eles ©ontra elas
segunda-feira, dezembro 31, 2018
Foi mesmo bom
domingo, dezembro 29, 2013
Adore
Assim tem sido os dias que amanhecem tardios, aqueles que nos aguardam com surpresas que não chegam, tardam em se fazer no sol nascente porquanto ainda neles se fazem na escuridão da noite.
Respiro, não suspiro, exalo estes dias frios de Inverno na ansia secreta de inspirar os odores quentes da calçada da cidade que me fala em tons de luxuria, essa tentação que me queima os dedos, promessas tardias de braços entrelaçados em corpos escaldantes.
"Queima-me a alma"... suplico-te... leva-me para os lençois de linho e mostra-me o mundo, o teu, e dele faz o nosso.
Suspiro!
sábado, novembro 05, 2011
domingo, julho 31, 2011
MORRER
quarta-feira, dezembro 01, 2010
LEVA-ME PR'A CASA
Praticamente um Ano depois, novos mundos encontrados, faces descobertas, esquecidas e relembradas, saudades do passado e do presente, saudades de um futuro sonhado, vivido, provado, pequenas folhas de papel timbradas com as linhas do rosto que me cativa...
Praticamente um Ano depois com palavras ensaiadas a sair do meu baú como a frescura do inverno, raiva e fúria arremessada para dentro de mim sem dó nem piedade, farrapos compostos em cinderelas cintilantes...
Chega frio e cru o tempo da chuva que me limpa o rosto e aconchega a alma.
sexta-feira, janeiro 08, 2010
Envolve-me

Existem palavras, frases, ditongos e sonhos cantados, falados, linhas feitas e desfeitas num rendilhado de névoas e horizontes pintados nas aguarelas dos dedos que nos cobrem o corpo num bailado de cegonhas que se aconchegam no ninho.
Nestes dias que lá fora se fazem frios há palavras que nos aquecem e olhares que nos confortam a alma... Amo o teu olhar.
"Quien dijo que todo esta perdido?
Yo vengo a ofrecer mi corazón
Tanta sangre que se llevo el río
Yo vengo a ofrecer mi corazon.
No será tan fácil, ya se que pasa
No será tan simple como pensava
Como abrir el pecho y sacar el alma
Una cuchillada de amor
Luna de los pobres siempre abierta
Yo vengo a ofrecer mi corazón
Como un documento inalterable
Yo vengo a ofrecer mi corazón
Y uniré las puntas de un mismo lazo
Y me iré tranquila, me iré despacio
Y te daré todo y me darás algo
Algo que me alivie un poco mas!
Cuando no haya nadie cerca o lejos
Yo vengo a ofrecer mi corazón
Cuando los satélites no alcancen
Yo vengo a ofrecer mi corazón
Y hablo de paises y de esperanzas
Hablo por la vida y hablo por la nada
Y hablo de cambiar esta nuestra casa
De cambiarla por cambiar nomás
Quien dijo que todo esta perdido?
Yo vengo a ofrecer mi corazón,
Yo vengo a ofrecer mi corazón
Yo vengo a ofrecer mi corazón"
(Fito Paez)
segunda-feira, novembro 16, 2009
Moonlight Kiss

Penso no corpo de mar de brilhos que não foram ditos e essa linguagem que se pinta em mim por entre os fios que jamais serão contados na mão de uma aguarela moldada pelos teus lábios.
Serenamente Nereida, receio quando o meu pensamento tem a voz rouca e fala alto provocando escândalos de sentimentos tremules e capitulativos.
Descobri que tenho vácuos de faces intermináveis e que apenas atravessando os portões que se esbatem por entre o frio mordaz, encontras o nada dividindo o espaço com as minhas dúvidas paridas das certezas.
Nereida de fomes quase maiores que ela, quando caminhas, metade dessas fomes caminham a passo largo atravessando as suas pernas e falando alto ecoando gritos como se quisesse duvidar de ti mesma. Não tenho pena ou se eu também queria a sua fome diária de querer o que procura, sabendo que se arruma numa poltrona cansada da viagem ao lado dela.
Queres o que encontras por detrás dessa porta, debaixo do travesseiro, das cobertas e do edredão. Queres provavelmente a palavra não dita nos dias frios e talvez a dor de partir sem ouvires o que foi dito tantas vezes e o tempo todo.
Reinventas os dias quando o tens em tuas mãos, poesias que se cumprem como profecias e quando o sono não vem e o relógio avisa o amanhecer, te abres como borboleta multicolor e te revelas a um mundo tão ou mais íntimo que o próprio anoitecer.
Sorri doce Nereida, conta-lhes do teu desejo de como soletras os pesadelos, bocas, dedos, camisola de dormir e pijama de bolinhas que te cobre como a manta que te confunde a boca da vontade da fome de nunca existir.
Enquanto isso derrama em ti essa saudade e a alegria do suor descendo pelo teu rosto, cascata de desejos escalados aos teus dedos e espia essa angustia que é dizer adeus quando a tua boca me morde o céu da boca e eu agradeço a Deus o sopro da vida que te fez... Nereida, rainha confusa, letras que formam nuvens no azul céu enquanto esquadrinhas e prendes a tua alma à minha canção intitulada... "Kicas"
segunda-feira, novembro 09, 2009
Bom Dia!!!!

