia.
Permaneço a mirar os pequenos olhos verde acastanhados, sempre atentos aos movimentos das minhas mãos que tentam tocar-te. Quero provocar-te a linguagem indecifrável e sorrir-te.
Por ti perdi medos e dúvidas, por ti enfrentava o mundo, se preciso fosse.
Imprevisíveis gotículas de limão dissolvem as muralhas e os oráculos divinatórios das bruxas tremem no impasse do tempo. É apenas a tarde de um sorriso explico-lhes, e o sol ao deitar-se que se eclipsa no cobertor dos lábios. À conquista vã da vanguarda de noites levadiças, eu fico só como um exército, mas tu ao seres tão bela és o meu castelo e entre as ameias, a destreza, os dedos arqueiros defenderão a cidadela e com o arco no teu ventre rasgarão nuvens por inventar.
domingo, fevereiro 25, 2007
SÓ TEU
Só, junto à tua Natureza, não resisto a semicerrar os olhos e pensar na forma como me olhas, tocas e deslizas o teu pensamento na concavidade do meu, juntando-se num só em delícias tumultuadas do desejo. Quase sem me dar conta, os movimentos da minha mão, transportam os dedos numa viagem pelo teu corpo que entrego no esconderijo do meu olhar.
Fazem descair um pedaço de tecido que cobre a pele nua e entreabrir as pernas para a passagem da curiosidade expressa de dedos que finjo serem teus.
Toco-te, sinto-te, desejo-te,desejo-te, sinto-te, toco-te.
Apenas com o meu pensamento que sei estar em comunhão com o teu, apesar de não estares aqui, mas sim do lado de lá do obstáculo que a minha paixão urge em transpor.
Suspiro, ouves-me? Gemo, abraça-me, deliro, ama-me.
Ficarei aqui, na paz verdejante de um momento único que usufruo.
Espero-te de alma e corpo singelo, boca expectante e braços em repouso, aguardando que te deites entre eles, para te abraçar e sentir em mim, de corpos entrelaçados, entregues à paixão.
E renasceremos assim, um no outro.
Fazem descair um pedaço de tecido que cobre a pele nua e entreabrir as pernas para a passagem da curiosidade expressa de dedos que finjo serem teus.
Toco-te, sinto-te, desejo-te,desejo-te, sinto-te, toco-te.
Apenas com o meu pensamento que sei estar em comunhão com o teu, apesar de não estares aqui, mas sim do lado de lá do obstáculo que a minha paixão urge em transpor.
Suspiro, ouves-me? Gemo, abraça-me, deliro, ama-me.
Ficarei aqui, na paz verdejante de um momento único que usufruo.
Espero-te de alma e corpo singelo, boca expectante e braços em repouso, aguardando que te deites entre eles, para te abraçar e sentir em mim, de corpos entrelaçados, entregues à paixão.
E renasceremos assim, um no outro.
PÉTALAS DE AMOR
Esta noite quero ser teu escravo e tu o meu senhor.
Vais amarrar meus sentidos com cordas feitas de paixão, colocar uma fita sobre os olhos que gritam desejo e fazer-me ajoelhar perante a tua voracidade de luxúria.
Vou deixar preparado o quarto ao fundo do corredor. Uma luz difusa, um pouco de incenso a queimar, uma cadeira no centro da divisão vazia, as correias que me prenderão, a venda e o lenço. No corpo, deixarei apenas a suave pele que me cobre inundado pelo perfume que conheces muito bem.
Mas, antes… preparo-te uma delícia dos Deuses…
Encho a banheira para um banho de imersão, duas horas antes de chegares e coloco pétalas de rosas vermelhas espalhadas na água, perfumada com óleo de banho. O shampôo com cheiro a frutos tropicais no rebordo da banheira.
Mergulho na água tépida e fecho os olhos no prazer de imaginar a tua reacção quando chegares, sorrindo. Recordo a tua voz que me desintegra e me deixa trémule, aquele timbre tão característico quando noto que estás a sorrir como hoje de manhã quando falamos.
Chegas... fecho-te os olhos e alivio-te o peso do Mundo que carregas em teus ombros, com um suave e profundo beijo nos teus lábios adocicados.
Deslizo os dedos pelo teu corpo, acariciando seios, barriga e descendo até ao teu sexo, penetrando a carne que palpita da volúpia que te consome. Os dedos, num gesto de vaivém, fazem-te gemer.
Afinal fechei os olhos e por momentos antevi tudo aquilo que mágicamente te desejo oferecer aquando o teu regresso.
Ergo-me uma hora depois, enrolo-me no toalhão felpudo e sigo para o nosso quarto, onde limpo a pele e passo o perfume, deixando a pele macia, cheirosa e brilhante.
Entras no quarto, através do espelho, deixo o meu olhar cair pelo teu corpo, deslizando pela curva dos seios que acaricio, pelas coxas que entreabres, pela pele lisa do sexo, sentir nos meus lábios a tua carne rosada, macia.
Vestes o fio dental preto e as meias que puxo delicadamente até meio das coxas. Dispo-te o corpete e retiro as fitas de cetim, fazendo com que os teus seios sobressaiam por cima do tecido. Agora as sandálias de salto alto e, por fim, o robe que esconde o teu presente.
Passo pelo quarto e vejo que o incenso já terminou de queimar, deixando o ambiente com um perfume suave e agradável. Preparo uma garrafa de champanhe, num balde com gelo e duas taças e levo para a sala.
E escrevo… quero anotar todas as sensações que me trespassam, todos os arrepios que percorrem o meu corpo na expectativa do prazer que sentiremos…
Vais amarrar meus sentidos com cordas feitas de paixão, colocar uma fita sobre os olhos que gritam desejo e fazer-me ajoelhar perante a tua voracidade de luxúria.
Vou deixar preparado o quarto ao fundo do corredor. Uma luz difusa, um pouco de incenso a queimar, uma cadeira no centro da divisão vazia, as correias que me prenderão, a venda e o lenço. No corpo, deixarei apenas a suave pele que me cobre inundado pelo perfume que conheces muito bem.
Mas, antes… preparo-te uma delícia dos Deuses…
Encho a banheira para um banho de imersão, duas horas antes de chegares e coloco pétalas de rosas vermelhas espalhadas na água, perfumada com óleo de banho. O shampôo com cheiro a frutos tropicais no rebordo da banheira.
Mergulho na água tépida e fecho os olhos no prazer de imaginar a tua reacção quando chegares, sorrindo. Recordo a tua voz que me desintegra e me deixa trémule, aquele timbre tão característico quando noto que estás a sorrir como hoje de manhã quando falamos.
Chegas... fecho-te os olhos e alivio-te o peso do Mundo que carregas em teus ombros, com um suave e profundo beijo nos teus lábios adocicados.
Deslizo os dedos pelo teu corpo, acariciando seios, barriga e descendo até ao teu sexo, penetrando a carne que palpita da volúpia que te consome. Os dedos, num gesto de vaivém, fazem-te gemer.
Afinal fechei os olhos e por momentos antevi tudo aquilo que mágicamente te desejo oferecer aquando o teu regresso.
Ergo-me uma hora depois, enrolo-me no toalhão felpudo e sigo para o nosso quarto, onde limpo a pele e passo o perfume, deixando a pele macia, cheirosa e brilhante.
Entras no quarto, através do espelho, deixo o meu olhar cair pelo teu corpo, deslizando pela curva dos seios que acaricio, pelas coxas que entreabres, pela pele lisa do sexo, sentir nos meus lábios a tua carne rosada, macia.
Vestes o fio dental preto e as meias que puxo delicadamente até meio das coxas. Dispo-te o corpete e retiro as fitas de cetim, fazendo com que os teus seios sobressaiam por cima do tecido. Agora as sandálias de salto alto e, por fim, o robe que esconde o teu presente.
Passo pelo quarto e vejo que o incenso já terminou de queimar, deixando o ambiente com um perfume suave e agradável. Preparo uma garrafa de champanhe, num balde com gelo e duas taças e levo para a sala.
E escrevo… quero anotar todas as sensações que me trespassam, todos os arrepios que percorrem o meu corpo na expectativa do prazer que sentiremos…
sábado, fevereiro 24, 2007
ÂNSIA
Digo que te Amo não por possuir o teu corpo, mas sim por roçar em tua alma. Se pudesse estar apenas perto de ti, a ouvir a tua voz, a demorar o meu olhar sobre o teu, dir-te-ia à mesma que te Amo... Fiquei preso no que está para lá do visível, enredado por entre as folhas da tua verdadeira essência.
Preciso te beijar, que doçura tens tu que me faz delirar, que pecados encerras nesses lábios de mar... apetece-me beijá-los, posso?! apetece-me morder-los, deixas?!
Tanta ternura tens tu que me faz vibrar, tantas meiguices soletras num beijo ao luar... apetece-me beijar-te, posso?
Esse tom escarlate onde o amor se cobre, que tanto me faz viajar, por tanto sonhar com o teu corpo com fervor... tua boca, doce cantar... e os meus lábios sorriem entreabertos pedindo os teus que quero beijar.
Preciso te beijar, que doçura tens tu que me faz delirar, que pecados encerras nesses lábios de mar... apetece-me beijá-los, posso?! apetece-me morder-los, deixas?!
Tanta ternura tens tu que me faz vibrar, tantas meiguices soletras num beijo ao luar... apetece-me beijar-te, posso?
Esse tom escarlate onde o amor se cobre, que tanto me faz viajar, por tanto sonhar com o teu corpo com fervor... tua boca, doce cantar... e os meus lábios sorriem entreabertos pedindo os teus que quero beijar.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
A DESCOBERTA
Se há algo que me agrada em ti é quando me observas com esse olhar de lince, em completo silêncio. Despes-me com o deslizar dos teus olhos pelo meu corpo fazendo brotar de mim a vontade de te sentir completamente, fazer-te subir para o meu colo e ir beber as promessas que sussurras.
Saciar-te nessa vontade e sentir o fôlego do desejo revelado no lume revolto do olhar, nas mãos trémulas que te afagam o cabelo e nos lábios quentes que se tocam por entre revelações do roçar das línguas.
