terça-feira, agosto 14, 2007
ADÃO! COSTELA OU MASTURBAÇÃO?
Deus faz-me espécie. Tenho mesmo as minhas dúvidas se terá criado a Mulher a partir de uma costela de Adão – o nosso Interno Masculino. Essa história cheira-me a esturro. Deve estar mal contada. Aliás, tenho a sensação de que todas as histórias do Antigo Testamento estão mal contadas. Estou convencido de que o processo de criação de um ser humano envolve outras partes do corpo – a mim nunca ninguém me falou da costela! E ainda bem. Não deve ser fácil para um homem pensar que está com dores de parto quando na realidade só tem uma dor nas costas.Segundo se conta, Adão esteve muito tempo sozinho no Paraíso. Uma situação difícil quando se é jovem e não há nada de especial para fazer a não ser passear-se pelo jardim. Em alguma altura da vida o homem deve ter reparado no Externo Masculino entre as pernas. Nem que seja para combater o tédio.As Escrituras não mencionam o episódio, mas estou convencido de que Adão acabou por fazer aquilo que os médicos hoje designam por auto-manipulação genital. E soube-lhe bem.A masturbação é um acto mais saudável do que arrancar uma costela a um pobre desgraçado. E a masturbação, fora algumas excepções, implica a criação de uma mulher, real ou imaginária. Terá sido assim que se passou? Será que a Mulher nasceu do desejo de Adão em tornar-se Homem por completo? Se foi, até faz sentido. Faz mais sentido que o raio da costela! Criar a mulher a partir do acto da masturbação masculina é a mesma coisa que dizer que o Homem só descobriu o fogo porque as mulheres atearam as chamas. A coisa fica ela por ela. Ou ele por ela, ou ela por ele. Tanto faz. Não devia dizer isto, mas tanto faz.A história da costela é que me custa a engolir. Porquê dizer que criaste a Mulher a partir de uma costela, meu Deus? Por vergonha? Timidez? Pudor? Porque não escolheste um órgão mais convincente como, por exemplo, o cérebro? Se tivesse sido revelado à Humanidade que a Mulher fora concebida a partir do cérebro do Homem, ter-se-iam poupado muitas chatices (e soutiens queimados). É inacreditável como as mulheres ultrapassaram o divino estigma da costela.
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