domingo, junho 25, 2006

CONFISSÕES

Quero entender, mas não posso
Meu estômago dá voltas por demais
Confuso, louco, me interrogo, me indago
O que aconteceu? O que vai acontecer?

Sou uma ilusão, pegajoso, irresistível
Exalo tanto mistério quanto paixão
São os olhos, “oblíquos e dissimulados”
O sorriso meigo de uma cobra peçonhenta.

Posso te dar (ou ser) um sonho ou um pesadelo
Mesmo te amando, não tenho limites
Vivo o hoje, inconsequente e inconstante
O que existe é o “agora”, o resto...nem sei.

Sou um mundo em outro, fugindo e me achando,

Canto e danço sem que me vejam
Guardo flores e remendos, sou torre e prisão
Vejo o que há a frente, mas tropeço em meus passos
Se cair, levanto. Se doer, choro escondido.

Querendo ou não o tempo passa (e eu, morro)...
Morro pois sinto o peso, e sou fraco (sou forte!)

Quando a luz da tua lua me toca, sou doende
Mas quando ela se vai, sou mero mortal
Destes meus olhos em sangue, derramo
Mensagens ocultas, feitiços, encantos
Sou homem, menino, sou moço, sei sonhar
Sou monstro, sou carne, sou osso, estagnação.

Vou me despir ante o espelho, vou sorrir, brincadeira...
Arranco minha alma, ela precisa ser livre.
Tem sangue, tem vinho, tem velas em meu castelo
Sibilas prevêem, eu sigo o caminho
Respostas? Ainda não encontrei o livro que as contem...

Qual a previsão para este futuro?
Haverá lugar, espaço, à existência dele mesmo?
Por ora me contento com o descontentamento, de ali,
parecer o que poderia ser.

Onde estás?(estou aqui...)

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