quarta-feira, janeiro 31, 2007

PROVAR-TE

Estou a sentir uma vontade louca de beijar a tua boca, com fome, com gula, com fúria, com desejo, percorrer tua língua com o toque suave da minha... e entre o descanso merecido, após o frenesim com que nos amamos, cio brotando, apenas macho e fêmea, somos novamente Homem e Mulher.
Eu me aninho no teu peito, formato exacto da curva do meu queixo, e novamente te inalo, te trago, te mordo, te engulo, faço-te estremecer, nas mãos, na boca e no calor do meu corpo sem roupa... eu me encontro encontrando-te, nos movimentos ritmicos, sincronizados, de nossos corpos suados, explodindo em fagulhas siderais, e outra vez descanso, no teu sexo, e sinto o teu gosto, o teu aroma e através de um novo beijo, teu calor reascendente no desejo me trazes para dentro de ti, me tomas apressado, e mergulhas em meu corpo ardendo de tesão.
Ah como é bom te tocar, te Amar, te amassar, te gostar o tempo inteiro, te provar e quanto mais te possuo, mais te quero quanto mais me dou, mais quero dar...
Quero sentir o palpitar do teu coração por mim, sem pudor, sem proibições... envolvo-te em meus carinhos mil, cada beijo cada partícula do teu corpo, corpo que venero, que quero, que almejo colado ao meu.
Impossível ficar sem te beijar, sentir o teu pescoço, dar mordidas de paixão, num misto de alucinações!
Minhas mãos agora descem, para sentir os teus seios, tua barriga, sentir-te respirar, parando no teu sexo, sentindo o latejar da tua paixão por mim, sentindo a vontade de me possuires por completo.
Quero-te fazer sentir minha boca, meus lábios, minha lingua para te fazer chegar ao extremo das nossas loucuras de amor.
Mordo-te de prazer! Oiço os teus gemidos! Que me acalentam e fazem crescer a vontade de te ter.
Não consigo me controlar, tu também não... deixa as marcas das tuas unhas nas minhas costas, agarra-te ao meu peito recebendo de ti o néctar dos Deuses no mais profundo Eu.

terça-feira, janeiro 30, 2007

AO AMANHECER

Louca vontade de amar-te inteira, desejo louco de beijar-te sempre, loucura ardente desse teu gosto, ansiedade que me faz gritar, volúpia doce, latejante sexo, sensual, quero possuir-te.
Inebriado em tua pele quero-te deliciar, embriagar em teu sexo, erótica. Deliciar-me em teus seios, maliciosa fonte de prazer que desperta a tua fome em te fundires em mim, libidinosa forma de despertar e multiplicar o êxtase até deixar-te saciada e cada vez mais alucinada no erotismo deste nosso Amar.
Toca-me... Quero tuas mãos acariciando o meu corpo como eu acaricio o teu. Tua boca sentindo minha respiração cada vez mais ofegante nesse beijo avassalador que te provoca suave calor, enquanto nossos corpos suados se roçam, se tocam em movimentos sem pudor, se entregam com energia selvagem fazendo-te gemer de prazer, carinho e Amor.
Faço de ti Mulher saciando tuas fantasias, teus desejos, tuas loucuras partilhadas com as minhas... num gozo de enlouquecer, desvendando teus segredos... até que o teu êxtase se mistura no meu... assim te beijo, com um carícia e o abraço de desejo.

SABOREAR-TE

Preparo-te com amor, em fogo brando e tempero-te com o leve e doce sabor dos meus lábios.
Cubro-te com molho rubro da paixão que consome nossos corpos e nos levam à loucura dos sentidos e sensações.
Saboreio-te aos poucos, acrescento um pouco mais de camomila e o teu aroma adocicado de mulher se enaltece ao meu olfacto.
Visto-te o pijama de seda e antes que entendas o que te acontece, derramo em ti o puro nectar da minha boca sôfrega e encosto em ti os lábios sem morder.
O desnudar dos mistérios húmidos a percorrer o teu corpo soletrando sensações em uníssono, a flor orvalhada do teu desejo.
Devoras-me como queres, sentes o gosto da minha carne, do meu sopro de vida que inspira por ti o desejo de te saborear e de te Amar.
Faminta sacias as contracções colossais e preencho-te o espírito e a textura suave do teu corpo.
Saborear-te assim é uma arte... dos sentidos... do desejo... da loucura apaixonada que geme e uiva pelo fogo que nos aquece o Amor e nos invade, mergulha em ápices do êxtase do nosso prazer.

domingo, janeiro 28, 2007

SEM TÍTULO







Hoje sinto-me assim...
perdido na vastidão desse Universo que és tu,
alimentando-me do fogo que me aquece sempre que recordo o sabor da tua boca, o cheiro do toque do teu corpo no meu.

Sinto-me assim... a recordar-te em ensaios de desejos e paixão... em sentimentos revirados de saudades...