Estes nossos encontros encerram-nos num mundo apenas nosso por momentos onde o tempo não se faz sentir, vivendo intensamente uma paixão que não arrefece, num sexo louco que nos arrebata e nos ergue muito além do conhecimento ou do simples cintilar de estrelas no firmamento.
Não somos mais que escravos permissivos dos sentidos quando nos entrelaçamos um no outro e sentes o meu tesão penetrar-te uma e outra vez profundamente, enquanto enlaças tuas pernas em mim para não me deixares fugir. Sinto o quente do teu corpo em mim esvoaçando das entranhas, ritmadamente, sem pudores dominando o teu corpo.
Prende-me com as algemas dos teus dedos cravados na carne das minhas costas. Amarro-te com a boca que te abocanha os seios de mamilos erguidos de encontro à minha língua. Transformas-te em líquido ardente que se derrama do teu interior como suor, rivalizando com o meu que penetra no teu interior, aquecendo-te até ao âmago.
Desmaias de prazer em meus braços, como um compasso de espera para uma nova batalha de sentidos.
Prazer é sentir-te em meus braços, quente, roçando o meu corpo no teu sabendo-te gemer por esta paixão que nos arrebata e nos transforma numa só galáxia.
Enrolo-me em ti, nesse mar azul que embala o prado verde dos teus olhos.
Amo-te...
Saciar-te nessa vontade e sentir o fôlego do desejo revelado no lume revolto do olhar, nas mãos trémulas que te afagam o cabelo e nos lábios quentes que se tocam por entre revelações do roçar das línguas.
Estes nossos encontros encerram-nos num mundo apenas nosso por momentos onde o tempo não se faz sentir, vivendo intensamente uma paixão que não arrefece, num sexo louco que nos arrebata e nos ergue muito além do conhecimento ou do simples cintilar de estrelas no firmamento.
Não somos mais que escravos permissivos dos sentidos quando nos entrelaçamos um no outro e sentes o meu tesão penetrar-te uma e outra vez profundamente, enquanto enlaças tuas pernas em mim para não me deixares fugir. Sinto o quente do teu corpo em mim esvoaçando das entranhas, ritmadamente, sem pudores dominando o teu corpo.
Prende-me com as algemas dos teus dedos cravados na carne das minhas costas. Amarro-te com a boca que te abocanha os seios de mamilos erguidos de encontro à minha língua. Transformas-te em líquido ardente que se derrama do teu interior como suor, rivalizando com o meu que penetra no teu interior, aquecendo-te até ao âmago.
Desmaias de prazer em meus braços, como um compasso de espera para uma nova batalha de sentidos.
Prazer é sentir-te em meus braços, quente, roçando o meu corpo no teu sabendo-te gemer por esta paixão que nos arrebata e nos transforma numa só galáxia.
Enrolo-me em ti, nesse mar azul que embala o prado verde dos teus olhos.
Amo-te...
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
NUMA TARDE SO NOSSA
Foi uma das mais longas tardes de todas as tardes, esta que nos aconchegou por entre o horizonte selado em nós.
O tempo estendeu-se por entre os cestos de fruta madura, doce e suave, tom rosado da tua voz que me embalou a cada instante que te ouvia.
A melosa melodia com que me encantas transporta-me por entre prados verdejantes e coloridos onde me aqueces a Alma e enterneces o espírito.
Sabes que me tens... que me levas por entre os dias que se fazem noites, cumplices num Amor que se alimenta de nós, por ti e por mim.
Falo-te de Amor... vivido a cada segundo em que me perco no teu ser, falo-te de contos e de fadas que te carregam num manto repleto de jardins de beijos e olhares trocados, osquestras em sintonia tocando em Sol para que o entardecer se faça azul raiado de espirais em arco-íris.
A paz... a calma com que me preenches sabendo-te a sorrir, criança, singela paridade entre a paixão e doce centelha do teu amor.
Levas-me para lá das galáxias onde o espaço não se faz e o tempo não se sente. A união... o aconchego do corpo que te preenche e te aquece por dentro sentindo-o eu por fora.
Fala-me de Amor... do nosso Amor... este que te entrego em uníssono com o canto do rouxinol que únicamente existe no acompanhar do teu sorriso, tão belo... tão belo...
Doce paixão... viajo contigo no pensamento imaginando de que forma te vou Amar com palavras para levar até a ti o ardor da minha paixão.
Numa tarde que foi só nossa deitei-me a teu lado prolongando o abraço. A troca dos sorrisos de felicidade, os olhos a cintilar em cada compasso do tempo e as bocas, unidas em beijos suaves e calmos. Deixamo-nos dormir de olhos abertos em sonhos doces e prazerosos. Lentamente no acordar que denuncia a nossa líbido vais inundando o meu corpo em tremores apaixonados de uma vontade em te fazer sentir em mim.
Nesta tarde que se fez nossa foram mais do que palavras trocadas...
A noite, minha companheira, traz-me a inquietação da tua invisível presença, que me arremessa contra os desejos de um corpo que permanece preso de um encantamento e ao sabor do vento que sopra sussurros de paixão, trazidos de ti e plantados em folhas brancas.
O sonho embala o meu sono, mas a tua sombra mágica deambula sobre o meu espírito, acordando os meus sentidos e trazendo à tona os meus sentires que deixo fluir de encontro aos teus, continuando o percurso de luxúria que iniciámos juntos…
Minha paixão,impregnaste de tal modo o meu ser, que jamais conseguirei disfarçar a tua presença no meu dia-a-dia. Quando sorrio, quando os meus olhos brilham, quando fico de olhar meio perdido a tomar café, sei que se percebe à distância que anda paixão no ar.
Encontro-te no meu cérebro, povoando os meus pensamentos. Vislumbro-te no meu coração, aquecendo-me o peito. Pressinto-te no sangue que corre o meu corpo renovando a vida a cada segundo.
Termino este dia guardando-te no meu pensamento, sentindo ainda o teu sabor e os espasmos de prazer que a minha imaginação te fez sentir. E vou fechar os olhos cansados, na ânsia de te reencontrar amanhã nas palavras que soltares para mim…
O tempo estendeu-se por entre os cestos de fruta madura, doce e suave, tom rosado da tua voz que me embalou a cada instante que te ouvia.
A melosa melodia com que me encantas transporta-me por entre prados verdejantes e coloridos onde me aqueces a Alma e enterneces o espírito.
Sabes que me tens... que me levas por entre os dias que se fazem noites, cumplices num Amor que se alimenta de nós, por ti e por mim.
Falo-te de Amor... vivido a cada segundo em que me perco no teu ser, falo-te de contos e de fadas que te carregam num manto repleto de jardins de beijos e olhares trocados, osquestras em sintonia tocando em Sol para que o entardecer se faça azul raiado de espirais em arco-íris.
A paz... a calma com que me preenches sabendo-te a sorrir, criança, singela paridade entre a paixão e doce centelha do teu amor.
Levas-me para lá das galáxias onde o espaço não se faz e o tempo não se sente. A união... o aconchego do corpo que te preenche e te aquece por dentro sentindo-o eu por fora.
Fala-me de Amor... do nosso Amor... este que te entrego em uníssono com o canto do rouxinol que únicamente existe no acompanhar do teu sorriso, tão belo... tão belo...
Doce paixão... viajo contigo no pensamento imaginando de que forma te vou Amar com palavras para levar até a ti o ardor da minha paixão.
Numa tarde que foi só nossa deitei-me a teu lado prolongando o abraço. A troca dos sorrisos de felicidade, os olhos a cintilar em cada compasso do tempo e as bocas, unidas em beijos suaves e calmos. Deixamo-nos dormir de olhos abertos em sonhos doces e prazerosos. Lentamente no acordar que denuncia a nossa líbido vais inundando o meu corpo em tremores apaixonados de uma vontade em te fazer sentir em mim.
Nesta tarde que se fez nossa foram mais do que palavras trocadas...
A noite, minha companheira, traz-me a inquietação da tua invisível presença, que me arremessa contra os desejos de um corpo que permanece preso de um encantamento e ao sabor do vento que sopra sussurros de paixão, trazidos de ti e plantados em folhas brancas.
O sonho embala o meu sono, mas a tua sombra mágica deambula sobre o meu espírito, acordando os meus sentidos e trazendo à tona os meus sentires que deixo fluir de encontro aos teus, continuando o percurso de luxúria que iniciámos juntos…
Minha paixão,impregnaste de tal modo o meu ser, que jamais conseguirei disfarçar a tua presença no meu dia-a-dia. Quando sorrio, quando os meus olhos brilham, quando fico de olhar meio perdido a tomar café, sei que se percebe à distância que anda paixão no ar.
Encontro-te no meu cérebro, povoando os meus pensamentos. Vislumbro-te no meu coração, aquecendo-me o peito. Pressinto-te no sangue que corre o meu corpo renovando a vida a cada segundo.
Termino este dia guardando-te no meu pensamento, sentindo ainda o teu sabor e os espasmos de prazer que a minha imaginação te fez sentir. E vou fechar os olhos cansados, na ânsia de te reencontrar amanhã nas palavras que soltares para mim…
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
SONS
Ao doce e suave som da tua voz as pétalas abriram-se aflorando-se num sonho quando abriste o teu baú e de lá sussurraste "Amo-te".
Foi como um toque de lábios que se estenderam pelas ondas em que repousas. Nesses instantes nossas almas se tocaram em pontas de dedos aveludadas repousando no oceano que percorre junto do corpo.
Sorrio perante tal tesouro, esse recorte da tua alma que guardo como um diamante lapidado.
Quero soltar o teu fulgor de dentro desse baú a que chamo desejo. No teu peito sei que resido na vontade de sobrevoar o teu corpo e nele pousar um manto de ânsias azul.
Atravessaste o portal em que sussuras ao tempo que se entrelaça com o amanhã a vontade de estar presente no hoje.
Queres-me como te quero... num manto vermelho que te percorre na penumbra da noite e o aveludado perfume que usas que te aconchega no meu peito até ao descanso das pestanas.
Há dias onde os sons nos invadem e nos consomem no desejo de te sentir e saber ali...
Hoje saciaste o meu desejo...
Foi como um toque de lábios que se estenderam pelas ondas em que repousas. Nesses instantes nossas almas se tocaram em pontas de dedos aveludadas repousando no oceano que percorre junto do corpo.