domingo, agosto 09, 2009
segunda-feira, maio 11, 2009
segunda-feira, maio 04, 2009
HOJE É
sábado, maio 02, 2009
VIVO

Que se procriem em mim os santos diabos e que nasçam e que morram para tornar a viver os meus desejos trancados, pois que a noite senhora da lascívia, traz com ela a saudade de teu corpo e do teu cheiro, de tua boca humida, ávida de beijos... Tua língua inquieta trespassa meu intimo, devora minha carne, devassa minha alma.
Desliza teus dedos por minha pele, marca em versos nossa história, meu corpo é tua tábua, meu sangue tua tinta, minha vontade teu escravo, teu prazer... minha felicidade.
Encosta o teu corpo ao meu, quero sentir o calor que dele emana. Beija-me o pescoço, o peito, sente o meu sexo ávido do teu, sente o meu desejo por ti na minha respiração, não penses em nada além do aqui e agora, liberta-te das amarras da consciência e deseja-me como se não existisse amanhã.
Tempo que não existe e espaço que não se vê... tudo o que me importa se transporta para além desse porto que se faz cidade e de onde o barco anseia partir em teu alcance, para um dia regressar e te mostrar a ribeira dos meus ansejos.
segunda-feira, abril 27, 2009
ESBOÇO
Sabes quando tens assim uma espécie de peça especial de um puzzle grande e complicado, demorado e desafiador, daquelas que encaixam em qualquer canto ou entre quaisquer outras duas, como que se de peça-mestra se tratasse? Uma peça matizada de mil cores que se funde com a história do puzzle, qual camaleão na paisagem? Sabes do que falo? Imaginas ou recordas na tua cabeça o que me veio agora à memória? Pensa então um bocadinho, acende uma vela bem lá no fundo de ti e procura nas gavetas poeirentas da lembrança. Vasculha, destapa os momentos que já foram e que cobriste com lençóis brancos, agora que és grande e brincar nada mais é do que um sonho por chegar.
Há gente que te pode fazer tanta falta como essa pequena peça maravilhosa que sempre ajudava a terminar o entretenimento de uma tarde. Há gente que está ao teu lado tão silenciosa como a noite de nevoeiro nas margens do rio, contando-te histórias fabulosas que antes só vias na tampa colorida da caixa do puzzle, sussurrando-te ao ouvido ou espelhando no seu rosto, lendas tornadas reais num instante, num olhar, apenas. Há gente assim, que diz boa noite e te abraça quando os pesadelos atormentam a noite, aconchegando-te, sorrindo-te no escuro. Mais do que o brinquedo que construías com a peça recortada.
E eu conheço gente assim. Respira ao meu lado sempre que piso a Capital do meu mundo.
terça-feira, abril 21, 2009
NO "LUMIAR" DAS COISAS SIMPLES

