Sensualidade, do corpo que a Lua ilumina, do brilho suave que a pele irradia. Nuance de cores esbatidas contra o negro da Noite. Beleza dos contornos que as concavidades ressaltam ao olhar.
Luar, tatuado na pele, imagem de mulher. Na pureza desta água que te reflete, que se cola e te envolve, entrego os meus dedos, que igualmente te abraçam, sentindo cada milimetro de ti.
Este pano translúcido que te cobre, deixa-me adivinhar o que não me queres esconder, deixa-me sentir o que queres que sinta, o teu corpo de cristal, solta a luminosidade da tua alma, que se reflete, neste espelho de água.
Menina, mulher, feita de sonhos, vestida de nadas, na incessante procura de tudo. De olhar distante, e pensamentos profundos, voas, como o vento, procuras com o desejo de já haver encontrado. Nos teus olhos vejo o arco-íris que nas manhãs de outono corta o negrume das nuvens, anunciando a esperança do céu azul, nas tuas mãos sinto a ternura de quem sente para lá do coração, nos teus lábios procuro a doçura que a vida, amargamente, me tem roubado.
Menina, mulher, em teu corpo desnudo me deito, te amo e adormeço, nasço, no teu ventre, de novo.
1 comentário:
Bem... não posso dizer que lí tudo, mas quase duas páginas valeram bem a pena o tempo de precisei!
Adoro a maneira como escreves, como usas as palavras...
E adorei aquele do: Para que serve um homem?
eheheh
beijito
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