Sorrio perante tal tesouro, esse recorte da tua alma que guardo como um diamante lapidado.
Quero soltar o teu fulgor de dentro desse baú a que chamo desejo. No teu peito sei que resido na vontade de sobrevoar o teu corpo e nele pousar um manto de ânsias azul.
Atravessaste o portal em que sussuras ao tempo que se entrelaça com o amanhã a vontade de estar presente no hoje.
Queres-me como te quero... num manto vermelho que te percorre na penumbra da noite e o aveludado perfume que usas que te aconchega no meu peito até ao descanso das pestanas.
Há dias onde os sons nos invadem e nos consomem no desejo de te sentir e saber ali...
Hoje saciaste o meu desejo...
terça-feira, fevereiro 20, 2007
HOJE DORMES
Fecha os olhos
Nada digas agora
Ouve-me apenas
Sente-me
Um toque no teu rosto
Um beijo doce com gosto de mim
Para te aquecer nesta noite quente
Mas fria de sentires
Vem…
Encosta o teu corpo ao meu
Deixa que te embale em meus braços
Sim, sabes que são para ti
Que é de ti que falo
É a ti que envio este sopro
De lábios que já são teus
Beijo-te
Dorme…
Nada digas agora
Ouve-me apenas
Sente-me
Um toque no teu rosto
Um beijo doce com gosto de mim
Para te aquecer nesta noite quente
Mas fria de sentires
Vem…
Encosta o teu corpo ao meu
Deixa que te embale em meus braços
Sim, sabes que são para ti
Que é de ti que falo
É a ti que envio este sopro
De lábios que já são teus
Beijo-te
Dorme…
NA COZINHA
Descobri uma receita deveras interessante e que quero experimentar contigo um destes dias...
Frango ao Conhaque
Ingredientes:
• 1 frango cortado em pedaços;
• 1/2 xícara de bacon cortado em cubos;
• 1/2 xícara de cogumelos fatiados;
• 4 tomates maduros cortados em rodelas;
• 1 colher de sopa de farinha;
• 5 colheres de sopa de conhaque;
• 1/2 xícara de azeitonas verdes;
• 1 copo de vinho tinto;
• manteiga.
Preparo:
Em uma panela grande, colocar manteiga o suficiente para fritar o frango com o bacon, os cogumelos, os tomates e as azeitonas. Salgar a gosto. Quando o frango estiver dourado, polvilhar a farinha e refogar um pouco. Em uma frigideira, aquecer o conhaque em fogo baixo durante 10 minutos, e depois derramar sobre o frango e puxar fogo para flambar, cozinhando por mais 10 minutos. Juntar o vinho e cozinhar por 20 minutos.
Com tudo isto apenas um senão... com este geito fenomenal que tenho para cozinhar espero que não deixe queimar isto tudo, por isso, conto contigo para me ajudares neste preparo dos Deuses, porque da sobremesa... trato eu... morangos, chantilly, champagne... parece-te bem? Taças? Para quê usar-las quando eu tenho o teu e tu o meu corpo...
Frango ao Conhaque
Ingredientes:
• 1 frango cortado em pedaços;
• 1/2 xícara de bacon cortado em cubos;
• 1/2 xícara de cogumelos fatiados;
• 4 tomates maduros cortados em rodelas;
• 1 colher de sopa de farinha;
• 5 colheres de sopa de conhaque;
• 1/2 xícara de azeitonas verdes;
• 1 copo de vinho tinto;
• manteiga.
Preparo:
Em uma panela grande, colocar manteiga o suficiente para fritar o frango com o bacon, os cogumelos, os tomates e as azeitonas. Salgar a gosto. Quando o frango estiver dourado, polvilhar a farinha e refogar um pouco. Em uma frigideira, aquecer o conhaque em fogo baixo durante 10 minutos, e depois derramar sobre o frango e puxar fogo para flambar, cozinhando por mais 10 minutos. Juntar o vinho e cozinhar por 20 minutos.
Com tudo isto apenas um senão... com este geito fenomenal que tenho para cozinhar espero que não deixe queimar isto tudo, por isso, conto contigo para me ajudares neste preparo dos Deuses, porque da sobremesa... trato eu... morangos, chantilly, champagne... parece-te bem? Taças? Para quê usar-las quando eu tenho o teu e tu o meu corpo...
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
O TEU SEGREDO DESVENDADO
Era somente uma pedra singela formada por água solidificada. Mas ganhou vida quando, envolta por dedos quentes, se aproximou de um corpo semi-adormecido, num gesto de tortura de prazer.
Roçou na pele nua do pescoço e resvalou docemente pelo colo até ficar perto do mamilo rosado que se erguia contra o tecido de cetim de um babydoll em tom pérola.
Molhou o tecido rodeando o mamilo arrepiado que denunciava a excitação e seguiu caminho para o outro, deixando as auréolas visíveis pelo tecido ora transparente.
Aaahhhh…
O gemido que sai por entre os lábios.
As coxas que se apertam numa fricção de desejo.
E o cubo de gelo, agora mais pequeno, desce por entre os seios de bicos espetados e dirige-se para o centro do corpo feminino. Na passagem uma linha molhada marcada no tecido sedoso.
A paragem no umbigo.
A dúvida entre subir ou descer.
Hum…
O suspiro.
A decisão.
A subida do cubo de gelo que termina de derreter nos lábios entreabertos que aguardam a satisfação além-prazer.
E os dedos despidos do cubo de gelo que fazem deslizar as alças do babydoll e descer o tecido até aos quadris, depois pelas coxas, até ser largado no chão do quarto.
Agora, apenas o corpo e um pequeno triângulo de tecido vermelho que cobre o mais íntimo dos segredos.
Outro cubo de gelo que se derrete na pele quente, rodeando mamilos, derramando gotículas geladas sobre a pele arrepiada.
Excitada.
A alternância entre o gelo, e a boca quente que suga os mamilos, morde a carne, lambe a pele.
Aaahhhh…
Geme de novo, excitada. Desejosa de sentir o contraste por todo o corpo.
Pede. Suplica.
Ele sorri e pega noutro cubo de gelo.
Aproxima-o do monte de Vénus, ainda coberto pelo triângulo minúsculo.
Acaricia-a por cima do tecido, humedecendo-o tanto como o mel que escorre do interior do corpo dela.
Os olhos semicerrados de prazer. A boca entreaberta de desejo.
Os dedos levam a pequena pedra de gelo que resta, à carne que aguarda a sua chegada, tremendo. Introduzem-na no abrigo escaldante, fazendo-a terminar de derreter.
A pequena tanga desaparece.
Resta agora apenas o corpo de coxas entreabertas, seios apertados pelas mãos femininas em movimentos de delírio.
A boca masculina segura um cubo de gelo e aproxima-o do clítoris, acariciando com o quente-frio da boca-gelo.
E o cubo de gelo, guiado pelos lábios masculinos, introduz-se na gruta que estremece quando o sente em si.
A língua masculina fustiga a carne macia feminina. Os dentes roçam o clítoris, os dedos massajam o corpo.
Ela não aguenta a excitação e move-se alucinadamente entre os braços masculinos.
O orgasmo aproxima-se.
Chega.
Aaahhhh…
Gemido quente-frio de um corpo que escalda.
O sorriso dele.
O prazer dela.
Roçou na pele nua do pescoço e resvalou docemente pelo colo até ficar perto do mamilo rosado que se erguia contra o tecido de cetim de um babydoll em tom pérola.
Molhou o tecido rodeando o mamilo arrepiado que denunciava a excitação e seguiu caminho para o outro, deixando as auréolas visíveis pelo tecido ora transparente.
Aaahhhh…
O gemido que sai por entre os lábios.
As coxas que se apertam numa fricção de desejo.
E o cubo de gelo, agora mais pequeno, desce por entre os seios de bicos espetados e dirige-se para o centro do corpo feminino. Na passagem uma linha molhada marcada no tecido sedoso.
A paragem no umbigo.
A dúvida entre subir ou descer.
Hum…
O suspiro.
A decisão.
A subida do cubo de gelo que termina de derreter nos lábios entreabertos que aguardam a satisfação além-prazer.
E os dedos despidos do cubo de gelo que fazem deslizar as alças do babydoll e descer o tecido até aos quadris, depois pelas coxas, até ser largado no chão do quarto.
Agora, apenas o corpo e um pequeno triângulo de tecido vermelho que cobre o mais íntimo dos segredos.
Outro cubo de gelo que se derrete na pele quente, rodeando mamilos, derramando gotículas geladas sobre a pele arrepiada.
Excitada.
A alternância entre o gelo, e a boca quente que suga os mamilos, morde a carne, lambe a pele.
Aaahhhh…
Geme de novo, excitada. Desejosa de sentir o contraste por todo o corpo.
Pede. Suplica.
Ele sorri e pega noutro cubo de gelo.
Aproxima-o do monte de Vénus, ainda coberto pelo triângulo minúsculo.
Acaricia-a por cima do tecido, humedecendo-o tanto como o mel que escorre do interior do corpo dela.
Os olhos semicerrados de prazer. A boca entreaberta de desejo.
Os dedos levam a pequena pedra de gelo que resta, à carne que aguarda a sua chegada, tremendo. Introduzem-na no abrigo escaldante, fazendo-a terminar de derreter.
A pequena tanga desaparece.
Resta agora apenas o corpo de coxas entreabertas, seios apertados pelas mãos femininas em movimentos de delírio.
A boca masculina segura um cubo de gelo e aproxima-o do clítoris, acariciando com o quente-frio da boca-gelo.
E o cubo de gelo, guiado pelos lábios masculinos, introduz-se na gruta que estremece quando o sente em si.
A língua masculina fustiga a carne macia feminina. Os dentes roçam o clítoris, os dedos massajam o corpo.
Ela não aguenta a excitação e move-se alucinadamente entre os braços masculinos.
O orgasmo aproxima-se.
Chega.
Aaahhhh…
Gemido quente-frio de um corpo que escalda.
O sorriso dele.
O prazer dela.