sábado, janeiro 27, 2007

REENCONTRO

As palavras atropelam-se, não consigo escrever à velocidade que as sinto e, entretanto, elas fogem!...
É difícil pôr a alma a nu, abrir as entranhas, rasgar as barreiras da linguagem e assim, desnudar o coração, deixando brotar os sentimentos!...
O nosso reencontro...
Fecho os olhos e ainda te vejo... não dá para esquecer aquele momento em que o teu corpo se uniu ao meu num bailado celestial, tua essência se encontrou e se misturou na saliva dos nossos beijos.
O Amor apenas conhece a humildade, não encontra nele outra consciência que não a de se entregar sem pudor, num precipício revolto em sensações.
O Amor questiona o seu amado "Amas mais a ti do que Amas a mim?" - o amado responde "Eu morri sobre mim mesmo e vivo para ti. Desapareci de mim mesmo e dos meus atributos... estou presente apenas para ti... esqueci tudo o que aprendi, mas agora e em ti transformei-me no estudante e professor... perdi toda a minha força, mas do teu poder... Renasci. Amo a minha imagem, a minha essência... Amo-te mais ainda"
O meu coração batia no mesmo compasso do teu... sintonia... harmonia...
O teu corpo é como uma chama, é quente e imana força. As tuas mãos inspiram a confiança que não consigo alcançar na escuridão. Irradias. Irradias como o quente sol. Tal como a vida dele precisa, eu de ti preciso.
Reencontro dos olhos desmaiados, os teus e os meus... eles são tudo... reflexos do interior e exterior... espelhos da imensidade das emoções, reveladores da sedução e da paixão imersa que nos inundou no nosso reencontro.
Toquei-te como a lua aveludada acarinha a paixão e amortece o som cavado e longínquo da sinceridade dos nossos corações. Respiramos aquela luz de anemona, aquele sol-feitiço que reveste a noite. Dominas os meus pensamentos, palavras e actos. O dia dobrou-se sobre nós, a brisa entrava pelas janelas cobrindo os nossos corpos, os pássaros soaram na escuridão do exterior que para nós se mostrava indiferente.
As mãos tocaram-se... os lábios uniram-se... as línguas húmidas, quentes, esfomeadas por sentirem o consolo que ansiavam na união perfeita e satisfatória, o à-vontade, a cumplicidade... os cheiros... o teu cheiro!
Entre os teus lábios é que a loucura acode, desce pela garganta e queima-me o interior. No teu peito é que o pólen do fogo se junta à nascente da minha vontade em te sentir em mim. Nos teus flancos é que a fonte começa a ser rio de abelhas, o ressoar do Leão. Da cintura aos joelhos é que a areia queima, o sol é secreto e o cego encontra o silêncio. No teu sexo, lábios enrubescidos pelo toque dos meus dedos, tua pele colada à roupa molhada pela contemplação do teu prazer pela intensidade trémula da minha mão.
Iluminamos o rosto com um sorriso e um olhar tímido de descoberta de principiantes e abraçamo-nos, sentimo-nos refúgio um do outro.
O teu toque em mim... às dentadas sentiste-me e saboreaste em ti o sabor da minha boca entre a mistura da bolacha quente e as natas frias de um gelado primaveril. Os lábios tornaram-se mais avermelhados... os teus e os meus. A língua tornou-se a mente que comandava o teu corpo no meu e o meu no teu.
Durante aqueles minutos só os sentidos existiram.
Frente a frente, olhos entre-abertos, cerrados, inalando o mesmo ar numa troca incessante, nossas bocas trilharam caminhos como labaredas rubras.
As coxas, o ventre, as pernas... vagas de um mar revolto. A água salgada da carne forma gotas que se misturam no toque da tua mão no meu desejo... arrojado... cume rijo do meu sexo, fruto gerado da paixão imensurável do sumo do desejo consumida sobre ela mesmo sem forma ou espaço de extinção.
Sentiste-me tal como eu te senti em mim... a forma do teu corpo... do meu... os teus seios, rijos... o meu peito desnudado à tua mercê...
Sentia o desejo de te desnudar completamente, segurar tuas coxas entreabertas à minha mercê e ajoealhado te fazer sentir tudo aquilo que nunca sentiste dentro de ti. Durante aqueles longos e excitantes beijos, explodimos sem restrições e amarras e duas almas se fundiram em um Amor profundo e apaixanado.
O teu cheiro de mulher... os teus gemidos e os meus... razões e motivos da loucura que escondia o som do extase. Os beijos, a língua arrepiada e coberta de um leve vestido de seda, os olhos imersos num oceano de ternura e vontade de desejo em agarrar e consumir, possuir, a pele brilhante com uma ligeira oleosidade provocada pelo suor do desejo, as mãos que procuravam o intocável, as pernas que se misturavam, os corpos que dançavam entre ambos e tal como o ferro se retorciam ao mais suave toque da nossa paixão, os sexos, o meu que o sentiste em tua mão e o percorreste com a perfeição da magia da noite e me carregaste às portas do prazer, o teu que o saboreei entre dedos que vibravam a cada batida do teu coração e sentiam o quanto húmida e carregada de fardos de desejo encapuçados de mandarins e bailarinas em bicos de pés.
O nosso Reencontro... a separação seguinte... ainda te cheiro, te sinto em mim... ainda te saboreio na minha boca, nos meus lábios que os ferro neste instante na vontade de sentir os teus, imito no bater destas teclas o meu toque nos teus cabelos, na tua pele, no teu corpo...
Amo-te mais do que alguma vez palavras poderão descrever.
Quero-te afogada neste Oceano que é o meu Amor e a torrente em turbilhão que é o Desejo de te ter. Desejo-te mais do que a água que o meu corpo necessita para sobreviver.
O mar, este Amor, sem forma, simplesmente incomparável.
Quero abrir esse portão do teu Amor e penetrar em ti profundamente.
Tenho-te em mim, tenho-te entre as veias e a minha pele, no reflexo de cor em cada gota de suor, tenho-te em cada célula, tenho-te nas ondas do meu corpo, como marinheiro na praia-mar.
Tenho-te em mim,
para mim,
comigo,
Sempre...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

SUSURRO


É tarde e onde estás?

Faz-se o silêncio e em que pensas?

Chega o vento frio e o que te aquece?

Pinta-se de escuro o céu e em que sonhas?

Põe-se a noite triste e o que te anima?

Eu aqui…

É em ti que penso!

É a tua memória que me agasalha!

É com o teu beijo que sonho!

É o nosso reencontro que me alegra!

E é contigo que estou!

Não sentes?

Cheguei até ti com a ligeireza de uma brisa de Outono!

E tudo tanto, somente para sussurrar que te amo!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

NESTE INSTANTE

...estou novamente com o silêncio, esse velho companheiro…

Faz-me sentir perto, tão perto de ti e pensar em tudo o que somos.

Palavras que podíamos nunca ter dito, mas dissemos.

Tanto que poderia nunca ter acontecido mas aconteceu…. Gestos, murmúrios, silêncios que pertenciam à imaginação e não à realidade.

E tanto, imensamente tanto, tanto já aconteceu.

Que são estas memórias serenas, estas ideias peregrinas que nas noites frias me aquecem e apaziguam a alma senão a chama desta vontade e deste querer de te amar e de te ter?

GOTAS

Em pensamentos refugio-me no nosso mundo, é para lá que fujo quando a saudade chega, é nesse mundo que respiro e me refaço.

Tão forte é o pensamento que sinto ser possível abraçar-te em silêncio como a brisa que me acaricia.

Penso… penso em ti e invade-me uma vontade imensa de sair correndo nesta noite de chuva levando-te comigo pela mão.

Ah! Havia então de ver, as gotas desse céu desfeito em água, deslizando-te pela face!

A ESPREITA

No rosto um sorriso, nas mãos um poema, nos olhos uma lágrima, na mente uma lembrança e no coração um amor.

Assim como o vento toca o mar fazendo subir tão altas ondas, dificultando a navegação, ora o navio vai para lá, ora para cá, mas mesmo assim segue em frente. Da mesma forma é o sopro do destino nas nossas vidas, há horas em que pensamos estar tão bem, nessa altura começa a aparecer ondas para nos fazer desistir e nesses momentos vemos somente que o amor no coração e a lembrança na nossa mente são a razão de ainda termos forças para caminharmos, com esperança que depois da tempestade vem a calmaria, conseguimos então alcançar o nosso alvo que é reencontrar a felicidade.

Depois de tudo isso, abrimos as janelas e olhamos para trás e nos sentimos orgulhosos por termos vencido mais um obstáculo. Ao olharmos para a frente percebemos que valeu a pena. Por essa felicidade somos capazes de tudo, ainda mais se eu for capaz de ouvir vozes dando-me forças para prosseguir.

A vitória só é completa quando dividimos as nossas conquistas com as pessoas que gostamos. Por isso estou aqui, para sonhar. O tempo na sua infinita certeza mostra-nos o caminho certo para trilhar. Eu sou alguém que te deseja fazer sorrir.
Estou sempre em ti…
Ainda que pressuponhas que a distância e a ausência que muitas vezes nos aparta levam de mim o aroma de tudo o que já partilhámos.
Ainda que penses que as minhas mãos em certos momentos ensaiam acenos e despedidas… continuo aqui, serenamente, à tua espera.
Ainda que, não estando tu sempre presente, consigo sentir o doce sussurro da tua voz a cada madrugada, lembrando-me que sempre fui teu, mesmo antes de te amar.
E na soma de todas as minhas certezas, sei que o teu caminho é aquele que te leva sempre ao meu Amor.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

QUERO-TE

Para que tenhas em mim todas as sensações de pleno prazer. Vivendo fantasias, desejos sem que nada nos possa deter. Quero-te! Para que mergulhes nos meus poços de amor, águas cálidas que acalentam o teu fogo e que despertam os meus sentidos que nos fazem tremer. Quero-te meu amor! Para mergulhares no meu olhar e descobrires a minha alma que agora te chama. Quero que acaricies o meu coração e compreendas que te amo. Quero-te meu amor! Para que encontres em mim a cumplicidade, o carinho o motivo para sonhar, para sorrir, um porto de abrigo, mil coisas sem fim.