segunda-feira, abril 20, 2009
UMA ESPÉCIE DE NADA, ONDE SE ENCONTRA TUDO…
Voltamos a nos encontrar, aqui e agora, um novo mundo, o mesmo mundo onde o espaço se cruza com o tempo e este vagueia-me por entre os dedos sem dó, sem esperas, para aqui, de novo, me olhares.
As saudades serpenteiam-me os olhos, fazem-me crescer água na boca pelo sabor quente e único das pautas que tão bem improvisas.
Aguardava-te… sabia que virias, sorrateira, silenciosa como a noite e pedes-me que te conte uma história, mas não são contos de fadas para sonhar e abrir portas à imaginação, que vais ouvir. Andaram fugidas essas palavras de colorir e de encantar, adormecidas, mas perguntas-me sobre a história. Não te quero falar das ondas, da maresia, das pedras redondas à beira rio que enfeitam as calçadas, das estações que harmoniosamente se sucedem ou mesmo do pôr-do-sol que embala o sono adiado dos turistas de pés descalços.
Querias ouvir uma história dessas era?
Querias que te descrevesse a cor da estrada, do alcatrão, o cheiro do pão acabado de cozer ainda a fumegar sobre os tabuleiros reluzentes. Queres vaguear de mão dada comigo no monte, na albufeira, por entre as ruas da cidade, na foz e descobrir essas maravilhas? Mas não te irei contar nada disso, sim, quero antes improvisar uma história real, com amores, encontros e desencontros, noites em claro por razão alguma e apenas um odor que corta devagarinho e prazerosamente. Prefiro ver os teus olhos revirarem com a surpresa do início do dia, dos nossos dias de carne e osso, rir, flutuar em pensamento e abraçar nobremente as nossas causas. Mas conto-te o que os dias me trazem, o gosto de te ouvir quando falas ao meu ouvido do outro lado da linha, quando um sussurro chega devagarinho, com a tua respiração rente ao meu cabelo e o ruído do metro se intromete na calçada dos nossos passos, quando a meio da noite, relembro todas as palavras e os olhares.
É então, como ao pousar a cabeça numa descoberta pela almofada, adormeço por entre as recordações dessa história real, das oscilações da tua voz, das quebras, das paragens, dos sorrisos que os teus lábios desenham aqui e além, do brilho dos olhos, da luz e das sombras nos contornos do teu rosto, quando as frases vivas revigoram e os sentimentos enevoados que espreitam. Gosto de saber que me falas sem ocultar as paredes rachadas da tua alma, quando me dizes bom dia, gosto de ti e dorme com a certeza de que uma certa presença invisível repousa ao teu lado, porque assim me sinto tão, mas tão perto do verdadeiro tu que olhos poucos vêem. Tão incrivelmente perto de ti.
Conto-te a história real das conversas nunca incomodamente sem assunto, mesmo a que surgem acabam por o conquistar, quando em silêncio se conversa com a mesma linguagem, embora renovemos os modos de expressão. Saberão os enamorados separados pela pipocas ou pela mesa do café, que a respiração serenada pela companhia conta um mundo de histórias? E que o livro da nossa memória é página única dos seus capítulos? Duvido…
Afinal acabei por te contar várias histórias, únicas, verdadeiras, pois cada pedacinho teu, são narrações de linhas brancas e amarelas, sons que se colam à cara fria e nos envolvem com o cachecol do teu olhar.
Não deixes de falar, não cales o teu espírito.
Faz-te ser quem és.
E a mim… nem sei… Perdi-me em pensamentos enquanto te escutava.
sábado, abril 11, 2009
sábado, fevereiro 28, 2009
Light Up

Inspira, solta um grito, e corre...
Não pares nunca de correr mesmo que o tempo caminhe.
Corre como o vento, como o mar corre por entre e para lá dos montes e das marés, carrega em ti os abraços e os sorrisos, sorri... não percas a noção do horizonte, mais uns passos e o mundo é teu, inspira, exala todo o ar que carregas, transportas, aconchega a terra que pisas por entre os dedos que marcam as tuas pegadas soltas, lindas, apaixonadas... corre...
Inspira, sustém, fecha-te no mundo, abre-te aos céus, abre-te à escrita, às frases, às palavras, ao mundo mudo dos dedos que descobrem por ti, o tacto, o olfacto, pára... espraia-se o mar à minha frente, quero as ondas no meu corpo, o sal na minha pele, o sopro leve pelo cabelo das tuas palavras, corre... corre... corre num tempo que se transforma, te pertence, nos pertence, corre... corre à deriva no azul, no verde, nas cores que se misturam em dias de sol porque a chuva não se faz quando se encontram, os olhares...
Quando o sabor a sal se mistura com as águas do mar... pensar em ti... é inevitável.