domingo, dezembro 09, 2007

O MEU DELÍRIO

Quero vencer todas as barreiras...
Ventos que sopram que te desnudem
Lancem-me no profundo abismo
Que é o meu desejo infinito.
Sou fome de boca aberta
A mastigar os silêncios da noite
Despertando, aos gritos,
O meu corpo adormecido.
Tenho a alma em grande sede
Que mergulha no lago fundo
Do suor que me brota da pele
Em busca do divino prazer.
Ardo em fogo.
Fecho os olhos...
As mãos são labaredas que dedilham
Harpas em catedrais de deuses,
Onde, nus, vagam os meus sonhos,
De uns braços atando-me como corda
A um corpo rijo como rocha,
E sua voz forte como a da águia,
Grito ao universo, a sua vitória,
Ao dominar sob a luminária
Que pende do teto da alcova,
Este leão que uiva na cova
Em explosões de muito amor...
Anseio por te ter,
Por de novo te encontrar.

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