sexta-feira, setembro 28, 2007

JANTAR COM AMIGOS

Começo talvez pelo fantástico duche que antecedeu a nossa esperada saída. Um duche rápido, intenso, erótico, revigorante, sensual, nosso, foste provada da melhor maneira e adorei, dedos maravilhosamente suaves e incisivos, uma língua sedenta de ti, como te gosta esta língua, e depois os braços fortes e convincentes que te seguram contra a parede fria e só te desamparam quando percebem que mais uma vez presenciaram um magnífico e delirante orgasmo.
Saímos do duche ainda ofegantes, mas a noite só estava a começar.
A roupa estava separada em cima da cama, os sapatos cuidadosamente depositados no tapete e o perfume à tua espera, limpei-te… limpámo-nos, penteei os teus cabelos, cuidadosamente, olhas-te-me com tamanho brilho nos olhos que o meu ego chega a inchar. Passei o creme nas tuas pernas minuciosamente, e ver-te assim nua, ainda brilhante, com um sorriso celestial, faz-me sentir feliz.
Perguntas-me se estás bem e eu beijo-te, porque nunca nenhuma palavra conseguirá exprimir este sentimento, esta vontade, este desejo, esta admiração, abraças-me e eu percebo que estás fria, visto-te o string, os collants de liga, o soutien, a saia, o corpete, entrego-te o perfume e peço-te para terminares com a maquilhagem enquanto me preparo. Visto as calças, já sabes que raramente uso boxer’s, as meias de tecido italiano, espalho o perfume que tanto adoras e visto a camisa preta com riscas brancas e desço, encontramo-nos de novo na casa-de-banho, olhamos um para o outro e apreciamo-nos, ambos conhecemos demasiado bem o nosso interior, devo dizer que tive de conter-me, quis foder-te logo ali e sei que um só olhar me trairia…
Colocavas sombra, eye liner, rímel, blush e eu ajeitava o cabelo de forma desajeitada, enquanto olhavas pra mim através do espelho e quase hipnotizado, seguia os teus passos.
Saímos ao mesmo tempo da casa-de-banho, fomo-nos calçar e quando te levantavas depois de apertares a fivela no tornozelo, percebeste que olhava fixamente para ti.
Não dissemos uma só palavra, não era preciso, o nosso olhar bateu um no outro, um sorriso denunciou o meu desejo, o teu perfume excitou-me de tal forma que quase se tornou doloroso segurar-me.
Agarrei-te pelas ancas, coloquei-te em cima da mesa de jantar e eu baixei-me, afastaste as pernas, o string e voltei a provar-te, humm, que delicia, os seios imploravam para sair de dentro de um corpete demasiado apertado, puxei-te até mim, beijei-te avidamente, desabotoaste os meus botões, baixei as calças só o suficiente e juro-te, se esperasse mais um só minuto morreria… senti-te, sentimo-nos, abraçaste as minhas costas com as tuas pernas, entrelaçámos os dedos e em poucos minutos caí em cima de ti, os corações batiam como loucos, deixei de sentir as minhas pernas enquanto os teus sapatos se apoioavam no meu rabo. Sussurrei-te “-Estamos atrasados!” e tu respondeste “-Pois estamos” e enquanto te apoiava para regressares ao chão dirigia-me à casa de banho para me ajeitar “-Espera!”, alertaste-me num tom urgente “-Vou contigo” e olhavas-me com gotas de mel no canto dos olhos.
“Eu ligo a dizer que ainda demoramos mais uma hora!”

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