- Vens cá dormir?
- Vou.
Ainda bem... gosto de te ter perto de mim.
Os cabelos, ainda húmidos, caem-te pelas costas desalinhados. A pele é seda. A lingerie é da cor de um fogo escuro mergulhado em rendas. Colocaste o cinto de ligas, a camisa que, transparente, que me provoca o desejo.
O relógio, teimoso, recusa-se a acelerar o tempo. E eu já sinto as mãos que palmeiam o corpo, a pele em desnudo. Já sinto o peito colado ao meu. Os teus cabelos entre os dedos que os puxam. As unhas cravadas na pele das minhas costas.
Toco-te a pele suada, escorregadia
O sabor do teu sexo, entumescido
Ouço o teu gemer baixinho
O teu cheiro em mim
E vejo-te numa dança do prazer do corpo. Eu num movimento vagaroso a entrar em ti...
E tudo fica tão longe quando amanhece e te vejo adormecida ao meu lado. Provando no silêncio, na luz do dia, que passaste a barreira do sonho...
Não te demores.
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