A TUA FLOR
As pétalas abriram-se perante o seu olhar, num regalo de desejo. Uma flor de beleza inigualável estava perante si - o tom rosado, suave ao toque. Roçou levemente os dedos pelas pétalas que lhe sorriam, fazendo o seu coração bater descompassado, e notou a humidade que lhe orvalhou a pele. Exalava um perfume único, de mulher, que falava de paixões avassaladoras, soltando-se no ar, inebriando-o. Semicerrou os olhos e aspirou o odor que dominava os seus sentidos, fazendo-o debruçar e aproximar o rosto das pétalas abertas que permitiam ver, entre elas, um pequeno botão que se erguia perante o seu olhar.
Aproximou os lábios e tocou com toda a delicadeza que o invadia, no centro daquela flor. Sentiu na língua a essência feminina e deixou-se levar na rede do perfume que aspirava, contraindo as narinas e deixando que todo o seu corpo fosse tomado de assalto pelo poder daquele néctar. Deixou-se embriagar e perdeu-se no tempo, dominado pela flor entre as flores.
Aproximou os lábios e tocou com toda a delicadeza que o invadia, no centro daquela flor. Sentiu na língua a essência feminina e deixou-se levar na rede do perfume que aspirava, contraindo as narinas e deixando que todo o seu corpo fosse tomado de assalto pelo poder daquele néctar. Deixou-se embriagar e perdeu-se no tempo, dominado pela flor entre as flores.
MOMENTOS
Eu quero falar-te daquela tarde parada em que plantei as mãos na tua margem do rio.
Eu quero contar-te, num grito rouco e afiado, sobre o dia em que me sentei em cima das sementes de um campo metálico e amei as lentilhas e o açafrão do papel de parede.
Eu quero dizer-te que quando chove no meu rosto não são as canas de pesca que te levam os segredos da minha alma porque as águas onde lançaste papagaios de papel guardam no fundo os berlindes e peões do meu amor de maresias apostadas.
Há palavras que dão vontade de mastigar. Apetece saborear cada sílaba, deixar escorrer o sumo de cada metáfora e guardar os ditongos partilhados na boca. Como uma sopa de letras fumegantes
onde a paixão engole um corpo líquido e solta as suas asas de borboleta-arlequim.
Há um beijo em cada palavra que me cai ao chão. Molhada de outonos, solta o amor que já não cabe na boca.
- Há nesta voz algo mais do que garganta. Talvez um rio de violetas dilatadas.
Quero sair de mim e fazer dos meus olhos a concha, o riacho por onde te passeias.
Eu quero contar-te, num grito rouco e afiado, sobre o dia em que me sentei em cima das sementes de um campo metálico e amei as lentilhas e o açafrão do papel de parede.
Eu quero dizer-te que quando chove no meu rosto não são as canas de pesca que te levam os segredos da minha alma porque as águas onde lançaste papagaios de papel guardam no fundo os berlindes e peões do meu amor de maresias apostadas.
Há palavras que dão vontade de mastigar. Apetece saborear cada sílaba, deixar escorrer o sumo de cada metáfora e guardar os ditongos partilhados na boca. Como uma sopa de letras fumegantes
onde a paixão engole um corpo líquido e solta as suas asas de borboleta-arlequim.
Há um beijo em cada palavra que me cai ao chão. Molhada de outonos, solta o amor que já não cabe na boca.
- Há nesta voz algo mais do que garganta. Talvez um rio de violetas dilatadas.
Quero sair de mim e fazer dos meus olhos a concha, o riacho por onde te passeias.
domingo, fevereiro 18, 2007
INSTANTES
Os dias caiem aos nossos pés e as estrelas amontoam-se
num firme momento de pirilampos extasiados.
É nessa escalada de breu que procuro um lírio,uma semente, um miradouro. No clarão do teu murmúrio sou candelabro de marés a fazer espuma nos dedos. Quando eu era um porto e tu um rio, as coisas faziam-se simples.
Ainda procuro um quarto escuro onde tombar as minhas defesas e deixar que me atravessem a voz com um beijo teu.
Conheço tão bem o teu beijo. Sonhei tanto a tua figura, a tua presença, que é de olhos fechados que eu acordo a imitar a tua altura e a beber a água pela qual sorvo o ar que me atravessa do teu perfume. Espirros desalmados me falam da fragilidade de nossos corpos como se uma guerra aberta existisse.
Basta-me olhar-te encostada a um candelabro por entre uma bruma cinza, encostada a um calafrio ou bebendo na água da tua foz... sonhar-te... num deserto de noz moscada ou num átomo de fé. O optimismo é o meu ópio.
Trago no ventre uma noite solteira, mansa e abstracta. Um pensamento ondulado percorreu-me o corpo, engolido pela frieza nocturna. Doem-me dois dedos descuidados, desculpa doerem-me demais. Doce dádiva daquele dia defronte do delírio. Descobres-me diurnas distâncias, dissecadas, desfeitas, dormentes. Doravante, deves destapar-me devagar, depois do dueto de detalhes dançados, dedilhando diâmetros desprovidos de decretos. Debruça-te, dedica-me decisões, datas, degelos. Dá-me dez degraus de deleite, dar-te-ei decotes de densidade.
Tenho saudades do doce aroma de mel que transborda em teu olhar, quando teus olhos sem cerimónias me carregam até ti e me invadem com malícias em sussurros de desejo.
Há uma tarde longa nos meus olhos rasgados. Um campo de amêndoas a poisar no tempo da chuva, um continente sem terra a arrastar-se nas pálpebras. Deixa que pegue na pedra mais pesada e construa o último degrau de tudo aquilo que quero dizer-te num sopro. Hás-de subir, tom por tom, sílaba a sílaba, até me encontrares no soluço das palavras mais tenras. Anda escutar o vento sem arranhões. Ouve-me até que a noite caia e a madrugada se dobre sobre a minha garganta.
Tenho saudades tuas.
num firme momento de pirilampos extasiados.
É nessa escalada de breu que procuro um lírio,uma semente, um miradouro. No clarão do teu murmúrio sou candelabro de marés a fazer espuma nos dedos. Quando eu era um porto e tu um rio, as coisas faziam-se simples.
Ainda procuro um quarto escuro onde tombar as minhas defesas e deixar que me atravessem a voz com um beijo teu.
Conheço tão bem o teu beijo. Sonhei tanto a tua figura, a tua presença, que é de olhos fechados que eu acordo a imitar a tua altura e a beber a água pela qual sorvo o ar que me atravessa do teu perfume. Espirros desalmados me falam da fragilidade de nossos corpos como se uma guerra aberta existisse.
Basta-me olhar-te encostada a um candelabro por entre uma bruma cinza, encostada a um calafrio ou bebendo na água da tua foz... sonhar-te... num deserto de noz moscada ou num átomo de fé. O optimismo é o meu ópio.
Trago no ventre uma noite solteira, mansa e abstracta. Um pensamento ondulado percorreu-me o corpo, engolido pela frieza nocturna. Doem-me dois dedos descuidados, desculpa doerem-me demais. Doce dádiva daquele dia defronte do delírio. Descobres-me diurnas distâncias, dissecadas, desfeitas, dormentes. Doravante, deves destapar-me devagar, depois do dueto de detalhes dançados, dedilhando diâmetros desprovidos de decretos. Debruça-te, dedica-me decisões, datas, degelos. Dá-me dez degraus de deleite, dar-te-ei decotes de densidade.
Tenho saudades do doce aroma de mel que transborda em teu olhar, quando teus olhos sem cerimónias me carregam até ti e me invadem com malícias em sussurros de desejo.
Há uma tarde longa nos meus olhos rasgados. Um campo de amêndoas a poisar no tempo da chuva, um continente sem terra a arrastar-se nas pálpebras. Deixa que pegue na pedra mais pesada e construa o último degrau de tudo aquilo que quero dizer-te num sopro. Hás-de subir, tom por tom, sílaba a sílaba, até me encontrares no soluço das palavras mais tenras. Anda escutar o vento sem arranhões. Ouve-me até que a noite caia e a madrugada se dobre sobre a minha garganta.
Tenho saudades tuas.
SÓ TU
Dá-me a mão e deixa-te levar neste mundo que guardamos em nós.
Abre os braços e deixa-me te alcançar neste olhar que é Amor.
O dia quando desperta acode ao teu leito e aquece tua face num despertar pleno de arco-íris, desenhado a carvão e pintado a craion que te cedo a cada bater do meu coração.
Vivemos um dia em cada momento neste olhar que partilhamos...
Quero te dar um Mundo onde as caravelas partem em descobertas, onde o vento sopra pela montanha e nos entrega as pétalas soltas de uma primavera que nos aconchega.
Quero te entregar uma taça de morangos e rechear-te de natas por entre beijos e afagos.
Quero te surpreender com aparições inesperadas, raptar-te de um mundo preto e branco e entregar-te às cores quentes que as noites e dias nos aguardam.
Quero passear-me de mãos dadas e carregar-te neste trenó que gira em volta de mim deixando trilhos de beijos corados trocados em teus lábios...
Sei que sentes o aconchego dos lençois que te entregam mensagens de amor engarrafadas em cristal puro e que viajam por entre oceanos onde as ondas te embalam com meu Amor.
Sei que te sinto comigo sempre a cada instante...
Abre os braços e deixa-me te alcançar neste olhar que é Amor.
O dia quando desperta acode ao teu leito e aquece tua face num despertar pleno de arco-íris, desenhado a carvão e pintado a craion que te cedo a cada bater do meu coração.
Vivemos um dia em cada momento neste olhar que partilhamos...
Quero te dar um Mundo onde as caravelas partem em descobertas, onde o vento sopra pela montanha e nos entrega as pétalas soltas de uma primavera que nos aconchega.
Quero te entregar uma taça de morangos e rechear-te de natas por entre beijos e afagos.
Quero te surpreender com aparições inesperadas, raptar-te de um mundo preto e branco e entregar-te às cores quentes que as noites e dias nos aguardam.
Quero passear-me de mãos dadas e carregar-te neste trenó que gira em volta de mim deixando trilhos de beijos corados trocados em teus lábios...
Sei que sentes o aconchego dos lençois que te entregam mensagens de amor engarrafadas em cristal puro e que viajam por entre oceanos onde as ondas te embalam com meu Amor.
Sei que te sinto comigo sempre a cada instante...
