Despertas em mim esse lado feroz, de rugido solitário, ecoando na paisagem da vida, animal solto ao vento e ofereço-te, em marcas de dentes e sangue na pele amada, esse sentimento vivo de desejo, uivo animal na calada da noite.
E vens, e és toda tu, instinto que me cheira, que me roça, que me fixa, olhar terno e atacante. E eu confio na ternura selvagem desse olhar... animal que és e em que me transformas... também eu doçura, também eu ternura.
Também tu selvagem para mim. E vou, sigo, sigo-te, vontade que me transcende, vontade que me é, que sou eu.
E quem sou? Talvez e apenas a tua própria vontade. Risco de unha no pulsar das sensações, dentes afilados e doces que me arrastam para a toca das tuas quimeras.
2 comentários:
Mais do que a minha própria vontade és o conjunto de acções, reacções, sentimentos, vontades patentes em ti. És a ternura, o carinho, a paixão, o desejo que sempre estiverem em ti talvez adormecidos, entorpecidos mas mor o teu lado feroz, felino sempre existiu apenas não tinhas noção que ele estava lá ou optaste por razões que apenas a ti interessam, por o ignorar ou camuflar…solta-o, solta-te que eu amo, adoro que o demonstres em mim.
Amo-te
Beijo
Kicas
Adorei as poesias, pois sou poeta tbm. Não com o mesmo desprendimento... Costumo dizer que sou uma amadora, mas sou entesa naquilo que escrevo. E vc é brilhante!
Abraço!
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