Ah, se eu fosse o Mar.
Em dias de fúria, cobria-te de vaga imensa, fazia-te rebentação.
Em dias de doce marejar, deixava-me absorver na tua textura.
Ah, se eu fosse o Sol.
Em dias de canícula, torrava-te a pele, fazia-te suar.
Em dias de penumbra, deixava-me preguiçar na tua carícia.
Ah, se eu fosse o Vento.
Em dias de tornado, voltava-te do avesso, fazia-te convulsão.
Em dias de brisa, deixava-me dançar na tua boca.
Ah, se por milagre fosse os três elementos.
Mais que uma mordida,
Comia-te a alma na tempestade da paixão.
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