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
AMANHECER APAIXONADO
Sinto tua mão a percorrer meu corpo, começas por beijar o meu ombro e vais descendo, sinto-te mas finjo que ainda estou a dormir por mais um pouco, oiço o estalar da madeira da lareira ainda acesa, sorrio e ainda meio sonolento viro-me para ti, sorris com malícia, beijo-te com paixão, desejo, tesão, sinto-o a pulsar de prazer, desejo de me sentir dentro de ti, mas faço-te esperar, sorrio e digo que já volto. Olhas para mim com admiração. Volto com o teu óleo favorito, mando-te virar de costas para mim, espalho o óleo pelas costas e vou descendo massajando todo teu corpo quente por algum tempo e eu cada vez mais excitado e tu também ate que dizes "quero-te agora" e viras-te, possui-mes com paixão desejo, e dizes que tinhas saudades minhas até que abraçados voltamos a adormecer.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
FALO-TE DE AMOR
Ainda sinto o teu cheiro, o teu toque tenro e suave... ainda oiço a tua voz bem baixinho perto do meu ouvido... só de recordar minha pele arrepia e nesse instante fecho os olhos e relembro teu sorriso, teu olhar, o percorrer de tuas mãos em meu rosto, tua boca quente a deliciar-se num manjar de lábios.
Hoje quero de novo aquele instante, as saudades dele são imensas... como é bom sentir-te.
Olhar fundo nos teus olhos e sentir-los inundados por uma profunda paz, carinhosamente ardendo numa chama suspensa de Amor, sentir o toque gentil de princesa sempre que te aproximas de mim.
Quero-te dizer que cada instante é um momento infindável de uma brisa que te carrega até mim e caprichosamente te poisa em meu regaço, aconchego-te no meu peito e embalo o teu espírito no leito do meu coração.
Levas-me sempre que o espaço nos ausenta assim como te trago fértil dentro de mim.
Amar-te sem regras, sem paredes, numa forma inquestionávelmente invisível mas presencialmente sentida, sempre, a cada momento.
Amar-te... é sentires na palma das tuas mãos a certeza da minha paixão e pintares no teu corpo, as cores vivas de uma primavera onde as flores despontam no seu bailado de vida... amar-te é assim... profundamente sentido.
Hoje quero de novo aquele instante, as saudades dele são imensas... como é bom sentir-te.
Olhar fundo nos teus olhos e sentir-los inundados por uma profunda paz, carinhosamente ardendo numa chama suspensa de Amor, sentir o toque gentil de princesa sempre que te aproximas de mim.
Quero-te dizer que cada instante é um momento infindável de uma brisa que te carrega até mim e caprichosamente te poisa em meu regaço, aconchego-te no meu peito e embalo o teu espírito no leito do meu coração.
Levas-me sempre que o espaço nos ausenta assim como te trago fértil dentro de mim.
Amar-te sem regras, sem paredes, numa forma inquestionávelmente invisível mas presencialmente sentida, sempre, a cada momento.
Amar-te... é sentires na palma das tuas mãos a certeza da minha paixão e pintares no teu corpo, as cores vivas de uma primavera onde as flores despontam no seu bailado de vida... amar-te é assim... profundamente sentido.
terça-feira, fevereiro 13, 2007
FALA-ME DE AMOR
No delírio em que me encontraste deixei que me cubrisses com fúria louca, sedenta névoa apaixonada que nos envolvia cada pedaço de nossa alma.
Deixaste-me levar tua boca sôfrega à sede dos meus beijos flamejantes enquanto te oferecia minha mão florescida de delírios e carícias... senti o murmurar do arrepio, o arfar do êxtase que se consome, o silêncio do rubor, o desnudar dos mistérios húmidos que degustam nos teus lábios a cumplicidade dos nossos corações... e tudo isto... apenas no "Olá"...
Tudo o que conseguia soletrar eram sensações em uníssono, o afagar da pétola dos meus anseios nos teus...
Na consumação daqueles instantes despimos no leito do firmamento o amanhecer que nos aquece acolhendo em nossos corpos o sol que beija os teus cabelos e os ilumina que nem aurora...
"Quando, Quando, Quando"... o teu belo sorriso que transborda de uma ternura até agora indesvendável, para além de comparação...
Sinto uma vontade louca de beijar tua boca, o desejo de sentir de novo o suave toque de tua lingua e o aroma cremoso de chocolate doce que é o teu cheiro.
E quando te delicio com minhas mãos, sinto tua pele arrepiada em anseios, passo-a em teus cabelos, tua face ruborizada, aperto teus seios e mordo teu pescoço desnudado... vi-te ensandecida, alucinada tal como eu, descontrolada de prazer, e por prazer... quero mais... quero te dar muito mais...
Quero o meu corpo no teu, meus lábios húmidos nos teus, quentes... quero-te enlaçar entre pernas e sentir o quente do teu corpo tal como o senti hoje... escaldante... maravilhosamente enternecido por uma chama de Amor que nos invadia... naqueles instantes fomos apenas nós... nada mais existia... o nosso Mundo, o meu... que é teu...
Sei que te desejo na mais luxuriosa entrega, de enlouquecer... as tuas carícias, a energia selvagem e avassaladora com que me fizeste estremecer... de prazer, fazendo-me gemer... quero te acariciar até ao por-de-sol e fazer de ti, pela brisa da noite, Mulher...
A textura fina e delicada da tua pele deixa-me cair em êxtase, num climax de desejo e ardor em te possuir e abraçar num encontro de planetas sob as suas luas...
O movimento é leve, o roçar no ar húmido e flexivel de nossos corpos... alucinação suprema da fantasia... o ruflar do feixe de luz que te ilumina teus verdejantes olhos, rubro violáceo, escondes teus lábios por entre os meus para não os admirar, mas sentindo-os em cada gota que desprendeste ansiosa.
Quero-te,
Anseio-te,
Desejo-te,
Espero-te,
AMO-TE!!!
Deixaste-me levar tua boca sôfrega à sede dos meus beijos flamejantes enquanto te oferecia minha mão florescida de delírios e carícias... senti o murmurar do arrepio, o arfar do êxtase que se consome, o silêncio do rubor, o desnudar dos mistérios húmidos que degustam nos teus lábios a cumplicidade dos nossos corações... e tudo isto... apenas no "Olá"...
Tudo o que conseguia soletrar eram sensações em uníssono, o afagar da pétola dos meus anseios nos teus...
Na consumação daqueles instantes despimos no leito do firmamento o amanhecer que nos aquece acolhendo em nossos corpos o sol que beija os teus cabelos e os ilumina que nem aurora...
"Quando, Quando, Quando"... o teu belo sorriso que transborda de uma ternura até agora indesvendável, para além de comparação...
Sinto uma vontade louca de beijar tua boca, o desejo de sentir de novo o suave toque de tua lingua e o aroma cremoso de chocolate doce que é o teu cheiro.
E quando te delicio com minhas mãos, sinto tua pele arrepiada em anseios, passo-a em teus cabelos, tua face ruborizada, aperto teus seios e mordo teu pescoço desnudado... vi-te ensandecida, alucinada tal como eu, descontrolada de prazer, e por prazer... quero mais... quero te dar muito mais...
Quero o meu corpo no teu, meus lábios húmidos nos teus, quentes... quero-te enlaçar entre pernas e sentir o quente do teu corpo tal como o senti hoje... escaldante... maravilhosamente enternecido por uma chama de Amor que nos invadia... naqueles instantes fomos apenas nós... nada mais existia... o nosso Mundo, o meu... que é teu...
Sei que te desejo na mais luxuriosa entrega, de enlouquecer... as tuas carícias, a energia selvagem e avassaladora com que me fizeste estremecer... de prazer, fazendo-me gemer... quero te acariciar até ao por-de-sol e fazer de ti, pela brisa da noite, Mulher...
A textura fina e delicada da tua pele deixa-me cair em êxtase, num climax de desejo e ardor em te possuir e abraçar num encontro de planetas sob as suas luas...
O movimento é leve, o roçar no ar húmido e flexivel de nossos corpos... alucinação suprema da fantasia... o ruflar do feixe de luz que te ilumina teus verdejantes olhos, rubro violáceo, escondes teus lábios por entre os meus para não os admirar, mas sentindo-os em cada gota que desprendeste ansiosa.
Quero-te,
Anseio-te,
Desejo-te,
Espero-te,
AMO-TE!!!
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
SAUDADES
Se calhar é normal pensarmos que estamos bem e de repente darmos connosco a lacrimejar, sensíveis e com vontade de nos agarrarmos à almofada. Amanhã é o dia... Se com o passar dos dias até mesmo o nosso tempo de vida diminui, por que razão não há forma de reduzir as saudades quando nos encontramos fisicamente ausentes? Porque é que bate assim tão forte e só conseguimos fazer aquela carinha de bebé desesperado à procura da chucha?
Tenho saudades... daquele instante quando o meu coração te espera aos pulos, para depois irmos correr a cidade, sorrir, conversar, reflectir a luz dos olhos-paixão, para no fim adormecermos encaixados numa só mão.
Tenho saudades... daquele instante quando o meu coração te espera aos pulos, para depois irmos correr a cidade, sorrir, conversar, reflectir a luz dos olhos-paixão, para no fim adormecermos encaixados numa só mão.
CENTRO
Eis o centro do corpo
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse centro
os dedos esfregam - correm
e voltam sem cessar
e então são os meus
já os teus dedos
e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo - conduzo
pensando em tua boca
Ardencia funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios
que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma.
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse centro
os dedos esfregam - correm
e voltam sem cessar
e então são os meus
já os teus dedos
e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo - conduzo
pensando em tua boca
Ardencia funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios
que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma.
domingo, fevereiro 11, 2007
ESTADO D'ALMA
Tenho livros e papéis, espalhados pelo chão. A poeira de uma vida deve ter algum sentido!
Uma pista, um sinal de qualquer recordação, uma frase onde te encontro e me deixa comovido...
Guardo na palma da mão o calor das recordações, daqueles dois dias e o local, porque brincas porque ris... E depois o arrepio, a memória dos afectos... Que me deixa mais feliz! Deixa-te ficar na minha casa, há janelas que tu ainda não abriste... das quais te pertencem a exclusividade.
O luar espera por ti, quando for a maré vaza...
