quinta-feira, setembro 27, 2007

AO ENCONTRO DE TI

Sabe-me a ternura. O dia foi demasiado comprido para ser medido, pesado e violento para ser sentido. Sabe-me a ternura... seria assim o meu entardecer ao entrar por aquela porta, da casa, do quarto, da sala... e a silhoeta do teu rosto se iluminaria no meu olhar fatigado.
Fecha os olhos e imagina os tons castanhos do Outuno a tocar-te levemente enquanto o quente do por-do-sol te aquece a ponta dos dedos que se esticam em sua direcção, como se tu própria quisesses tocar-lhe... mas esqueces-te, que tu mesma... és o Sol.

A casa está morna, pouso o casaco, as chaves, a mala de ombro... páro... respiro fundo, inspiro o suave e doce sabor do teu perfume que me percorre como uma dançarina oriental. Fecho os ohos por um instante e sinto aquele mágico sorriso que apenas tu sabes fazer... feitiço que me encanta e me dá prazer.

Sabe-me a ternura... à ternura do teu olhar e dos teus cabelos que se agitam na brisa do tempo, ao sabor dos teus beijos e dos lábios com que mos entregas.

Sabe-me a ternura... sabe-me a ti... o melhor do meu dia... és Tu.

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