quinta-feira, agosto 23, 2007
DEIXAS-ME NU
O amor começa quando os olhos se ruborizam por dançarem nús.
Amar-te é estar no fio da navalha que me faz a barba pela manhã e beijar-te como se fosse sempre a primeira vez, imaginar ao que cheiras agora quando acordas. Calçar os teus chinelos e fingir que andas por aqui. Pegar no telemóvel, ler mensagens de amor e acreditar que foi hoje que as recebi. Amar-te é assim, ser penhasco vulnerável apanhado numa emboscada e da verticalidade, enfrentar no momento certo, como um cirurgião, a saudade que me agarra.
Tenho sempre um motivo para elevar o pesçoco, o queixo e o olhar, sempre que estou só comigo, entre o meu céu e eu, até ficar acima das nuvens e encontrar-te por lá.
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