Está na mesma esse jardim, com vista sobre a cidade, onde fazia de conta que escapava do presente... Qualquer coisa que ficou, que é da nossa eternidade... Afinal, de eternamente...
Por vezes os teus olhos são peixes verdes, daqueles que por entre sombras iluminam o fundo dos oceanos... por vezes são azuis... quentes... harmoniosos... mas seja qual a praia onde os descansas ao luar... sei que te AMO com a ternura que só tu sabes transbordar... tal como és... Linda!!!
Uma pista, um sinal de qualquer recordação, uma frase onde te encontro e me deixa comovido...
Guardo na palma da mão o calor das recordações, daqueles dois dias e o local, porque brincas porque ris... E depois o arrepio, a memória dos afectos... Que me deixa mais feliz! Deixa-te ficar na minha casa, há janelas que tu ainda não abriste... das quais te pertencem a exclusividade.
O luar espera por ti, quando for a maré vaza...
Está na mesma esse jardim, com vista sobre a cidade, onde fazia de conta que escapava do presente... Qualquer coisa que ficou, que é da nossa eternidade... Afinal, de eternamente...
Por vezes os teus olhos são peixes verdes, daqueles que por entre sombras iluminam o fundo dos oceanos... por vezes são azuis... quentes... harmoniosos... mas seja qual a praia onde os descansas ao luar... sei que te AMO com a ternura que só tu sabes transbordar... tal como és... Linda!!!
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
DESCOBERTA
Refugio-me em palavras secretas, fruto dos momentos de incontrolável sentir, antes guardado e abafado, tal a sua força, mas agora desvendado. Palavras que me levam a viajar em direcção a um lugar conhecido e tão próximo de ti onde procuro o calor que aconchega e preenche.
A imensa distância que nos separa é atenuada pela proximidade de algo que não se vê, mas que nos torna suficientemente próximos para sentir o derreter do gelo que nos envolve. Na certeza do poder que ganha cada novo desenhar deste desejo extravasado, deixo a imaginação criar imagens reais de algo a que nos pertence.
Equilibro-me na linha de seda dos teus cabelos e percorro o teu peito por entre vales de pétalas rosadas respirando devagar o néctar do teu perfume e no qual me carregas nesse teu mundo de Mulher.
Deixo-te conduzires-me por caminhos nunca antes por mim percorridos e juntos descubro curvas e mais curvas onde fecho os olhos que deslizam avidamente querendo guardar todos os detalhes deste fogo tornado em desejo... de te possuir...
Desafino-me gritando as palavras que te quero dizer e que não consigo inventar... escrevo-te segredos em bilhetes que te sussurro em mantas de mel e amêndoas que te delicias a provar.
O que tão doce me soas, faz-me despertar a vontade de virar cavaleiro e rumar a teu Norte, aproveitar a frincha da porta que esqueceste aberta e entrar dentro de ti.
A imensa distância que nos separa é atenuada pela proximidade de algo que não se vê, mas que nos torna suficientemente próximos para sentir o derreter do gelo que nos envolve. Na certeza do poder que ganha cada novo desenhar deste desejo extravasado, deixo a imaginação criar imagens reais de algo a que nos pertence.
Equilibro-me na linha de seda dos teus cabelos e percorro o teu peito por entre vales de pétalas rosadas respirando devagar o néctar do teu perfume e no qual me carregas nesse teu mundo de Mulher.
Deixo-te conduzires-me por caminhos nunca antes por mim percorridos e juntos descubro curvas e mais curvas onde fecho os olhos que deslizam avidamente querendo guardar todos os detalhes deste fogo tornado em desejo... de te possuir...
Desafino-me gritando as palavras que te quero dizer e que não consigo inventar... escrevo-te segredos em bilhetes que te sussurro em mantas de mel e amêndoas que te delicias a provar.
O que tão doce me soas, faz-me despertar a vontade de virar cavaleiro e rumar a teu Norte, aproveitar a frincha da porta que esqueceste aberta e entrar dentro de ti.
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
AGUARDO-TE
Respiro-te na essência que a brisa me traz neste dia de chuva gelada. O teu perfume envolve-me e ajuda-me na viagem que o corpo não faz. Apenas a mente voa e vai longe, procura-te... sempre...
Alteram-se os dias, as perspectivas, as correntes, mas não as vontades... Nunca. As vontades que nos ligam, as que partilhamos e são tantas... Reforço-as a cada instante, a cada momento, por vezes de propósito, outras há onde tudo se conjuga para tal.
Ao ritmo da nossa música que não pára de tocar dentro de mim, deixo-me enredar numa teia imensa de sonhos e desejos. Alguns já concretizados, esses passados a memórias e gravados no memorial da pele do meu corpo, os outros evoluem para objectivos.
Desperto para o facto de viver nos pensamentos, do que foi e sobre o que ainda virá a ser. O presente, não sei o que lhe fazer. É apenas um estado intermédio que deixa de ser a cada momento. Acontece-lhe o futuro sempre na tua presença e esse é o presente que marca, que fica, que vivo.
O calor vem e enche-me por dentro. O teu calor que ainda sinto na tua ausência. Conservo-o até novo encontro, quando o olhar e o sorriso é de ti que vêm e me são dirigidos.
E assim... te espero.
Alteram-se os dias, as perspectivas, as correntes, mas não as vontades... Nunca. As vontades que nos ligam, as que partilhamos e são tantas... Reforço-as a cada instante, a cada momento, por vezes de propósito, outras há onde tudo se conjuga para tal.
Ao ritmo da nossa música que não pára de tocar dentro de mim, deixo-me enredar numa teia imensa de sonhos e desejos. Alguns já concretizados, esses passados a memórias e gravados no memorial da pele do meu corpo, os outros evoluem para objectivos.
Desperto para o facto de viver nos pensamentos, do que foi e sobre o que ainda virá a ser. O presente, não sei o que lhe fazer. É apenas um estado intermédio que deixa de ser a cada momento. Acontece-lhe o futuro sempre na tua presença e esse é o presente que marca, que fica, que vivo.
O calor vem e enche-me por dentro. O teu calor que ainda sinto na tua ausência. Conservo-o até novo encontro, quando o olhar e o sorriso é de ti que vêm e me são dirigidos.
E assim... te espero.
CONTEMPLAÇÃO
Destece o caminho do sonho.
Regressa do invisível com que te vestes e despe o vermelho que tudo preenche.
No avançado da luz sente-se que o céu é já quase todo azul... e vem o sossego... o silêncio... o momento que de longe nos aparta e nos recorda que o hoje será o amanhã. De novo levanto os olhos, o oceano está tão perto e eis-te presente reunindo em mim o espaço e condensando o tempo que em nós não se faz sentir disperso.
Creio que foi o teu sorriso que agora senti aqui junto a minha face, era um sorriso de luz vibrante, apetece-me entrar nele, tirar a roupa e ficar nú dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, pular entre as ondas e vagas tolas pois a caravela és tu que me leva por esse oceano dentro, oceano imenso do teu espírito que se desprende como um fruto maduro ao passar do vento.
E quando as mãos se estenderam a todo o comprimento e teus olhos desceram a toda a sua fundura, tive o sinal que era hora de te abraçar, de te beijar.
Larguei os sonhos porque da realidade se trata, e quando esta viaja por entre dedos da paisagem de lírios, tudo regressa à tranquilidade do teu regaço... como se a estação repleta de comboios que repelem o pulsar do carvão, se inundasse do teu perfume.
Saint-Exupéry disse "...que o amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direcção." Olhamos ambos o mesmo pôr-do-sol.
Trémulo escrevo num ritual sagrado contemplando a apotease dança selvagem do nosso amor, sentimos a respiração cavalgante do nosso desejo e o vibrar intenso do prazer.
Tu és o meu Oceano, vasto, profundo, azul... simplesmente... incomparável.
Regressa do invisível com que te vestes e despe o vermelho que tudo preenche.
No avançado da luz sente-se que o céu é já quase todo azul... e vem o sossego... o silêncio... o momento que de longe nos aparta e nos recorda que o hoje será o amanhã. De novo levanto os olhos, o oceano está tão perto e eis-te presente reunindo em mim o espaço e condensando o tempo que em nós não se faz sentir disperso.
Creio que foi o teu sorriso que agora senti aqui junto a minha face, era um sorriso de luz vibrante, apetece-me entrar nele, tirar a roupa e ficar nú dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, pular entre as ondas e vagas tolas pois a caravela és tu que me leva por esse oceano dentro, oceano imenso do teu espírito que se desprende como um fruto maduro ao passar do vento.
E quando as mãos se estenderam a todo o comprimento e teus olhos desceram a toda a sua fundura, tive o sinal que era hora de te abraçar, de te beijar.
Larguei os sonhos porque da realidade se trata, e quando esta viaja por entre dedos da paisagem de lírios, tudo regressa à tranquilidade do teu regaço... como se a estação repleta de comboios que repelem o pulsar do carvão, se inundasse do teu perfume.
Saint-Exupéry disse "...que o amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direcção." Olhamos ambos o mesmo pôr-do-sol.
Trémulo escrevo num ritual sagrado contemplando a apotease dança selvagem do nosso amor, sentimos a respiração cavalgante do nosso desejo e o vibrar intenso do prazer.
Tu és o meu Oceano, vasto, profundo, azul... simplesmente... incomparável.
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
SINTO
Esta noite espero-te de novo...
Sentir os teus dedos afagarem toda a minha pele,
o relampejar do teu búzio ao acolher a minha torre,
beijar o teus olhos e deitar-me ao teu lado.
Agora tu dormes meu Amor,
enquanto te olho como se possível fosse gravar em minha pele a imagem do teu sono, esse rosto angelical cujos lábios balbuciam o meu nome e sorriem entre sonhos.
Agora, nesse cansaço manso após a entrega do teu extase és minha,
tanto como quando me sentias dentro de ti e gritavas,
neste momento és tão minha como eu sou teu, porque de ambos, formamos apenas Um.
Sentir os teus dedos afagarem toda a minha pele,
o relampejar do teu búzio ao acolher a minha torre,
beijar o teus olhos e deitar-me ao teu lado.
Agora tu dormes meu Amor,
enquanto te olho como se possível fosse gravar em minha pele a imagem do teu sono, esse rosto angelical cujos lábios balbuciam o meu nome e sorriem entre sonhos.