Quero-te! Para que me envolvas nos teus braços, me beijes com lábios molhados do nosso sabor, que imploram em sussurros que eu sacie as tuas vontades e te faça feliz. Quero-te! Para que me sintas incansável ao me entregar, em te possuir, fazendo-nos acreditar que sempre nos desejaremos cada vez mais, mas também te quero meu amor, para poder convencer-te, que não existo apenas nas palavras e num corpo. Tenho alma, pura apaixonada que permeia estrelas, se inspira na Lua, encanta-se com o mar e se ilumina ao sol. Quero-te meu amor! Para pegar nas tuas mãos e percorrermos caminhos, consolando-te nas tristezas, compartilhando alegrias e nos divertindo como seres enamorados, que observam com olhos de amor, que na noite procuram estrelas e de dia saúdam o sol e a luz. Quero-te meu amor! Para juntos respirarmos o perfume das flores.

Quero-te! Para juntos exalarmos o nosso cheiro de amor. Quero-te! Para juntos idealizar-mos os nossos sonhos atendendo ao coração. Quero-te meu amor! Para juntos realizarmos fantasias e envolver-nos em sedução. Quero-te meu amor! Para juntos tentarmos superar o que nos aflige. Para buscarmos lado – a – lado a serenidade de que precisamos. Quero-te! Para te pertencer de corpo e alma, entregar o meu coração, o meu corpo, a minha alma... as minhas palavras!

terça-feira, janeiro 23, 2007

PERFUME DE AMOR

Desencantaste-me num bosque qualquer onde me tinha perdido.

Toquei-te no rosto e as tuas pétalas abriram-se em novos tons.

As raízes ganharam vida e foram passear comigo pelos prados, debruçando-se sobre riachos para beberem dos meus olhos a seiva e viajarem num tronco forte que subia sempre mais alto.

Ficámos juntos enquanto o mundo se movia e era entre nós que a terra se destapava, abraçando o nosso jardim.

- Nunca duvidei do poder das cores num canteiro de flores.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

ARDE COMO FOGO

Quero te possuir até me sentires completamente em ti, minha alma a tocar na tua… deixar-te impregnada com o meu corpo, os meus beijos, a minha língua húmida e sedosa a passear-se nos teus seios, sentir o teu corpo gemer em todos os sentidos e direcções… fazer-te gritar de excitação ao ponto de nem sentires a tua própria respiração…
Confesso nunca ter desejado tanto uma Mulher como agora te desejo… quero me completar em ti, e fazer-te sentir… una com o teu corpo, com o meu, quero fazer amor contigo pelo amanhecer até ao anoitecer… e de madrugada, embalar-te no mundo dos sonhos e abraçar-te completamente.
Hoje imaginei-me entrar em teu quarto… Deitada ainda nos suaves lencois que realçavam as formas suaves do teu corpo.
Não falávamos… apenas nos olhávamos nos olhos um do outro.
Entrei… bati a porta… deitei-me ao teu lado.
Minha mão passeava pelo teu rosto, pelo teu pescoço.
Aproximei-me… bem pertinho de ti.
Sentia teus lábios no meu pescoço… e tu os meus na tua face.
Beijei-te… descontroladamente cedeste-me os teus lábios… húmidos.
Minha língua cedeu e tocou na tua.
Gemeste... longo e profundo... minha mão percorria teu corpo, passeando-se pelo cume dos teus seios agora denunciando o quanto excitada estavas.
Demorei-me no beijo enquanto me enlaçavas com uma das tuas pernas na minha cintura... sentias certamente o quanto te desejava naquele momento.
Minha mão escorregou para o teu ventre... toquei-te... estremeceste completamente.
Peguei em ti, frente a frente passaste os teus braços pelo meu pescoço e enroscaste-te completamente com tuas pernas na minha cintura.
Deitada na cama, não me largavas, voltei a beijar-te... sentia o teu cheiro empregnado em mim... sentes o meu perfume?
Deixei de procurar os teus lábios agora que se mordiam de êxtase, procurei teus seios desnudados pela minha mão que te retirava cada peça de roupa, perdi-me totalmente, em beijos, meus lábios sedentos, húmidos sentiam os teus seios rijos, ansiosos por serem tocados, teu suor começava a cair, e com a minha língua ainda nos teus seios procurava oferecer-te tudo aquilo que anseias por sentir...
Tremias, tuas pernas abriram-se.
Voltei a tocar-te, estás humida, teu corpo reagiu ao meu toque e tu contorceste-te completamente… minha boca deslizava suavemente em beijos pela tua barriga… pelo teu umbigo… até que… soltaste um grito… de prazer…
Sim… sentias meus lábios no mais intimo do teu ser… e percorria-o completamente…
Minha língua quente procurava ansiosamente por cada gemido teu… viraste-te mas mesmo assim no teu desespero não parei… continuei a saborear-te completamente…
Toquei-te com os meus dedos… gemeste… ahhhhhhh como agora te sentia húmida…
Agarrei-te… sabias-me excitado… agarraste-me… beijaste-me… ansiosa por sentires mais de mim em ti…
Peguei-te… sentei o teu corpo no meu…
Sentiste-me a entrar dentro de ti… a penetração foi longa e demorada para saboreares cada momento desse 1º instante.
Soltaste um gemido longo e grave… senti-te mais ainda em mim… escorrias completamente…
Suavemente a cada movimento… investia no teu corpo como o som da balada que ouvias... agarraste-me forte como se fosses ter um orgasmo… na realidade… apenas me desejavas mais ainda…
Virei-te… deitei todo o teu corpo para os lençóis… meus braços agarravam tuas nádegas agora desnudas para meu regalo…
Parei por instantes e beijei o teu corpo de novo…
Subi-te de novo para o meu colo… voltei a penetrar-te agora mais vigorosamente… agarraste-te as minhas pernas como se tivesses medo de voar…
Cada vez mais com maior intensidade…
Tremias, gritavas, gemias… teu corpo não sabia o que fazer…
Acariciava ou teus teus com a minha boca enquanto em cada movimento me fundia cada vez mais em ti…
No nosso ventre jazia um lago do teu êxtase…
Estavas húmida completamente como nunca estiveste ate então e adoravas cada instante em que me perdia em ti…
Agarraste-me forte nos ombros.
Soltaste um suspiro infernal e senti o teu orgasmos profundo em mim… nesse instante não parei… continuei com todo o meu vigor enquanto me imploravas para parar… sabendo tu que me desejavas mais ainda.
Deitei-te na cama de novo e agarrado as tuas pernas te ofereci tudo aquilo que tenho para te dar.
Voltaste a gritar… sentias-me totalmente dentro de ti e não paravas de gemer, tremer… teu corpo em espasmos longos e cada vez mais compridos… no tempo…
Senti-te de novo… entraste em erupção e de novo o teu orgasmo percorreu o meu corpo.
Parei por instantes para me perder com os meus lábios no fruto que me oferecias… senti-te totalmente em mim… teu corpo não era mais teu… não tinhas controlo algum pelos espasmos e gritos que soltavas de dentro de ti.
Voltei a agarrar-te… forte pela cintura e penetrei no mais intimo de ti de novo.
Agora com vigor… a batida que sentias não era da musica… era sim do teu corpo no meu.
Agarraste-me forte.
Ambos sentimos o orgasmo um do outro naquele instante.
Agarrei-te… forte.
Beijei os teus lábios e deixei teu corpo acalmar nas minhas mãos.
Olhavas-me nos olhos como um anjo caído do céu.
Beijamo-nos...

domingo, janeiro 21, 2007

SERA DESTA?
















