quinta-feira, setembro 07, 2006

Azul













Há hoje uma clareira aberta,
na ânsia de te querer.
Onde a réstia de minhas forças
se perderam na forma do teu olhar.

Há uma curva silenciosa no teu rosto,
hipnose do meu ser.
Quando penso no adeus,
sinto uma vontade de açucar
compota de pessego ou figos bebados.

Estremeço de um ruido azul,
alcoolizado de emoções.
Tenho saudade dos teus cabelos,
rebeldes como o vento... endiabrados.
Pego em gesso e tento te moldar,
dois dedos imitam o recorte dos teus lábios
e ali fico, perdido nos meus pensamentos,
sem conseguir pintar a paisagem azul que te rodeia.

Tenho saudades de quando...
os teus olhos engarrafados me procuravam sem cerimónias,
me pegavam ao colo e deixavam escorrer malícias
sobre o meu peito escancarado, à porta do desejo.

Tenho saudades de quando...
as tuas mãos me tocavam
como se o meu corpo fosse uma ante-estreia,
sulcado por ti na véspera do aplauso.

Tenho saudades...

1 comentário:

Anónimo disse...

A musica é simplesmente fantastica.
Depois tens que me dizer de quem é.
Bem, como passei por cá achei por bem deixar um pekeno comment quanto mais não seja para te mandar um abraço.

Fica bem Maior... akele abraço.


Jaime