Agora, nesse cansaço manso após a entrega do teu extase és minha,
tanto como quando me sentias dentro de ti e gritavas,
neste momento és tão minha como eu sou teu, porque de ambos, formamos apenas Um.
PORQUÊ?
Abano a cabeça e sinto o mundo a girar, as pessoas baralhadas e os locais trocados. Ajoelho-me perante o tamanho da praia, sendo o teu corpo a areia e ele próprio o início do mar que o continuava... o meu destino... a água salgada. Sinto o beijar das tuas mãos, o afagar dos teus braços, deixo o teus lábios para o fim e contemplo-os à luz da chama que te ilumina os cabelos doirados... beijar-te as mãos, as palpebras e o rosto... brasa quente que tranborda por mais...
Porque corre o meu sangue desenfreado como um louco por entre as minhas veias; porque bate o meu coração forte como o cavalgar de um puro sangue lusitano; porque nasce o dia de Este para Oeste e porque é branca a luz da Lua que ilumina o rosto mais belo que tanto admiro, o teu...
Porque te Amo?
Porque és o meu Norte, iluminas as palavras que se escondem na minha voz, atreves-te a desafiar-me, a provar-me, a dar sentido a tudo aquilo que não faz sentido, porque danças para mim da forma como eu gosto, porque me olhas penetrando no mais íntimo que de mim existe e não ouso sequer me tapar... fazes-me bem, fazes-me sentir bem mesmo quando frágil porque sei-te ali... para mim... porque me completas... o espírito e a carne.
Imagina um gelado de baunilha com pedaços de amor caramelizados a derreterem-se por entre os teus lábios e o prazer imenso dos meus que sobem por entre a pele das tuas coxas!!! Pára... mantém essa sensação... sou eu assim... a cada instante... anseando por um breve momento que seja, partilhar contigo o meu respirar... tu e eu...
Amo-te porque me sinto feliz a fazer-te feliz. Quero dançar para ti e dizer-lo ao ouvido "a noite ainda agora começou..."
Amo-te porque és portadora do sorriso mais belo que alguma vez contemplei... Amo o teus olhos de rubi que brilham sempre que fitam os meus... o teu rosto perfeito, dourado como os teus cabelos sedosos...
Lembro-me dos traços do teu rosto a surgir lá longe, cabelos a vaguear ao sabor de um vento indomável, ali fiquei qual folhas enraizadas com o sorriso das estrelas fitando a liberdade do mar.
Qual arco-íris em círculos de águas profundas e de anseios inundada... iluminas as minhas noites moribundas e me carregas ao teu peito prostada... pelo teu Amor, pelo meu Amor, pelo Nosso Amor que o ateio com archotes acesos pela paixão que nos consome...
Amo-te... simplesmente Amo-te e não existe razão maior do que o próprio Amor... que existe... em Ti... por Ti.
Porque corre o meu sangue desenfreado como um louco por entre as minhas veias; porque bate o meu coração forte como o cavalgar de um puro sangue lusitano; porque nasce o dia de Este para Oeste e porque é branca a luz da Lua que ilumina o rosto mais belo que tanto admiro, o teu...
Porque te Amo?
Porque és o meu Norte, iluminas as palavras que se escondem na minha voz, atreves-te a desafiar-me, a provar-me, a dar sentido a tudo aquilo que não faz sentido, porque danças para mim da forma como eu gosto, porque me olhas penetrando no mais íntimo que de mim existe e não ouso sequer me tapar... fazes-me bem, fazes-me sentir bem mesmo quando frágil porque sei-te ali... para mim... porque me completas... o espírito e a carne.
Imagina um gelado de baunilha com pedaços de amor caramelizados a derreterem-se por entre os teus lábios e o prazer imenso dos meus que sobem por entre a pele das tuas coxas!!! Pára... mantém essa sensação... sou eu assim... a cada instante... anseando por um breve momento que seja, partilhar contigo o meu respirar... tu e eu...
Amo-te porque me sinto feliz a fazer-te feliz. Quero dançar para ti e dizer-lo ao ouvido "a noite ainda agora começou..."
Amo-te porque és portadora do sorriso mais belo que alguma vez contemplei... Amo o teus olhos de rubi que brilham sempre que fitam os meus... o teu rosto perfeito, dourado como os teus cabelos sedosos...
Lembro-me dos traços do teu rosto a surgir lá longe, cabelos a vaguear ao sabor de um vento indomável, ali fiquei qual folhas enraizadas com o sorriso das estrelas fitando a liberdade do mar.
Qual arco-íris em círculos de águas profundas e de anseios inundada... iluminas as minhas noites moribundas e me carregas ao teu peito prostada... pelo teu Amor, pelo meu Amor, pelo Nosso Amor que o ateio com archotes acesos pela paixão que nos consome...
Amo-te... simplesmente Amo-te e não existe razão maior do que o próprio Amor... que existe... em Ti... por Ti.
QUERES NAMORAR?
A noite nasce com todos os seus cheiros.
A humidade no ar cria um manto que me envolve e acaricia a pele.
São estas gotas no ar que me trazem o teu cheiro.
O cheiro da Lua.
Gotas de mil cores que emanam o aroma do elixir da vida.
O néctar da paixão que escorre sempre que a noite e a lua se juntam.
É na noite que os amantes se entregam.
É na noite que a paixão é fiel aos corpos.
É na noite que os desejos se concretizam.
Quando cada estrela é sinal do amor que brota em cada gemido.
Corpos dourados pela luz do fogo, suados, colados, formando um só.
Numa valsa de erotismo e sensualidade.
Este amor é tudo quanto existe debaixo do ceu e para além das estrelas.
O sono e o cansaço desaparecem-me do corpo à medida que a noite avança.
O escuro torna-se claro.
O adormecer torna-se num despertar de sons que surgem por entre as estrelas.
Abro a janela e observo as almas que ocupam os seus espaços no pardo da noite.
É nestas alturas que me apetece fumar. De expirar o fumo para o éter e vê-lo desvanecer-se levando com ele um pouco de mim.
Encosto os antebraços ao ferro da varanda e sinto-o frio e molhado.
Choveu e tenho vontade de ir para a rua assim como estou: nú.
Queria não poder sentir frio ou desconforto e poder não me cruzar com ninguém, poder sentir a lua em toda a sua plenitude, sentir-te aqui, toda só para mim.
A humidade no ar cria um manto que me envolve e acaricia a pele.
São estas gotas no ar que me trazem o teu cheiro.
O cheiro da Lua.
Gotas de mil cores que emanam o aroma do elixir da vida.
O néctar da paixão que escorre sempre que a noite e a lua se juntam.
É na noite que os amantes se entregam.
É na noite que a paixão é fiel aos corpos.
É na noite que os desejos se concretizam.
Quando cada estrela é sinal do amor que brota em cada gemido.
Corpos dourados pela luz do fogo, suados, colados, formando um só.
Numa valsa de erotismo e sensualidade.
Este amor é tudo quanto existe debaixo do ceu e para além das estrelas.
O sono e o cansaço desaparecem-me do corpo à medida que a noite avança.
O escuro torna-se claro.
O adormecer torna-se num despertar de sons que surgem por entre as estrelas.
Abro a janela e observo as almas que ocupam os seus espaços no pardo da noite.
É nestas alturas que me apetece fumar. De expirar o fumo para o éter e vê-lo desvanecer-se levando com ele um pouco de mim.
Encosto os antebraços ao ferro da varanda e sinto-o frio e molhado.
Choveu e tenho vontade de ir para a rua assim como estou: nú.
Queria não poder sentir frio ou desconforto e poder não me cruzar com ninguém, poder sentir a lua em toda a sua plenitude, sentir-te aqui, toda só para mim.
sábado, fevereiro 03, 2007
SALADA DE AMOR
Porque me apeteces...
INGREDIENTES:
4 colheres de sopa de açúcar
1 melão pequeno
4 metades de pêssego em calda
2 ml de natas
canela
1 embalagem pequena de gelado de baunilha
2 merengues comprados feitos
gengibre
PREPARAÇÃO:
Cortar os pêssegos em cubos.
Descascar o melão e cortá-lo em cubos.
Colocar 1 colher de gelado bem cheia no fundo de cada taça.
Colocar os cubos de pêssego e os cubos de melão polvilhados de canela e gengibre.
Repetir as camadas.
Terminar com os merengues desfeitos.
Bater as natas com o açúcar em chantilly.
Decorar ao gosto pelo teu corpo e pelo meu...
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
ESTA NOITE
Meu Amor, vem comigo, esta noite...
Vamos até à praia porque hoje está a nascer Lua cheia, esparramando-se prateada na água que se estende a nós dois... ficaremos com o rosto levemente iluminado por uma luz intrometida.
Contaremos as estrelas... sentiremos juntos a grandeza do Universo... cabelos ao vento, sentiremos o desejo a surgir, a emergir, crescendo com cada onda que nossos corpos quebram, e no embalo do som do mar, beijamo-nos, sentindo a integração com todo o Amor do Universo... entregamo-nos sem reservas, estaremos em sintonia com a natureza, e cúmplice, o mar virá beijar nossos pés.
Ao rolarmos na areia branca e fina, descuidamo-nos e seremos molhados, pelo nosso êxtase, e encharcados pelas espumas das ondas, e rindo alegres, gritaremos que a água é a origem de tudo... e depois, refrescamo-nos nas águas salgadas do oceano e corremos e dançamos pela praia, sentindo a liberdade do mundo... até cair-mos na areia para nos corpos enlaçados, repousarmos e dormir o sono do Amor.
Vamos até à praia porque hoje está a nascer Lua cheia, esparramando-se prateada na água que se estende a nós dois... ficaremos com o rosto levemente iluminado por uma luz intrometida.
Contaremos as estrelas... sentiremos juntos a grandeza do Universo... cabelos ao vento, sentiremos o desejo a surgir, a emergir, crescendo com cada onda que nossos corpos quebram, e no embalo do som do mar, beijamo-nos, sentindo a integração com todo o Amor do Universo... entregamo-nos sem reservas, estaremos em sintonia com a natureza, e cúmplice, o mar virá beijar nossos pés.