52 horas 27m 35 segundos sem saber qual o sabor daquele cigarro maldito.

Quero tanto que seja de vez para poder gritar "finalmente!!!"

RENASCER

A fénix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do Sol nascente, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causava em outros animais, chegava a provocar a morte deles. Sentiam-se possuídos pela inveja.
Segundo a lenda, apenas uma fénix podia viver de cada vez.
Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de árvore da canela, em cujas chamas morria queimada.
Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com eles à cidade egípcia de Heliópolis , onde os colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto.
Actualmente os estudiosos crêem que a lenda surgiu no Oriente e foi adoptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários de astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.
Sinto-me a renascer... será que sentes o mesmo?

MÃOS










É suave o sentir das suas mãos. Gosta de se tocar nas mãos, nos braços e na cintura. Entrelaça os braços como se se abraçasse a si mesma.
Ao calor que lhe entra na pele responde com uma cerrar de olhos para que a mente viaje.
Sobrevoa os sítios e os lugares para juntar as duas almas.
Arrepia-se com o respirar dele no seu pescoço.
A valsa das bocas sacia-lhe a sede.
Regressa a si com a realização estampada no rosto.
A vida continua…

QUERER-TE

Adormeci a pensar em ti e a latejar por dentro. Acordei de olhos cheios, desaguados numa foz de marés vivas e peixes dourados, como se as minhas pupilas coubessem em aquários caseiros, redondos e guardadores dos segredos das minhas barbatanas de vidro.

Nesses momentos, encolho-me como uma conchinha, aperto as mãos e oiço palavras e molduradas pelos sons que ainda guardo num frasco de partilhas risonhas. A poeira das estrelas solta-se sobre os meus cabelos e no emaranhado faiscante procuro o luar que antes se soltava dos meus olhos.

Quero um tecto de silêncios cúmplices, onde os cometas da paixão e do amor estacam perante o desejo de acreditar que o céu às vezes pode parar para que entremos na estação dos sonhos.

Quero oferecer-te gelados de morango, histórias de fadas e duendes, rios de água prateada e maçãs frescas de ternura solta na palma da mão. Quero dar-te os meus pensamentos, para que os guardes e cuides, em mimos de camélias floridas num campo de sorrisos às cores. Num reino onde apaziguamos as nossas dores, com almas de aspirina em pó – brancas e analgésicas, tranquilizantes e centenárias. Por entre risos e brincadeiras, passeios e pessoas inteiras, gostava de vencer o medo das revoluções nas trincheiras.

- Quero que me queiras.

sábado, janeiro 20, 2007

À MERDA COM ELES

A vida é como o corpo humano...
Passa da diarreia à prisão de ventre...

Hoje calo a minha voz...

porque se a abrir...

a merda que sai vai ser imensa...

Mas que se foda... vai sair e vai ser bem lá de dentro.

A Mulher foi desde sempre e de tal maneira instruída a ser submissa para com a figura masculina que por vezes se torna quase impossível enfrentá-la e por isso mesmo a maioria das vezes acabam por baixar a cabeça perante eles, porque deles dependem de quase tudo, até para existir (na regra existem sempre excepções)...

Continua a achar-se que está na natureza do homem a promiscuidade e a infidelidade e que a mulher tem que ser e parecer casta.

Continua a achar-se que as escapadelas deles são desculpáveis e que as delas, são imediatamente, no imaginário colectivo, umas putas. Continua-se a achar que o que eles dizem é regra e lei, ou não fosse a nossa constituição feita e criada por homens.

Afinal de contas, e aos olhos da sociedade e no íntimo de cada um de nós, ainda só a mulher o é de verdade enquanto tiverem ao seu lado um homem que as legitime enquanto tal independentemente dos actos que eles cometam...

Leva-me a crer então que as maiores putas afinal... são os Homens (na regra existem sempre excepções), e ainda assim, me perdoem todas as prostitutas pelo insulto em vos chamar de Homem.

Ufa... soube bem... e quero lá saber se fui ofensivo... a verdade magoa é um facto.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

DEVANEIOS

Por momentos decidi parar e deixar-me levar para este mundo onde tu me aguardas e pelo qual o tremor do meu corpo desperta no seu desejo.
Baixo a cabeça e sinto meus lábios serem tocados, húmidos pela tua boca...
Fecho os olhos e oiço violinos tocarem uma valsa, na qual não sei o nome mas a beleza do seu toque recorda-me o entardecer do outono, as folhas coradas a desfolharem dos ramos das árvores que se agitam ao sabor da brisa... a rua lá fora coberta por uma manta de prazer aos olhos de quem os abre totalmente. Sinto o bater desses ramos na minha janela e os violinos... continuam na sua valsa como se me anunciassem a tua chegada.
Continuo com os meus olhos fechados, ou estarão eles abertos... o teu perfume que agora sinto não me permite distinguir se estou a sonhar ou se aqui bem ao meu lado, aguardas por mim em meus lençois. Inspiro fundo e absorvo em meus pulmões cada centimetro do teu cheiro... bate a galope o meu coração como se de uma criança que sente o primeiro beijo se tratasse.
"Deixa-me te olhar" - e sei que me ouves porque aqui, na manta que me cobre os lençois sinto o teu corpo a aguardar pelo meu. Continuo a ouvir a valsa que agora toca em Sol e prolonga o timbre suave que inunda o meu quarto. A luz, quase nenhuma, é a suficiente para saber da tua sombra na almofada. Estico a minha mão no teu rosto que agora repousa e toco-te... a pele macia, majestosa, os teus olhos tombados pelo cansaço, cabelos que escondem parte do teu rosto como se anseasses aquele momento em que me encontras também nos teus sonhos.
"Hoje dormes comigo" - lancei-te gentilmente ao ouvido e sorris... um sorriso mais belo que o próprio arco-íris. Sei-te confortável em meus braços e aconchego meu corpo junto ao teu... "Sentes o calor?" - suspiras... aquele desabafo da alma que expele tudo o que a distorce e agora inocentemente se sabe no seu porto de abrigo.
Sorrio... sabe-me bem saber-te assim... sabe-me bem ser testemunha desse teu sorriso e advogado da tua paz. Hoje dormes comigo e sabes-lo como eu que me abraças e nesse abraço sentes a batida desse coração inocente de criança... - ouves? - eu sinto o teu... bem aqui em minha face.
A noite aconchega-nos o entardecer e as folhas que a pouco jaziam na calçada urgem-se agora ao sabor da musica dos violinos e dançam com o vento e nós... ali... nos lencois cobertos por uma manta azul... encantamo-nos a assistir a esse teatro que se desvenda apenas a nós.
Hoje dormes aqui... comigo... na minha cama... nos meus lencois... e essa manta que te cobre... que te aquece e protege... encanta o espírito e enriquece a alma... chama-se Amor.
Hoje... dormes comigo... por isso... até já...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

AINDA AGORA

...abri os olhos e vejo-te.
Tens o cabelo solto e os olhos certos.
O coração leve.
As mãos estendidas a agarrarem a fotografia a preto e branco.
As fotografias a preto e branco roubam as cores do futuro e pincelam as feições com a beleza da alma.

Gosto do teu sorriso e da possibilidade dele ser o responsável.
Gosto do teu rosto na minha almofada a aquecer o meu.

Quero que venhas e me abraces e esqueças os espaços que nos separam.
Quero que venhas e me tomes e me tornes teu.
Quero que me escondas dentro do teu peito nu, que me desenhes na tua pele, que me deixes sonhar dentro dos teus sonhos.
Quero que me beijes e sintas o sopro do meu desejo.
Quero que me olhes e sintas o amor envolvido entre nós.

Gosto de ser eu dentro de ti.
Assim, simples em meus devaneios loucos.
Complicadamente inevitável.
Inevitavelmente a preto e branco.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

16 JANEIRO

Dois vultos abrigados sob a pérgula rente ao chão. Céu entaramelado de cinzas. Indeciso. Verdes sombrios temendo desafiar o Inverno. Alguns dos cedros-criança empalidecidos num esvaído torpor. Intactos os tufos de alfazema e de outros arbustos miúdos, alinhados em conchas invertidas na terra. Por isso, ou pela natureza, conservando a forma que os ventos aos salgueiros roubaram e às majestosas palmeiras despentearam. Folhas apodrecidas jaziam no chão, na relva parda e na calçada dos atalhos. Que não trilhava.
Naquele lugar, naquela hora...
Num momento...
Foi o despertar dos sentidos.
Olhei-te!
Ao ver-te senti-me pairar no ar quente da noite apesar de ser dia, aconchegado pela brisa suave dos lençóis da tua cama, e por ti, enrolada neles.
Tens o dom de libertar a alma que vive enjaulada no meu corpo...
Os teus olhos desmaiados por fitarem os meus... e esses... os meus... enebriados por descobrirem os teus... belos... carregados de uma luz condensada em lume brando da paixão que se seguiu.
O rosto desenhado a traços finos e delicados, a pele macia e em tons rosados. A palete perfeita de uma tarde de Outuno onde as folhas que forram o chão nos aquecem o coração.
Ambos nos procuravamos... envolviam-se as palavras em forras de papel quebradiças pelo desejo estampado no teu olhor em minha boca... e o meu... na tua.
O Beijo... roubado a um instante cedido e que jamais será esquecido... forte... seguro... sereno... O teu sabor... noz moscada, baunilha e chocolate, incenso aromático que me faz voar por mundos que não são os meus, emprestados pelos teus lábios quando mos cedes aos meus. Sob os pés estalava-se o cascalho, a cada beijo gemiam os seixos.
A tua voz, as tuas palavras, o desejos sentidos pela tua mão em minha face... e a minha... exploradora do teu rosto... dos teus cabelos.
Há muito que te ofereci o meu coração... e hoje... senti o teu nas minhas mãos e tudo o que soube fazer... foi Amar-te!!!

...agora é tempo de gozar a noite e deixar que os teus cheiros percorram cada centímetro da minha pele.

Amo-te...

terça-feira, janeiro 16, 2007

FECHA OS OLHOS

O teu olhar transformou-se na noite interminável que atravessa cada tarde, cada tarde, cada tarde interminável.

O rio de fumo que levava o teu nome para as estrelas desapareceu de dentro, de dentro da minha tristeza.

E o teu rosto era tudo o que tinha, e o teu nome era tudo o que tinha. Tu eras tudo, tudo, e tudo é agora mais do que tudo.

...está para acontecer algo maravilhoso.
Todos as noites sonho com esse dia.
Está para breve a sua realização.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

SONHOS

Estava contigo num sítio quente, não sei bem explicar onde.
Sei que te abraçava e sentia o Sol a queimar-me a pele.
Recordo-me perfeitamente de me sentir bem nos teus braços.
Apaixonado e numa entrega perfeita.

Recordo cheiros e sabores.

Cânticos distantes
povoam-me a boca.

E sabe-me a pouco.

De novo vou fechar os olhos
e sonhar...

PARA TI

O meu coração está a meio da ponte
e tem o tamanho de uma violeta por arrancar.
É vagalume no casulo das tuas mãos,
que trinca as horas e assusta o tempo.
É janela para a calçada em pedra,
que te acaricia o pé esquerdo
e dá passagem às amendoeiras
que te crescem nos olhos.
É poesia que bate no teu peito,
é coroa trifásica de flor em punho,
que se descasca e mergulha no mar
à espera de – no fundo – te encontrar.

Kicas... Je t'aime mon couer...

domingo, janeiro 14, 2007

DANÇA PARA MIM























E se dançasses para mim
E me mostrasses com os movimentos do teu corpo
As palavras que eu não te sei dizer?
E se eu colasse as mãos à tua pele,
Às coxas, à cintura, aos seios, aos ombros
E com o deslizar arrastado e suave dos estímulos
Te revelasse o que sinto?
E seu dançasse para ti
E com o meu corpo nu
Vestido de volúpia
Te desse a beber a luz da Lua...

APETECES-ME

A noite ia longa.
Optou por ouvir música enquanto lia uma revista.
O corpo semi-deitado no sofá, pernas cruzadas roçando uma na outra de formas inconscientemente sensual.
Deita a revista para o chão e vai buscar uma peça de fruta.
Regressa e senta-se olhando para a suculenta maçã que tinha comprado nessa tarde.
Cheira-a antes de a trincar.
Não está com vontade de comer.
O que lhe apetece realmente é saborear.
O vermelho da fruta e o verde dos seus olhos criam vertentes coloridas que lhe aguçam o apetite.
Acaricia-a sentindo-lhe a textura lisa e suave.
Fecha os olhos e passa-a delicadamente pelo rosto.
Morde os lábios e seguidamente trinca a maçã carnuda.
A seiva escorre pela mão.
O sabor ácido arrepia-lhe a pele.
Fecha os olhos e com a língua lambe aquele sumo.
Enquanto saboreia o fruto ouve a porta de casa a abrir.
Subitamente levanta-se, deixando cair a maçã no chão, dirige-se a ele agarrando-o pela cintura e sussurra-lhe ao ouvido:
"...apeteces-me..."

INSTANTES

Há uma tarde longa nos meus olhos rasgados.
Um campo de amêndoas a poisar no tempo da chuva,
um continente sem terra a arrastar-se nas pálpebras.

Há uma mágoa no sorriso que não se abre,
uma falta, um calafrio, um menos que nada.

Há uma aragem madura nos choupos da saudade.

É hora de adormecer este instante
no espaço vago entre os nossos braços,
baloiçando o vento que se esculpe nos olhos

(e que tarda, tarda a chegar à boca e ao chão)

para que sopre palavras e arrombe soalhos,
até que se canse de colher tempestades
e procure no colo da noite o teu ninho a minha paragem.

sábado, janeiro 13, 2007

SERENIDADE













A tranquilidade do meu acordar depende do teu adormecer. Aquele momento, ténue, a lamparina de óleo que chega ao fim de uma noite a iluminar os teus cabelos no meu peito, a manta que te cobre suavemente o corpo de seda que me aconchega, a tua mão entrelaçada em meus dedos, na minha que te aquece, te protege.

Aconteceu a Paixão... aconteceu o Amor...

Hoje um ano após a criação deste Blog posso abrir a boca e gritar aos sete ventos que tudo mudou, transformou-se, cresceu, tudo aconteceu.

A minha escrita, as palavras, fruto maduro de uma maçã verde e tentadora que ali pende na árvore da minha vida... são a minhas... não escrevo histórias porque essas pertencem ao passado. Escrevo o presente e o futuro e esse acontece a cada instante, esse que nos pertence.