Ao rolarmos na areia branca e fina, descuidamo-nos e seremos molhados, pelo nosso êxtase, e encharcados pelas espumas das ondas, e rindo alegres, gritaremos que a água é a origem de tudo... e depois, refrescamo-nos nas águas salgadas do oceano e corremos e dançamos pela praia, sentindo a liberdade do mundo... até cair-mos na areia para nos corpos enlaçados, repousarmos e dormir o sono do Amor.
TRISTEZA
Há uma terra em que as letras contam, são importantes como a água, são a própria água, porque as bebem em goles. Cada palavra é um gole que mata a sede. Há quem as junte num copo e sacie o desejo com várias frases, pequenos textos. Há quem as beba por prazer, e quem se satisfaça simplesmente por molhar os lábios.
Há lagos de letras, rios e mares, salgados ou doces. Uns tiram-nas da torneira, outros compram-nas engarrafadas, ao litro. Há letras em lençóis, debaixo dos nossos pés, e há letras que caem do céu, dispersas como gotas, sem sentido aparente. Aparente ao princípio. Se formos pacientes, veremos como se organizam e tornam coerentes, como se juntam em pequenos regatos com muito para dizer.
Há quem viva só porque as letras aí estão, para serem bebidas. Alguns ganham a vida a juntar as gotas. Alguns são capazes de transformar um orvalho matinal num riacho fresco em pleno verão. Alguns, só alguns, poderão domar um oceano tempestuoso, dar a volta ao mundo numa jangada feita de frases. Porque os homens são feitos de letras, mas não são capazes de se ordenar em palavras. Uns são apenas vogais, definem-se em cinco pancadas, sem sequer mexer a língua. Outros, consoante, se são sofisticados e sem complexos vernaculistas, usam o «capa», o «dabliu» e o «ipselon», ou, os mais apegados à tradição, que tanto se lêem com «cê» de cão, como com «cê» de sapato. E ainda os que se atrevem a misturar os estilos, a fazer sentido, a tentar descodificar os homens, a dar vida às letras, para que as possam beber.
Há uma terra em que as letras contam, porque são necessárias como o ar, são contadas, são gente, porque as respeitam. Cada palavra é um membro com veias e sangue. Há quem as junte num corpo e as veja crescer e ser pessoa. Pessoas. Há quem tenha orgulho nas palavras que escolhe para o corpo, e quem se contente com duas pernas, dois braços, um par de calças e uma camisola para os cobrir. Há quem seja letra, e quem queira ter letra.
Há vezes em que fechamos os olhos e o negro são letras. Outras há em que os sonhos são palavras, e, quando acordamos, de olhos bem abertos, a realidade são letras. Porque o sonho é possível, como a fábula é possível, por palavras, no escuro. Porque a realidade é inevitável, como os homens são inevitáveis, letras dispersas, na claridade.
Há uma terra em que o escuro e a claridade são um só, pois as letras são água e ar. Em que o sonho e os homens são palavras, porque um é aquilo que os outros querem, e as letras são o elo.
Nesta terra nunca ninguém morreu de sede. Nesta terra respira-se ar fresco.
Pois se cada página é um rio cada linha é uma brisa.
Hoje perdi um dos melhores amigos do Homem. O meu Dalmata morreu, por velhice, por doença, e inocentemente qual criança acreditava ser possível evitar o inevitável... até ao último instante... busco o consolo e o colo em ti... fazes-me bem... e mesmo ausente fisicamente sinto neste instante o teu abraço, o teu afago das lágrimas que brotam do canto dos meus olhos. Sei-te aqui neste instante e fazes-me bem...
Há lagos de letras, rios e mares, salgados ou doces. Uns tiram-nas da torneira, outros compram-nas engarrafadas, ao litro. Há letras em lençóis, debaixo dos nossos pés, e há letras que caem do céu, dispersas como gotas, sem sentido aparente. Aparente ao princípio. Se formos pacientes, veremos como se organizam e tornam coerentes, como se juntam em pequenos regatos com muito para dizer.
Há quem viva só porque as letras aí estão, para serem bebidas. Alguns ganham a vida a juntar as gotas. Alguns são capazes de transformar um orvalho matinal num riacho fresco em pleno verão. Alguns, só alguns, poderão domar um oceano tempestuoso, dar a volta ao mundo numa jangada feita de frases. Porque os homens são feitos de letras, mas não são capazes de se ordenar em palavras. Uns são apenas vogais, definem-se em cinco pancadas, sem sequer mexer a língua. Outros, consoante, se são sofisticados e sem complexos vernaculistas, usam o «capa», o «dabliu» e o «ipselon», ou, os mais apegados à tradição, que tanto se lêem com «cê» de cão, como com «cê» de sapato. E ainda os que se atrevem a misturar os estilos, a fazer sentido, a tentar descodificar os homens, a dar vida às letras, para que as possam beber.
Há uma terra em que as letras contam, porque são necessárias como o ar, são contadas, são gente, porque as respeitam. Cada palavra é um membro com veias e sangue. Há quem as junte num corpo e as veja crescer e ser pessoa. Pessoas. Há quem tenha orgulho nas palavras que escolhe para o corpo, e quem se contente com duas pernas, dois braços, um par de calças e uma camisola para os cobrir. Há quem seja letra, e quem queira ter letra.
Há vezes em que fechamos os olhos e o negro são letras. Outras há em que os sonhos são palavras, e, quando acordamos, de olhos bem abertos, a realidade são letras. Porque o sonho é possível, como a fábula é possível, por palavras, no escuro. Porque a realidade é inevitável, como os homens são inevitáveis, letras dispersas, na claridade.
Há uma terra em que o escuro e a claridade são um só, pois as letras são água e ar. Em que o sonho e os homens são palavras, porque um é aquilo que os outros querem, e as letras são o elo.
Nesta terra nunca ninguém morreu de sede. Nesta terra respira-se ar fresco.
Pois se cada página é um rio cada linha é uma brisa.
Hoje perdi um dos melhores amigos do Homem. O meu Dalmata morreu, por velhice, por doença, e inocentemente qual criança acreditava ser possível evitar o inevitável... até ao último instante... busco o consolo e o colo em ti... fazes-me bem... e mesmo ausente fisicamente sinto neste instante o teu abraço, o teu afago das lágrimas que brotam do canto dos meus olhos. Sei-te aqui neste instante e fazes-me bem...
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
UM SIMPLES PASSEIO
Os passeios à noite são sempre feitos a dois.
Gostam de passear de mão dada, brincando com os dedos enquanto conversam.
A lua segue atenta cada passo que dão.
Sempre se sentam naquele mesmo lugar.
Aquela fonte foi onde tocaram os olhos e os lábios pela primeira vez. Foi onde se conheceram.
Ali ficam contemplando a frescura da água enquanto trocam palavras, carícias e sorrisos.
Desde que o tempo aqueceu tem sido assim todos os dias.
Sentados junto áquela fonte, a noite ia já longa, não se ouvindo na rua qualquer som a não ser o da água dos vários repuxos que faziam da fonte um dos mais belos locais daquela pacata cidade.
Ela deita o corpo colocando a cabeça no colo dele.
Descalça as sandálias deixando cair um dos pés para dentro de água.
O frio da água e da pedra onde está deitada arrepia-lhe a pele. O leve vestido que trazia no corpo deixa transparecer os mamilos que apertam o tecido.
Ele sente desejo de lhe tocar. Ela segura-lhe numa das mãos e leva-a junto ao peito para que ele sinta o quanto ela o deseja.
"Faz amor comigo", diz-lhe, enquanto entra na fonte.
Com água ligeiramente acima do joelho, os cabelos ondulados caídos sobre os ombros, a imagem que transmite é a da Iemanjá.
Sem se despir ele entra naquela água e sente um desejo incontrolável de possuir aquela mulher que para ele simboliza tudo.
Abraçam-se forte, as mãos tocam com veemência os corpos enquanto as línguas se trocam sofregamente.
Durante aquele longo e excitante beijo, da fonte explodem os vários repuxos tornando-se parceiros naquele cenário, envolvendo-os como uma cortina que os isola do mundo.
Saem daquele lugar para se refugiarem numa das ruas adjacentes e é de pé que esgotam o desejo e as forças, fazendo da brancura da parede de uma das casas lençol.
Ela grita e geme. Ele beija-a para esconder o som do extase.
A banda sonora daquele momento eram os jorros da água dos repuxos.
Gostam de passear de mão dada, brincando com os dedos enquanto conversam.
A lua segue atenta cada passo que dão.
Sempre se sentam naquele mesmo lugar.
Aquela fonte foi onde tocaram os olhos e os lábios pela primeira vez. Foi onde se conheceram.
Ali ficam contemplando a frescura da água enquanto trocam palavras, carícias e sorrisos.
Desde que o tempo aqueceu tem sido assim todos os dias.
Sentados junto áquela fonte, a noite ia já longa, não se ouvindo na rua qualquer som a não ser o da água dos vários repuxos que faziam da fonte um dos mais belos locais daquela pacata cidade.
Ela deita o corpo colocando a cabeça no colo dele.
Descalça as sandálias deixando cair um dos pés para dentro de água.
O frio da água e da pedra onde está deitada arrepia-lhe a pele. O leve vestido que trazia no corpo deixa transparecer os mamilos que apertam o tecido.
Ele sente desejo de lhe tocar. Ela segura-lhe numa das mãos e leva-a junto ao peito para que ele sinta o quanto ela o deseja.
"Faz amor comigo", diz-lhe, enquanto entra na fonte.
Com água ligeiramente acima do joelho, os cabelos ondulados caídos sobre os ombros, a imagem que transmite é a da Iemanjá.
Sem se despir ele entra naquela água e sente um desejo incontrolável de possuir aquela mulher que para ele simboliza tudo.
Abraçam-se forte, as mãos tocam com veemência os corpos enquanto as línguas se trocam sofregamente.
Durante aquele longo e excitante beijo, da fonte explodem os vários repuxos tornando-se parceiros naquele cenário, envolvendo-os como uma cortina que os isola do mundo.
Saem daquele lugar para se refugiarem numa das ruas adjacentes e é de pé que esgotam o desejo e as forças, fazendo da brancura da parede de uma das casas lençol.
Ela grita e geme. Ele beija-a para esconder o som do extase.
A banda sonora daquele momento eram os jorros da água dos repuxos.
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