Recordo o primeiro beijo que te dei em meus sonhos, senti-te entrar pelas minhas veias, senti-te no meu sangue e na minha pele, uma aura formou-se à nossa volta lilás e rosa era a sua cor.
O abraço que demos foi forte, queriamos entrar no peito um do outro, já naquele momento quisémos ser duas pessoas mas uma alma.

Tu fonte de inspiração, Musa salvadora de uma Alma que se queria esquecida e entorpecida por ruas paralelas desta cidade que de noite se mostra escura. O suave toque escarlate com que te foste chegando até mim, barreiras invisíveis que facilmente derrubaste e cravaste-te na minha pele que agora exala o teu cheiro e do qual me alimento a cada instante.

Hoje fazes-me sentir de novo as palavras que jorram de dentro de mim e florescem num Amor provincial e sereno. Quando menos esperava... quando de tudo menos esperava...

A minha felicidade completa-se e existe apenas no teu sorriso, quando teus lábios rubros de alegria se mostram e falam de uma serenidade plena de paixão... O amanhã pertence-te... vive-o alegremente na sua plena certeza de que o mereces, tal como os meus olhos contemplam a sua Musa.

Vou soprar para a tua boca, para dentro de ti. Tudo o que não consigo expressar-te.
Se não conseguires suportar o peso, a força, e a verdade das palavras mantém-nas na tua língua morna como que adormecidas. E se alguma vez sentires dúvidas ou saudade fecha os olhos e humedece os lábios com a língua.
Assim poderás, lentamente e sempre que precises, saborear cada palavra que te soprei.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

ATA-ME


É tão doce a sensação do amor.
Acordar pela manhã com um beijo que nos faz voluntários e reféns de um sorriso bailarino.
Ter os olhos incandescentes de auroras e barrigas-cheias de palavras nos beirais do peito.
Fundir umbigos como quem oferece a alma e partilhar a floresta dos cheiros e do toque.
Gostar de adormecer e acordar com as mesmas pestanas à frente e pensar que vai ser assim... para sempre.
Ponho-me em bicos dos pés para te espreitar à chegada, num sorriso enfeitado com luzes de Natal que cintilam perante o adivinhar dos teus passos.
Sei que estás por aqui, ainda agora me tocaste no pescoço e senti a gelatina das minhas pernas a denunciar-me o estado de dormência em que me deixas.
Quando te ausentas de ti mesmo, é aqui que vens ter sem que o saibas.
E eu então descalço as bailarinas que dançam em pontas nos meus olhos e mergulho na noite dos sonhos onde a janela que te traz me espera entreaberta.
Porque não vens dormir sossegada para junto de mim?
Sabes que não consigo deitar-me sabendo-te por aí a rondar o cheiro da porta.
Não há ninguém a subir as escadas. Anda. Vem descansar comigo.
Espalho-me ao comprido sobre a ventania dos sentidos apurados e já não sei se sou eu quem começa em ti quando acabas em mim ou se a pureza do olfacto me distrai no cheiro da tua pele descascada pela noite, numa revolução de lençóis apagados por uma lua que nos estreita e nos espreita enquanto nos amamos e descansamos, cansados, jogados nos braços um do outro e à espera que o tempo do amor nunca traia os ponteiros nem seja implacável destruidor de leitos desarrumados pela carne e pela paixão.
É este o meu fôlego.
É este o meu coração despido no reflexo horizontal de nós dois.
Amordaça-me o que na voz se solta.
Cala-me o som, tapa-me a boca.
Tira-me o fôlego prateado e cola-o à tua língua num gesto demorado.
Abre-me o lençol do teu sonho. Quero caber nos teus olhos.
Beija-me o pescoço nesta jangada onde durmo e onde deitaste o teu peito quando acordaste.
Beija-me à deriva e do avesso, dá-me guarida nos lábios que já conheço.
Faz como quiseres. Mas beija-me.
Faz-me bem amar para lá da lucidez.
Sorrir e corar com palavras doces, pintadas à mão.
Sentir a tua ausência como o sacrifício que vale a pena.
Acontecer-me o amor como à fruta que amadurece no cesto.
Ultrapassar barreiras do toque, dos beijos e da solidão.
Viajar nos teus sonhos e debruçar-me à janela dos meus.
Ouvir a tua voz e entorpecer-me de paixão.
Ter na pele um carinho descontroladamente constante.
Há um silêncio que me cala a voz timbrada de saliva húmida sempre que estoiram balões de madressilvas e o céu se enche de espuma naufragada.
És tu... qual cotovia que acende a luz da manhã junto às giestas de uma aurora em brasa.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

PALAVRAS SENTIDAS

Soubesses tu entrar na minha pele e sentisses o amor que tenho e o feliz que me sinto ao ver-te dormir no meu colo.

Um sono tranquilo como o mar calmo de um final de tarde de verão.
São estes momentos que consolidam e constroem o que de mais bonito existe no ser humano.

A felicidade que trago no rosto, o sorriso incessante, e a tranquilidade que sinto são responsabilidade tua.

É muito bom sentir o calor que me transmites.

É reconfortante ser recompensado quando se luta por aquilo em que se acredita.

A melhor recompensa que posso ter é sentir-me feliz quando te sei a dormir tranquila junto ao meu peito, quando acordas e sorris para mim, quando me dizes tudo o que sentes apenas com um olhar.

Obrigado por me saberes ouvir, por me saberes ler e por me saberes amar.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

SABORES

- Fecha os olhos e relaxa. Abre ligeiramente os lábios e saboreia os meus dedos. Que sabor têm?
- Sabem a ti. Beija-me...
- Não! Espera! Mantém os olhos fechados.
- Está bem...
A sala estava quente.
Ouvia-se apenas o estalar dos troncos de madeira a arder na lareira.
- A que sabem agora os meus dedos?
Os dedos molhados deixaram escorrer algumas gotas pelo teu queixo caíndo sobre os seios desnudados.
- Champanhe?
- Bebe um pouco e mantém os olhos fechados.
Segurou o copo e, sem abrir os olhos, molhou os dedos naquele néctar francês e molhou os mamilos como que a convidar-me também a provar aquele sabor.
Assim se manteve, sentada aos pés da cama, ansiosa, excitada com aquele jogo, sem saber quando devia abrir os olhos.
- Já posso?
- Já.
Abriu os olhos e procurou-o. Estava ali mesmo a seu lado, deitado ao longo da cama.
- Vem descobrir os sabores que tenho em toda a minha pele...

terça-feira, janeiro 09, 2007

A MINHA DECLARAÇÃO DE AMOR

Há em mim uma solidão nefasta que me fala de ti.

Um sopro mágico de imensidão
e prata, como um manto que me cobre
e me aproxima do teu corpo e do teu
abismo e dos teus sonhos.

Há em ti um poderoso magnetismo
que te leva até esse mundo de sonhos
e da bruma. Quedas-te no meu colo
ansiando pelo amor partilhado,
pelas palavras jamais proferidas,
pelo sorriso não fingido.
Anseias pelo vulto que é teu
e sendo teu, é imprevisivelmente meu.

Há em nós um traço justo e
asfixiante que nos impele ao espaço
que é do outro e nos marca a alma e as
mãos, nos tatua os lábios
com a força implacável do tempo.

A ausência de tempo dentro
do quarto que é nosso,
da penumbra que é nossa
aumenta dolorosamente a presença
e as nossas mãos febris
que se tocam sem qualquer conivência dos nossos olhos.

Há em ti um sopro de vida e de morte
que te torna o fim e o princípio de tudo,
do meu coração e do meu desespero,
das lágrimas negras que deito apenas
e tão só porque não estás aqui
onde vivo o passar do tempo
que ao não existir em nós,
me mastiga o rosto e apaga
toda e qualquer recordação onde
não estejas e não existas.

Tu, amor, só existes aqui,
neste quarto,
nesta escuridão,
nesta ausência-presença.
Tu, amor, só existes em mim.
Em nenhum outro lugar.
Não existes em ti.
Nem na tua casa.
Nem no teu espaço.
Nem no teu quarto.
Nem nos teus lençóis.
Tu, amor...
Só existes aqui, em mim.
Porque só aqui eu te sinto.
E só aqui tu te sentes.

Aqui... abarcada em meu coração.

A ausência do tempo
e do espaço torna-te enfim
pedaço de mim.
Belo.
A ausência de ti em ti mesmo
torna-te um espectro sem olhos
que me abraça e me deita no chão
e me engole.
Tu só és tu dentro de mim.
E eu... eu só sou eu quando
durmo, vivo, sereno, no teu mundo.
Em ti.
Em ti...

Amo-te...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

SAUDADES

Pudesse eu
Ter uma gaveta
Onde guardasse
Os teus gestos quentes
Os teus lábios húmidos
O teu cheiro envolvente
Pudesse eu
Abri-la sempre que quisesse
Sempre que a saudade aperta
Pudesse eu
Encostar o rosto nos lençóis
Fechar os olhos
Reconhecer o tactear dos teus dedos
Em toda a minha pele
E sentir-me repleto de uma aura
Azul e violeta
Que apenas tu sabes tão bem pintar.

"DOVE STARE"

Senti um aperto no peito.
Uma necessidade e vontade de te ter.
De sentir habitada a ilha onde vivo.

Apaguei as luzes, abri as janelas e deixei que a brisa fresca da noite inundasse o meu quarto.
A luz da lua estava reflectida na minha pele com tons prateados.

Os cortinados e a minha camisa esvoaçavam ao mesmo ritmo.
Fechei os olhos e sentei-me na cama a aguardar-te.
Senti a tua chegada.

Os teus dedos nas minhas costas.

Os teus lábios quentes no meu pescoço.


Estás comigo sempre e quando eu quero...

Mesmo que em sonhos ou pensamentos...

Habitas sempre no meu coração.

"ti voglio bene principessa"

domingo, janeiro 07, 2007

SENSAÇÕES

Há coisas que não se explicam…

Há emoções que despertam todos os sentidos…

Sentir a textura lisa, quase uniforme
Apoderar-me de toda a sua envolvência
De uma só vez
Com uma só mão
Pressentir, reconhecer a pele suave e apetitosa
Lamber vagarosamente a plenitude daquele fruto
Acompanhar com a língua os movimentos vigorosos da mão
Morder muito suavemente
Envolver toda a boca num riacho de contrastes frios e quentes
Sentir um arrepio na pele causado pelo ácido aveludado que escorre
Pelos lábios ávidos
Pela mão perseverante

É incrível a sensação que se pode ter ao saborear uma simples maçã.

ENSAIO

A noite nasce com todos os seus cheiros.
A humidade no ar cria um manto que me envolve e acaricia a pele.
São estas gotas no ar que me trazem o teu cheiro.
O cheiro da Lua.
Gotas de mil cores que emanam o aroma do elixir da vida.
O néctar da paixão que escorre sempre que a noite e a lua se juntam.
É na noite que os amantes se entregam.
É na noite que a paixão é fiel aos corpos.
É na noite que os desejos se concretizam.
Quando cada estrela é sinal do amor que brota em cada gemido.
Corpos dourados pela luz do fogo, suados, colados, formando um só.
Numa valsa de erotismo e sensualidade.
Este amor é tudo quanto existe debaixo do ceu e para além das estrelas.

sábado, janeiro 06, 2007

EM TI

...as Mãos
As minhas,
Que te acariciam o pescoço, que te aquecem
Mãos que te seguram na cintura, te cercam
Te fazem minha.
Mãos que desenham as ondas do teu corpo
Que te enlouquecem
Mãos que se unem
As minhas e as tuas
Elos de uma história
A minha, a tua
A nossa.
Corpo fremente de desejo,
seios frescos e opulentos,
pele escorrendo de orvalho,
lábios rubros insaciáveis,
dedos transformados em garras
ondas brilhantes nos cabelos loiros.
...fico todas as noites
deitado, ansioso.
A brisa que entra no quarto traz-me o teu cheiro
elevando-me até à Lua onde me aguardas.
Quero ter na ponta da minha língua todos os teus sabores
O sal do teu suor,
o mel dos teus beijos.
A luz da nossa Lua ilumina-me o olhar
O reflexo que me faz viver és tu...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

A PENSAR EM TI

O ar frio da madrugada envolve-me. Estranhamente nada sinto ou somente a adrenalina a correr-me pelas veias...
À minha frente e à medida que vou caminhando, um nascer do sol lindo... calmo.
Sinto-o apenas como meu...mas de repente sinto-o como nosso.
E depois... depois vejo a tua face a sorrir-me. Os teus olhos a brilhar para os meus, todo o teu corpo a chamar por mim.
De súbito um silêncio preenchido pelos nossos olhares, pelo diálogo que com eles fazemos... pelo bailado que juntos acabamos por construir. Não preciso dizer-te palavra alguma... elas vão até ti pelo silêncio do meu olhar e tu sentes cada frase como uma verdade inquestionável.
Contigo percorri uma cidade, mas é como se tivesse percorrido um mundo...o nosso.
Juntos, decidimos trilhos, trocámos segredos...confidências...vimos a água a correr sem ruído daquela fonte que acabou por ser nossa.
E sorrimos...inocentemente...envolvidos pelo ambiente perfeito de um jardim cheio de histórias. Agora ganhou mais uma...a nossa. Fazemos parte dele e ele de nós porque foi testemunha dos nossos olhares...das promessas de luta...de tudo quanto ainda nem sei definir.
E aquela árvore...cujas raízes pareciam querer abraçar-nos...para que ficássemos ali...para que nada mais nos interessasse...testemunha do amor que transbordava dos olhares que trocávamos e dos sorrisos felizes que ambos desenhávamos na face um do outro.
Contigo subi até ao céu, abracei-te à luz da Lua dos meus sonhos e desci às profundezas do mar...
Sem qualquer esforço...tocaste o meu coração como mais ninguém o fez e deixaste nele o teu cheiro que ainda sinto...
Juntos somos anjo e demónio...somos tudo...somos um só.
E uma lágrima corre-me pela face...sou feliz...por ti...por nós.
Sinto-te a meu lado mesmo quando não estás presente...e cada gesto voltava a repetir...cada sorriso...cada olhar...
Lavo a cara nesta chuva que me bate na janela...sinto-a...perco-me nela...assim como me perdi em ti...
E...continuas a dançar para mim...a bailar sobre o meu ser.
Olho-te vezes sem conta...não me deixas escolha...não consigo deixar de te olhar. Era capaz de o fazer durante horas e contemplar para sempre o doce sorriso que fazes para mim.
És o canto dos pássaros e o doce sabor do vento...estás em cada gota de água e em cada folha que se desprende da árvore que neste momento abraço com o olhar.
Estás...onde sei agora que sempre estiveste...onde te descobri...num lugar do meu coração...que te pertence.
E mais uma visão...e o desejo de te ter nos braços e de te tocar ininterruptamente...para sempre.
Quero sentir o teu respirar junto do meu peito porque...só assim tudo fará sentido.
Deixa-me voar até ti...deixa-me ser o anjo que te protege, só para ter o prazer de poder estar contigo um dia após o outro.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Deixa-me voar, correr, sonhar...
Perder-me no teu mundo para de novo me encontrares.
Sentir as emoções no tempo incerto, no momento correcto.
Faz dos braços asas
Asas de linho e algodão.
Deixa-me aninhar no teu colo
Perpetuar o teu calor na minha pele.
Quero fechar os olhos e ver através dos teus
Inalar o teu ser e completar a minha Alma.
Quero dar as mãos
Entrelaçar os nossos dedos.
Olhar o teu retrato e inspirar-me no teu sorriso.
Descalço, caminho por entre as tuas pétalas
Sem quebrar-te ou entorpecer-te.
- Apeteces-me...
Quero-te envolta em mim,
quero que o teu suor inunde o meu corpo,
beber cada gota que o teu corpo liberta,
cheirar todos os teus aromas.
Preciso sentir-te toda.
Faz amor comigo.
Quero sentir todo o prazer que me proporcionas.
Quero já!
- Já! Aqui mesmo!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

CUMPLICIDADE

- Sabes que te amo?
- Sei que sim paixão...
- Confias em mim?
- Com toda a minha Alma.
- Então deixa-me te vendar os olhos e fazer de ti a fonte de prazer onde todos os sentidos ficarão à flor da pele...
Delicadamente ele puxou um pouco de seda que se misturava nos lençóis e colocou-a à volta da sua cabeça.
- Vês alguma coisa?
- Nada, absolutamente nada.
Entre ambos existia uma relação madura, forte e estável. Complementavam-se de forma quase perfeita.
Constantemente se surpreendiam um ao outro com jogos sensuais.
Deitada na cama, de olhos vendados, ainda tinha a lingerie vestida.
Estava ansiosa e ele percebia isso enquanto deslumbrado admirava aquele corpo de mulher que emanava sensualidade. Despiu-a e deixou-lhe apenas a venda nos olhos. Ela sorria sem saber o que ele iria lhw fazer mas tentando adivinhar e perceber cada movimento.
Começou por beijar-lhe os pés, subindo lentamente. Parou nas coxas e subiu imediatamente para os seios que quase explodiam com tanta sensibilidade.
Ela agarrou-lhe nos cabelos com ânsia e desejo.
Ele prendeu-lhe as mãos e virou-a.
A lingua dele nas suas costas deixavam-na ainda mais excitada.
- Quero sentir-te em mim. "Gemia por entre os dentes ferrados em si mesma".
- Calma paixão. Aguarda-me e não te mexas.
Ela queria o sentir mais que tudo, entregar-se àquele homem que lhe dá o prazer que nunca antes tinha sentido.
Apercebeu-se pelo calor do seu corpo que ele se aproximava novamente. Sentiu no ventre algo gelado. Era um cubo de gelo que ele tinha colocado na boca e isso a enlouquecia. Aquela mistura do quente da lingua com o frio do gelo deixava-a possuída.
Aquela dança que ele perpetuava no seu corpo enquanto ela mantia os olhos vendados estava a fazê-la perder o controle e a qualquer momento viria o climax que ela ansiava.
Abre as pernas para que ele a penetre e é naquele preciso momento que ele lhe tira a venda dos olhos.
Frente a frente, corpo a corpo, olhos nos olhos atingem o orgasmo. Simultaneamente são objecto e fonte de prazer.
O corpo dele cai sobre o dela e abraçam-se fortemente entrelaçando braços e pernas.
O sexo feito com amor é das coisas mais maravilhosas que existe e eles sabem dar valor a isso e exploram-no como ninguém.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

JANTAR E CINEMA

O dia estava a chegar ao fim e antes de sair de serviço dá uma ultima vista de olhos ao correio electrónico.
Tinha uma mensagem por ler: “Jantar e cinema?”
Ele age subtilmente fazendo-lhe estas surpresas, tanto mais que falaram durante todo o dia pelo telefone e ele nem lhe tinha demonstrado que estava a fazer planos para logo à noite.
Ela agarra no telefone e liga-lhe para combinarem os pormenores enquanto se dirige para o carro.
A caminho de casa vai imaginando o que vai vestir. Sabe que poderá ser uma noite um pouco mais especial por ser 6ª feira e no dia seguinte ambos podem estar mais tempo na cama.
Chegada a casa e depois de um banho relaxante coloca na pele o creme hidratante e o vestido que sabe que ele gosta. Trata do corpo sempre com um sorriso nos lábios, como se estivesse a embrulhar um presente para lhe oferecer.
Já no restaurante ambos conversam sobre o seu dia de trabalho. Ele apercebe-se que ela quer mudar de assunto quando sente o seu pé descalço a subir-lhe pela perna.
Ele diz-lhe que ela está linda e apetitosa. Ela sorri com meiguice e ao mesmo tempo com devassidão. O desejo cresce quando ela lhe dá a mão sobre a mesa e ambos sentem o calor um do outro.
Ele pergunta-lhe se ela quer ir ao cinema. Ela diz que sim afirmando que a noite é longa e que há que tomar proveito de todos os momentos.
Sentados na sala do cinema reparam que a sessão está esgotada.
As luzes apagam-se e ele sente naquele preciso momento a mão dela a tocar-lhe a perna.
Ele baixa os olhos e repara que, com a outra mão ela está a subir o vestido e a mexer-se.
Assim permanecem durante uns minutos até que ela lhe sussurra: “Vou à casa de banho! Se demorares mais que um minuto, termino sem ti”.
Ele segue atrás dela e entram quase ao mesmo tempo na casa de banho.
Ela coloca-se frente ao lavatório, com as mãos no mármore.
Ele levanta-lhe o vestido calmamente sentindo-lhe a pele macia de suas pernas. Entregam-se ali mesmo, olhando-se reflectidos no espelho, deslumbrados um para o outro, sem se preocuparem se mais alguém existe no mundo.
Ninguém entrou na casa de banho, mas se por acaso tivesse entrado, duvido que eles tivessem dado por isso.

" Jantar e Cinema ? "

MULHER

Vive
E vive tudo em cada dia
Porque todo o dia
Tem tudo para ser vivido
Ainda que o todo não seja, tudo.
Muda
E muda alguém por um dia
Porque nesse alguém
Dono de ninguém
O dia não muda, até que uma noite.
Prova
E prova o sabor dos sentidos
Porque nele tens o paladar
Do dia que anoitece
Com vontade de acordar, na noite.
Vive
E vive nas tuas asas, és livre
Tens magia no voar.
Vive, muda, prova
Voa, volta
E volta a provar.
Dia e noite, e mais um dia
Todo o dia e uma noite.
Enquanto a noite se faz ao dia
E nos meus braços adormeces
Vive
Toda a noite até ser dia.
Porque uma noite
Serei como tu
Ou tentarei ser um dia...

Não sei se reparaste...
...mas os meus olhos brilham cada vez mais.
Num destes dias,
Irei dizer-te num sussurro qual a razão.

Quero descobrir
Teu corpo, teu suor
Percorrendo, correndo
Sem pressa os instintos.
Deixar mãos
Colarem pernas
Marcarem seios
Rasgarem bocas.
Quero tua descoberta
Feita em meu corpo
Na luxúria nossa de cada dia.